sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fígado


Fígado, a máquina que não para
É uma massa glandular que segrega bílis, que ajuda a digestão a neutralizar o quimo ácido do estômago.

É um dos órgãos mais volumosos do organismo humano e se comunica com o intestino delgado.

A aparência do órgão



Grande, de cor marrom-avermelhado, o fígado fica próximo ao estômago e está dividido em lobos. O lobo maior é o lado direito e representa 5/6 de todo o órgão. São dois os principais canais de abastecimento de sangue: a veia porta e a artéria hepática. O sangue com nutrientes corre pela veia porta, enquanto que pela artéria hepática chega o sangue rico em oxigênio. Os dois são fundamentais para o trabalho que o fígado precisa fazer.

O fígado é o maior órgão interno do corpo. É, também, a maior e mais pesada das glândulas. A medida que uma pessoa envelhece, o tamanho e peso de seu f ígado modificam-se : o órgão pesa aproximadamente 1,5kg no adulto saudável (com sangue o peso vai para cerca de 2,5kg) e quando esse adulto atinge 60 anos, o f ígado pode ter f icado com a metade do tamanho anterior. O que é normal: mesmo pequeno, o fígado trabalha com eficiência - desde que se mantenha saudável.

O fígado cresce e atinge seu peso máximo, cerca de 1,5kg, na fase adulta. Por volta dos 50 anos de idade começa a diminuir. O mais importante, porém, não é o seu tamanho, mas sim a integridade de suas células. O fígado saudáuel, mesmo pequeno, trabalha tão bem quanto um grande.

O fígado produz cerca de um litro de bile por dia. Esse líquido amargo fica armazenado na vesícula biliar e ajuda o organismo a digerir as gorduras dos alimentos. Depois que comemos, a bile sai da vesícula e dirige-se ao duodeno (primeira parte do intestino delgado), aonde penetra pela ampola de Vater. Aí encontra os alimentos e "quebra", ou separa, as gorduras para que possam ser digeridas mais facilmente. Numa comparação, os detergentes usados na cozinha trabalham de maneira parecida: "quebram" a gordura dos pratos sujos e facilitam a lavagem.

Entre as muitas substâncias que a bile contém, estão:
Pigmentos
Bilirrubina e biliverdina, de tons vermelho e verde, respectivamente.

Sais biliares
Servem para neutralizar a acidez do bolo alimentar que chega ao duodeno vindo do estômago. A maioria dos sais biliares volta para o fígado e é usada novamente.


Sangue sai limpo
Os dois principais lobos do fígado, direito e esquerdo, estão divididos em partes menores, compridas e bem parecidas entre si, chamadas lóbulos. Quando chega ao fígado, o sangue encaminha-se aos lóbulos através de finas veias e artérias. Os lóbulos funcionam como verdadeiros filtros: cuidam de limpar o sangue removendo substâncias tóxicas, ou não necessárias, que entraram em nosso organismo principalmente com comidas e bebidas. Este processo de limpeza numca pára e é uma das mais importantes funções do fígado.

Fonte: www.corpohumano.hpg.ig.com.br

Fígado
O fígado é a maior glândula do corpo humano, localizado no lado direito do abdome, pesa entre 1.300 e 1.500 gramas, nos homens, e 1.200 gramas nas mulheres. É constituído por milhões de células, chamadas de hepatócitos. A cada célula cabe a produção de diversas substâncias essenciais para o equilíbrio do organismo humano. Recebe o sangue venoso que vem da maior parte do trato gastrintestinal através de uma grande veia: a veia porta.

Usina do corpo
Responsável por mais de 400 funções por dia para manter o corpo saudável, o fígado é extremamente importante. Trabalha como uma “usina” produtora de diversas substâncias.

Entre as suas funções, as mais importantes são:
receber os nutrientes e as substâncias absorvidas no intestino
modificar a estrutura química de medicamentos e outras substâncias, atenuando, inativando ou ativando essas substâncias, pela ação de suas enzimas
neutralizar eventuais substâncias tóxicas que sejam ingeridas
armazenar nutrientes como a glicose, aminoácidos e ácidos graxos (gorduras primárias, usadas para produzir gorduras mais complexas)
produzir, a partir desses nutrientes, proteínas e lipoproteínas usadas pelo organismo, como a albumina (principal proteína constituinte do sangue), os fatores de coagulação e o colesterol
ajudar a regular a concentração de glicose no sangue
produzir a bile.
Fonte: www.roche.com.br

FÍGADO


É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.

O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.

As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.

Funções do fígado
Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase
Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação
Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células
Metabolizar lipídeos
Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo
Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
Fonte: www.afh.bio.br Negrito

Fígado
Localizados na porção superior direita do abdômen, o fígado e a vesícula biliar estão conectados por ductos conhecidos como vias biliares. No entanto, apesar dessa conexão e do fato do fígado e da vesícula biliar participarem em algumas funções comuns, eles são diferentes. O fígado, o qual possui uma forma de cunha, é a fábrica de elementos químicos do organismo.

Trata-se de um órgão complexo que desempenha muitas funções vitais, da regulação da concentração de substâncias químicas no organismo até a produção de substâncias que intervêm na coagulação do sangue durante uma hemorragia. Por outro lado, a vesícula biliar, que possui uma forma de pêra, é simplesmente um pequeno reservatório de bile, um líquido produzido pelo fígado que facilita a digestão dos alimentos.

Fígado
O fígado é o maior e, em alguns aspectos, o mais complexo órgão do corpo humano. Uma de suas principais funções é degradar as substâncias tóxicas absorvidas do intestino ou produzi das em outras áreas do corpo e, em seguida, excretá-las como subprodutos inofensivos pela bile ou pelo sangue. Os subprodutos da bile passam para o intestino e são eliminados do organismo com as fezes.

Os subprodutos do sangue são filtrados pelos rins e, em seguida, são eliminados pelo organismo na urina. O fígado produz aproximadamente metade do colesterol do organismo. O restante é oriundo dos alimentos. Cerca de 80% do colesterol produzido pelo fígado é utilizado na produção de bile.

O colesterol é uma parte vital da membrana celular e é necessário para a produção de determinados hormônios (p.ex., o estrogênio, a testosterona e a adrenalina e a noradrenalina). O fígado também converte as substâncias contidas nos alimentos digeridos em proteínas, gorduras e carboidratos. Os açúcares são armazenados no fígado sob a forma de glicogênio e, quando necessário (p.ex., quando a concentração de açúcar no sangue torna-se muito baixa), são fracionados e liberados na corrente sangüínea sob a forma de glicose. Uma outra função do fígado é a sintetização de muitos compostos importantes, sobretudo de proteínas, que o corpo utiliza para realizar diferentes funções.

Entre elas encontram-se substâncias necessárias para o processo de coagulação do sangue quando ocorre uma hemorragia. Essas substâncias são conhecidas como fatores da coagulação. O fígado recebe sangue tanto do intestino quanto do coração. Pequenos capilares da parede intestinal desembocam na veia porta, que penetra no fígado. A seguir, o sangue circula através de uma rede de pequenos canais internos, no interior do fígado, onde ocorre o processamento de nutrientes digeridos e de substâncias nocivas.

A artéria hepática transporta o sangue do coração ao fígado e o sangue transporta oxigênio para o tecido hepático em si, assim como colesterol e outras substâncias para serem processadas.

Em seguida, o sangue do intestino e do coração misturam-se e circulam de volta ao coração através da veia hepática. As disfunções hepáticas podem ser, a grosso modo, divididas em dois grupos: aquelas causadas por uma disfunção das células hepáticas em si (p.ex., cirrose ou hepatite) e aquelas causadas por uma obstrução do fluxo da bile secretada pelo fígado através das vias biliares (p.ex., cálculos biliares ou câncer).


Vesícula Biliar e Vias Biliares
A vesícula biliar é uma pequena bolsa muscular de armazenamento que contém bile, uma secreção digestiva viscosa verde-amarelada produzida pelo fígado. A bile sai do fígado através dos ductos hepáticos direito e esquerdo, os quais se unem para formar o ducto hepático comum. Em seguida, esse ducto une-se a um outro proveniente da vesícula biliar, denominado ducto cístico, formando o ducto biliar comum. O ducto biliar comum desemboca no intestino delgado (na sua parte superior), ao nível do esfíncter de Oddi, alguns centímetros abaixo do estômago. Aproximadamente 50% da bile secretada entre as refeições é desviada através do ducto cístico para a vesícula biliar.

O restante da bile flui diretamente através do ducto biliar comum para o interior do intestino delgado. Quando uma pessoa alimenta- se, a vesícula biliar contrai, drenando a sua bile para o interior do intestino para ajudar na digestão de gorduras e de determinadas vitaminas. A bile é constituída por sais biliares, eletrólitos, pigmentos biliares (p.ex., bilirrubina), colesterol e outras gorduras (lipídeos). Ela é responsável pela eliminação de certos produtos metabólicos do organismo, sobretudo os pigmentos provenientes da destruição de eritrócitos e o colesterol em excesso, e auxilia na digestão e na absorção de gorduras.

Os sais biliares aumentam a solubilidade do colesterol, das gorduras e das vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura) para ajudar na sua absorção do intestino. A hemoglobina originária dos eritrócitos é transformada em bilirrubina (o principal pigmento na bile) e excretada na bile como produto metabólico. Além disso, várias proteínas que possuem papéis importantes na função biliar são secretadas na bile. Os cálculos biliares podem obstruir o fluxo da bile da vesícula biliar, causando dor (cólica biliar) ou inflamação da vesícula biliar (colecistite). Os cálculos também podem migrar da vesícula biliar para o ducto biliar, onde eles podem causar icterícia ao bloquearem o fluxo normal da bile até o intestino. O fluxo também pode ser bloqueado por tumores e por outras causas menos comuns.

Carboidratos

Conceitos sobre carboidratos



Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza.

Para muitos carboidratos, a fórmula geral é: [C(H2O)]n, daí o nome "carboidrato", ou "hidratos de carbono"

Os carboidratos mais simples que existem, são: a GLICOSE E A FRUTOSE .


Obs: Todos os sacarídeos sejam eles mono, di ou polissacarídeo podem ser escrito na forma: Cm(H2O)n. .


Funções dos CARBOIDRATOS

Os carboidratos são moléculas que desempenham uma ampla variedade de funções, entre elas: Fonte de energia,Reserva de energia, Estrutural ,Matéria prima para a biossíntese de outras biomoléculas

A energia dos carboidratos é importante para manter nossa temperatura estável. Por isso, os alimentos ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis.

Os carboidratos representam a principal fonte de energia, pois é o principal combustível do ser humano.Fornece energia para o desenvolvimento do trabalho interno (respiração, circulação do sangue e batimentos do coração), externos (caminhar, trabalhar, fazer esforço) e calor para manter a temperatura do corpo. Os carboidratos são considerados nutrientes energéticos, pois têm como função o fortalecimento da maior parte de energia necessária para o corpo realizar suas atividades normais como trabalhar e caminhar.

Na biosfera, há provavelmente mais carboidratos do que todas as outras matérias orgânicas juntas, graças à grande abundância

O carboidrato é a única fonte de energia aceita pelo cérebro, importante para o funcionamento do coração e todo sistema nervoso. O corpo armazena carboidratos em três lugares: fígado, músculo (glicogênio) e sangue (glicose). Os carboidratos evitam que nossos músculos sejam digeridos para produção de energia, por isso se sua dieta for baixa em carboidratos, o corpo faz canibalismo muscular.

Quimicamente, como poli-hidróxi-cetonas (cetoses) ou poli-hidróxi-aldeídos), ou seja, compostos orgânicos com, pelo menos três carbonos onde todos os carbonos possuem uma hidroxila, com exceção de um, que possui a carbonila primária (grupamento aldeídico) ou a carbonila secundária (grupamento cetônico).

Escrito por ACDM às 19h18
Exemplos de CARBOIDRATO

São alimentos ricos em carboidratos:
cereais
pães
farinhas
mandioca e batata
doces
frutas.

Exemplo de Carboidratos energéticos:

Escrito por ACDM às 19h15


CLASSIFICAÇÃO

Carboidratos Simples: são os que possuem absorção mais rápida fornecendo ao organismo uma forma de energia mais rápida.

Carboidratos Complexos: Que para serem absorvidos e transformados em fonte de energia deve ser primeiramente quebrados em carboidratos simples. Como representantes desse grupo temos: massas, pães, cereais, grãos.

MONOSSACARÍDEOS (C6H12O6)

Þ Frutose: *Conceito: A frutose é uma cetose encontrada em vários sucos de frutas e também no mel. É o açúcar de sabor mais doce que se conhece.

*Como é conhecida: Levulose ou Açúcar das Frutas.

Þ Galactose: Não é encontrada na natureza na forma livre de um monossacarídeo. Sua ocorrência mais importante se dá no Leite.

Þ Glicose: *Conceito: Trata-se do mais comum dos açucares com seis carbonos na molécula e também a única aldose que é comumente encontrada na natureza na forma de monossacarídeo. *Como é conhecida: Dextrose, Açúcar do Sangue ou Açúcar das Uvas.

*Curiosidades: Industrialmente a glicose é produzida por meio de hidrólise (quebra sob a ação da água).

DISSACARÍDEOS (C12H22O11)

Þ Lactose: É o açúcar presente no leite. Suas moléculas são formadas pela combinação de uma molécula de glicose com outra de galactose:

Þ Maltose: Está presente no MALTE. *Utilização: É utilizada na produção de algumas bebidas alcoólicas, como a cerveja e o uísque. *Produção: Durante a produção do Malte, o amido presente nos grão dos cereais sofre hidrolise total ou parcial, dando origem a unidades menores: moléculas de glicose (monossacarídeo), maltose (dissacarídeo) e dextrinas (formada por dezenas de moléculas de glicoses unidas). *Como é conhecida: Açúcar do Malte.
Escrito por ACDM às 19h11

Þ Sacarose: *Conceito: Encontrado em muitos vegetais e suco de fruta, cada uma de suas molécula é formada pela a união de uma molécula de glicose e outra de frutose:*Como é conhecido: Açúcar de Cana, Açúcar de Mesa ou Açúcar de Beterraba. *Curiosidade: No Brasil, a produção é feita a partir da Garapa, o caldo obtido pela moagem da cana-de-açúcar. Em muitos paises, a sacarose é fabricada a partir da Beterraba.


POLISSACARÍDEOS


Þ Amido: *Conceito: O amido é uma longa molécula formada pela união de muitas moléculas de glicose. Ele pode ser representada pela formula ( C6H10O5)n e não possui sabor doce e ele pode ser facilmente testado utilizando-se uma solução de iodo.

Þ Glicogênio: *Conceito: O excedente de glicose que passa para o sangue após uma refeição não permanece nele – caso contrário, o individuo entraria em hiperglicemia. Esse excedente é armazenado nos músculos e no fígado, na forma de outro polissacarídeo de alfa- glicose, denominado de GICOGÊNIO.

Þ Celulose: *Conceito: É um polissacarídeo de beta-glicose e um importante material estrutural que forma a parede das células vegetais. *Curiosidade: Estima-se que cerca de 50% da matéria orgânica existente em nosso planeta corresponde à celulose. Ela não é digerida pelo organismo humano, que não possui enzimas digestivas com tal finalidade. A celulose presente na madeira usada para a fabricação de papel, no algodão é utilizada na fabricação de fibras têxteis industriais destinada a confecção de roupas, cortinas e sacarias

Escrito por ACDM às 19h08
CURIOSIDADE SOBRE O ETANOL

A Produção de Etanol por Fermentação

A produção do álcool a partir da cana-de-açúcar começa com a moagem. O caldo de cana obtido (garapa) é deixado, então, por cerca de 24 horas em tanques contendo fermento, constituído por micro organismos que se encarregam de executar a transformação de açúcar em álcool etílico.

A primeira etapa é a hidrolise, e a segunda é a denominada fermentação alcoólica.

Muitas outras reações acontecem, e o caldo adquire um odor desagradável. O álcool produzido está misturado com a água e muitas outras substancias e por meio de destilação fracionada o álcool é separado dos demais componentes.

O resíduo pastoso e mal cheiroso que sobra após a destilação é conhecido como Vinhoto ou Vinhaça. Quando jogado nos rios, constitui uma grave fonte de poluição. Pode, no entanto, ser aproveitado como adubo ou na produção de biogás. O bagaço da cana, por sua vez, pode ser aproveitado para alimentação do gado ou sofrer secagem, e ser aproveitado como combustível, movendo turbinas e gerando eletricidade
Escrito por ACDM às 19h07

09/07/2005

Função Dos Carboidratos
ENERGÉTICA: Os Carboidratos são os principais produtores de energia sob a forma de ATP; ESTRUTURAL: a parede celular dos vegetais é constituída por um carboidrato polimerizado que é a CELULOSE, os insetos contém a QUITINA e as celulas animais possuem uma série de carboidratos circulando na membrana plasmática; RESERVA ENERGÉTICA: Essa reserva de Energia pode se encontrar nos vegetais (AMIDO), nos animais (GLICOGÊNIO).

Água

Introdução
Na composição da água entram dois gases: duas partes de hidrogênio (símbolo: H) e uma parte de oxigênio (símbolo: O). Sua fórmula química é H2O.

Três quartos da superfície da Terra são recobertos por água. Trata-se de quase 1,5 bilhão de km3 de água em todo o planeta, contando oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos e geleiras. Parece inacreditável afirmar que o mundo está prestes a enfrentar uma crise de abastecimento de água. Mas é exatamente isso o que está para acontecer, pois apenas uma pequeníssima parte de toda a água do planeta Terra serve para abastecer a população.

Vinte e nove países já têm problemas com a falta d'água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez - vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. É uma crise sem precedentes na história da humanidade. Em escala mundial, nunca houve problema semelhante.

Tanto que, até 30 anos atrás, quando os primeiros alertas foram feitos por um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), ninguém dava importância para a improvável ameaça.

A água e o corpo humano
Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No ser humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. Uma pessoa de 65 kg, por exemplo, tem 45 kg de água em seu corpo. Daí sua importância no funcionamento dos organismos vivos. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. Mesmo a regulagem da temperatura do corpo depende da água - é pelo suor que "expulsamos" parte do calor interno.

Dia Mundial da Água
A Organização das Nações Unidas instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de março. O objetivo da data é refletir, discutir e buscar soluções para a poluição, desperdício e escassez de água no mundo todo. Mas há muitos outros desafios: saber usá-la de forma racional, conhecer os cuidados que devem ser tomados para garantir o consumo de uma água com qualidade e buscar condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.

Os Direitos da Água
A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, você vai ler os seus principais tópicos:

A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.
Ciclo da Água
A água, na natureza, está sempre mudando de estado físico. Sob a ação do calor do Sol, a água da superfície terrestre se evapora e se transforma em vapor d'água. Este vapor sobe para a atmosfera e vai se acumulando. Quando encontra camadas frias, se condensa, formando gotinhas de água que juntam-se a outras gotinhas e formam as nuvens.

As nuvens formadas, quando ficam muito pesadas por causa da quantidade de água nelas contida, voltam à superfície terrestre em forma de chuva. Uma parte da água das chuvas penetra no solo e forma lençóis de água subterrâneos. Outra parte corre para os rios, mares, lagos, oceanos etc. Com o calor do Sol, a água volta a evaporar.

Água potável e água tratada
A água é considerada potável quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis. A depuração da água pode ter apenas uma fase de eliminação das substâncias contaminadoras, caso retorne ao rio ou ao mar, ou pode ser seguida de uma fase de tratamento completa, caso se destine ao consumo humano.

Água Contaminada
Um dos principais problemas que surgiram neste século é a crescente contaminação da água, ou seja, este recurso vem sendo poluído de tal maneira que já não se pode consumi-lo em seu estado natural. As pessoas utilizam a água não apenas para beber, mas também para se desfazer de todo tipo de material e sujeira. As águas contaminadas com numerosas substâncias recebem o nome de águas residuais. Se as águas residuais forem para os rios e mares, as substâncias que elas transportam irão se acumulando e aumentam a contaminação geral das águas. Isto traz graves riscos para a sobrevivência dos organismos.

Existem vários elementos contaminadores da água. Alguns dos mais importantes e graves são:

Os contaminadores orgânicos: são biodegradáveis e provêm da agricultura (adubos, restos de seres vivos) e das atividades domésticas (papel, excrementos, sabões). Se acumulados em excesso produzem a eutrofização das águas.
Os contaminadores biológicos: são todos aqueles microrganismos capazes de provocar doenças, tais como a hepatite, o cólera e a gastroenterite. A água é contaminada pelos excrementos dos doentes e o contágio ocorre quando essa água é bebida.
Os contaminadores químicos: os mais perigosos são os resíduos tóxicos, como os pesticidas do tipo DDT (chamados organoclorados), porque eles tendem a se acumular no corpo dos seres vivos. São também perigosos os metais pesados (chumbo, mercúrio) utilizados em certos processos industriais, por se acumularem nos organismos.
Mar
Desde a Antiguidade, os mares são os receptores naturais de grandes quantidades de resíduos. O Mediterrâneo, o mar do Norte, o canal da Mancha e os mares do Japão são alguns dos mais contaminados do mundo. Os agentes contaminadores que trazem maior risco ao ecossistema marinho são:

Os acidentes com barcos petroleiros que provocam grandes desastres ecológicos, poluindo a água do mar.
O petróleo, como conseqüência dos acidentes, descuidos ou ações voluntárias.
Os produtos químicos procedentes do continente, que chegam ao mar por meio da chuva e dos rios ou das águas residuais.
O problema já começou
A falta d'água já afeta o Oriente Médio, China, Índia e o norte da África. Até o ano 2050, as previsões são sombrias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 50 países enfrentarão crise no abastecimento de água.

China - O suprimento de água está no limite. A demanda agroindustrial e a população de 1,2 bilhão de habitantes fazem com que milhões de chineses andem quilômetros por dia para conseguir água.

Índia - Com uma população de 1 bilhão de habitantes, o governo indiano enfrenta o dilema da água constatando oesgotamento hídrico de seu principal curso-d'água, o rio Ganges.

Oriente Médio - A região inclui países como Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait. Estudos apontam que dentro de 40 anos só haverá água doce para consumo doméstico. Atividades agrícolas e industriais terão de fazer uso de esgoto tratado.

Norte da África - Nos próximos 30 anos, a quantidade de água disponível por pessoa estará reduzida em 80%. A região abrange países situados no deserto do Saara, como Argélia e Líbia.

Motivo para guerras
A humanidade poderá presenciar no terceiro milênio uma nova modalidade de guerra: a batalha pela água. Um relatório do Banco Mundial de 1995 já anunciava que as guerras do próximo século serão motivadas pela disputa de água, diferentemente dos conflitos do século XX, marcados por questões políticas ou pela disputa do petróleo. Uma prévia do que pode ocorrer num futuro próximo aconteceu em 1967, quando o controle da água desencadeou uma guerra no Oriente Médio.

Naquele ano, os árabes fizeram obras para desviar o curso do rio Jordão e de seus afluentes. Ele é considerado o principal rio da região, nasce ao sul do Líbano e banha Israel e Jordânia. Com a nova rota, Israel perderia boa parte de sua capacidade hídrica. O governo israelense ordenou o bombardeamento da obra, acirrando ainda mais a rivalidade com os países vizinhos.

Riqueza brasileira
Quando o assunto é recursos hídricos, o Brasil é um país privilegiado. O território brasileiro detém 20% de toda a água doce superficial da Terra. A maior parte desse volume, cerca de 80%, localiza-se na Amazônia.

É naquela região desabitada que está a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, com 6 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo, além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A segunda maior bacia hidrográfica do mundo, a Platina, também está parcialmente em território brasileiro.

Mas a nossa riqueza hídrica não se restringe às áreas superficiais: o aqüífero Botucatu/Guarani, um dos maiores do mundo, cobre uma área subterrânea de quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados, 70% dos quais localiza-se em território brasileiro. O restante do potencial hídrico distribui-se de forma desigual pelo país. Apesar de tanta riqueza, as maiores concentrações urbanas encontram-se distantes dos grandes rios, como o São Francisco, o Paraná e o Amazonas.

Assim, dispor de grandes reservas hídricas não garante o abastecimento de água para toda a população.

Seca no Nordeste
Este é um problema que tem solução. Desviar parte da água do rio São Francisco para a região semi-árida é uma idéia antiga. Na prática, seria construída uma rede de canais para abastecer açudes dos Estados atingidos pela falta d'água, como Pernambuco, Ceará e Paraíba. Especialistas calculam que um projeto desse seria capaz de levar água a 200 municípios e 6,8 milhões de brasileiros.

Como economizar água
Não demore muito tempo no chuveiro. Em média, um banho consome 70 litros de água em apenas 5 minutos, ou seja, 25.550 litros por ano.

Preste atenção ao consumo mensal da conta de água. Você poderá descobrir vazamentos que significam enorme desperdício de água. Faça um teste; feche todas as torneiras e os registros de casa e verifique se o hidrômetro - aparelho que mede o consumo de água - sofre alguma alteração. Se alterar, o vazamento está comprovado.

Você pode economizar 16.425 litros de água por ano ao escovar os dentes, basta molhar a escova e depois fechar a torneira. Volte a abri-la somente para enxaguar a boca e a escova.

Prefira lavar o carro com balde em lugar da mangueira. O esguicho aberto gasta aproximadamente 600 litros de água. Se você usar balde, o consumo cairá para 60 litros.

Cuidado: Nada de "varrer" quintais e calçadas com esguicho; use a vassoura!

Curiosidades
Cada brasileiro gasta 300 litros de água por dia. Apenas metade disso seria suficiente para suprir todas as necessidades. Além disso, grande parte dos reservatórios está contaminada, principalmente em regiões mais populosas.

Na maioria dos países, é no campo que ocorre o maior consumo de água: a agricultura intensiva consome mais de quinhentos litros por pessoa ao dia. De 1900 até os nossos dias, a superfície de cultivo irrigado triplicou. Os sistemas tradicionais de irrigação aproveitam apenas 40% da água que utilizam. O resto evapora ou se perde.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Gabarito - teste -1


GABARITO 01TÉCNICO EM ANATOMIA E NECROPSIA- TESTE 01

11B 12C 13A 14C 15D 16B 17B 18B 19A 20C

21A 22D 23D 24C 25B 26A 27B 28D 29A 30D

31C 32B 33B 34B 35B 36A 37A 38B 39D 40C

41C 42D 43B 44A 45A 46C 47A 48D 49C 50D

Teste -1


SESA – NÍVEL MÉDIO: TEC. DE ANOTOMIA/NECROPSIA – SETEMBRO DE 2006 M 8 2


CONHECIMENTO ESPECÍFICO - Biologia

11. Dos tecidos humanos abaixo, o único que não tem
vascularização própria é o
A) ósseo.
B) cartilaginoso.
C) nervoso.
D) muscular.

12. A inervação parassimpática libera no órgão efetor o
seguinte neurotransmissor:
A) adrenalina.
B) noradrenalina.
C) acetilcolina.
D) serotonina.

13. A capacidade fagocítica representa um dos
principais mecanismos de imunidade inespecífica do
organismo humano. Marque a célula que NÃO possui
capacidade de fagocitose.
A) Plasmócito do tecido conjuntivo.
B) Micróglias do tecido nervoso.
C) Célula de Langerhans do tecido epitelial.
D) Neutrófilo do sangue.

14. Além da diferença de espessura e comprimento, há
outras características que permitem distinguir o
intestino grosso do delgado. Uma delas é a ocorrência
de
A) inervação simpática.
B) peristaltismo.
C) microvilosidades.
D) peritônio.

15. O estômago produz, além de suco gástrico, um
polipeptídeo denominado fator intrínseco anti-anêmico
que é essencial para absorção da vitamina
A) C
B) D
C) B1
D) B12

16. A última etapa da digestão química dos alimentos
se inicia no
A) estômago.
B) duodeno.
C) íleo.
D) ceco.

17. Marque a estrutura que pertence, simultaneamente,
aos sistemas digestório e respiratório.
A) Laringe.
B) Faringe.
C) Esôfago.
D) Fossas nasais.

18. São fatores fundamentais para a contínua limpeza
das vias respiratórias do homem:
A) a produção de surfactante e o peristaltismo.
B) a produção de muco e o batimento ciliar.
C) a síntese de interferon e a fagocitose.
D) a síntese de anticorpos e a contração do diafragma.

19. O sangue venoso drenado de todo o organismo
retorna ao coração pelo
A) átrio direito.
B) átrio esquerdo.
C) ventrículo direito.
D) ventrículo esquerdo.

20. O sangue venoso que chega ao coração é
bombeado para ser oxigenado nos capilares dos
alvéolos pulmonares através da(s)
A) artéria aorta.
B) veias cava.
C) artérias pulmonares.
D) veias pulmonares.

21. Marque a opção que indica as diferenças entre
artérias e veias.
A) As artérias têm paredes mais espessas e são
menos calibrosas.
B) As artérias têm paredes mais finas e são mais
calibrosas.
C) As veias têm paredes com mais tecido muscular e
elástico.
D) As veias têm paredes mais espessas e são mais
calibrosas.

22. A função da medula vermelha dos ossos é
A) armazenar tecido adiposo.
B) produzir os fatores de coagulação sangüínea.
C) secretar hormônios como a eritropoetina.
D) produzir os elementos figurados do sangue.

23. Na orelha interna, as funções de audição e
equilíbrio são realizadas, respectivamente, pelas
seguintes estruturas:
A) janela redonda e janela oval.
B) tímpano e labirinto.
C) bigorna e estribo.
D) cóclea e canais semicirculares.

24. No homem, a lente natural que proporciona a
acomodação visual para focalizar a imagem
corretamente sobre o fundo do olho é o(a)
A) retina.
B) córnea.
C) cristalino.
D) humor vítreo.

25. O tronco encefálico humano é constituído pelos
seguintes componentes, EXCETO:
A) mesencéfalo.
B) diencéfalo.
C) ponte.
D) bulbo.

26. A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa que
pode deixar seqüelas permanentes na criança, sendo
umas das mais comuns a paralisia da musculatura de
um ou dos dois membros inferiores, não afetando,
entretanto, a sensibilidade das regiões paralisadas.
Nesses casos, o agente patogênico atua
A) na coluna anterior da substância cinzenta da
medula lombar e sacral.
B) na coluna posterior da substância cinzenta da
medula lombar e sacral.
C) nos gânglios das raízes posteriores dos nervos
lombares e sacrais.
D) nas raízes posteriores e anteriores dos nervos
lombares e sacrais.

27. Há mais de dez anos o Brasil conseguiu erradicar a
poliomielite através da aplicação da vacina
A) tríplice.
B) Sabin.
C) BCG.
D) anti-rábica.

28. Marque o maior órgão do sistema linfático humano
e que apresenta, entre outras funções, a retirada de
circulação de hemácias velhas e armazenamento de
uma certa quantidade de sangue.
A) Tonsila palatina.
B) Linfonodo.
C) Timo.
D) Baço.

29. A remodelação do osso após a regeneração de
uma fratura resulta, fundamentalmente, de atividade
do(s)
A) osteoclastos.
B) osteoblastos.
C) osteócitos.
D) periósteo.

30. O osso do braço humano denomina-se
A) fêmur.
B) rádio.
C) ulna.
D) úmero.

31. Os métodos cirúrgicos de anticoncepção humana
A) impedem a produção de hormônios sexuais.
B) bloqueiam a produção de gametas.
C) impedem o encontro dos gametas.
D) impedem o desenvolvimento do embrião.

32. Diferentemente do que ocorre no restante do corpo
humano, sob a pele da bolsa escrotal não há tecido
adiposo. Em seu lugar existe um tecido muscular liso
denominado dartos. Esse detalhe tem relação com a
A) proteção dos testículos.
B) produção dos espermatozóides.
C) secreção de testosterona.
D) liberação dos espermatozóides no sêmen.

33. Marque a associação correta entre o número e o
tipo de dentes na segunda dentição humana.
TIPO NÚMERO
A) Incisivos 12
B) Caninos 4
C) Pré-molares 4
D) Molares 8

34. O nome do líquido lubrificante encontrado nas
articulações humanas é
A) céfalo-raquidiano.
B) sinovial.
C) intersticial.
D) perilinfático.

35. A principal substância do metabolismo energético
dos seres vivos é o(a)
A) AMP cíclico.
B) adenosina tri-fosfato.
C) nicotinamida adenina dinucleotídeo.
D) ácido desoxi-ribonucléico.

36. No tecido nervoso, as células da glia com a função
de formar a bainha de mielina no sistema nervoso
central são os(as)
A) oligodentrócitos.
B) astrócitos.
C) micróglias.
D) células do epêndima.

37. Marque a condição que NÃO diz respeito à dengue.
A) Doença de transmissão direta.
B) Trata-se de uma virose.
C) Pode-se ter mais de uma vez.
D) Pode, em alguns casos, ser letal.

38. Ainda sobre a dengue, marque a medida preventiva
mais eficaz.
A) Procurar se vacinar periodicamente.
B) Eliminar os focos do mosquito transmissor.
C) Evitar contato com as pessoas doentes.
D) Ter uma dieta alimentar adequada.

39. Nos últimos anos, o homem desenvolveu a
capacidade de identificar as pessoas através da análise
do seu material genético. Essa técnica foi batizada de
“DNA fingerprint”. O “DNA fingerprint” NÃO pode ser
usado para
A) identificação de ossada humana.
B) identificação de criminosos.
C) identificação de paternidade.
D) distinguir gêmeos monozigóticos.

40. Sobre a importância do colesterol para o corpo
humano, marque a opção verdadeira.
A) Funciona como reserva energética para todas as
células.
B) Entra na composição química dos hormônios
hipofisários.
C) É precursor da síntese dos hormônios esteróides da
adrenal.
D) É responsável pelo transporte de substâncias
através da membrana celular.

41. O miocárdio é irrigado com sangue rico em oxigênio
pelas
A) veias jugulares.
B) artérias carótidas.
C) artérias coronárias.
D) veias cava.

42. Algumas artérias podem ter a sua pulsação
percebida por um examinador durante o exame físico
de uma pessoa porque no seu trajeto passam próximos
à superfície do corpo. A artéria cuja pulsação NÃO
pode ser percebida num exame físico normal é a
A) femoral.
B) radial.
C) carótida.
D) ilíaca.

43. Atualmente, todos os seres procariontes estão
incluídos no reino
A) Fungi.
B) Monera.
C) Protista.
D) Plantae.

44. Marque a estrutura que NÃO é inervada pelo
sistema nervoso autônomo.
A) Diafragma.
B) Miocárdio.
C) Estômago.
D) Intestino delgado.

45. A glândula hipófise está alojada no interior do(a)
A) sela turca do osso esfenóide.
B) porção petrosa do osso temporal.
C) lâmina crivosa do osso etmóide.
D) seio paranasal do osso frontal.

46. Todos os nervos espinhais contêm
A) somente fibras motoras.
B) somente fibras sensitivas.
C) fibras motoras e sensitivas.
D) somente fibras motoras autônomas.

47. São glândulas associadas ao sistema reprodutor
masculino humano:
A) próstata e vesícula seminal.
B) próstata e glândulas vestibulares.
C) glândulas endometriais e glândulas vestibulares.
D) glândulas endometriais e vesícula seminal.

48. A camada mais externa da epiderme humana é a
A) basal.
B) germinativa.
C) espinhosa.
D) córnea.

49. A seqüência fisiológica correta das vias urinárias é
A) pelve renal – bexiga – ureteres – uretra.
B) ureteres – pelve renal – bexiga – uretra.
C) pelve renal – ureteres – bexiga – uretra.
D) bexiga – ureteres – pelve renal – uretra.

50. Uma bala que atravessa exclusivamente a cavidade
torácica pode causar lesão em todos os seguintes
órgãos, EXCETO
A) pulmão.
B) coração.
C) esôfago.
D) tireóide.

AIDS


Introdução à AIDS
A AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome), (ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA) é uma doença do sistema imunitário causada pelo retrovírus HIV (do inglês Human Immunodeficiency Virus). A AIDS vem se disseminando rapidamente pelo mundo desde 1981.

Vírus da AIDS (HIV)
A AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por uma drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4), justamente as células que ativam os outros linfócitos que formam o exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa que possui o vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos antígenos mais comuns que nele penetram.

Com a imunidade debilitada pelo HIV, o organismo torna-se susceptível a diversos microorganismos oportunistas ou a certos tipos raros de câncer (sarcoma de Kaposi, linfoma cerebral). A pneumonia provocada pelo Pneumocystis carinii é a infecção oportunista mais comum, detectada em cerca de 57% dos casos. A toxoplasmose, a criptococose e as afecções provocadas por citomegalovírus são outras infecções freqüentemente encontradas nos indivíduos imunodeprimidos. As principais causas da morte são infecções banais, contra as quais o organismo debilitado não consegue reagir.

O material hereditário deste vírus é o RNA, e sua principal característica é a presença da enzima transcriptase reversa, capaz de produzir moléculas de DNA a partir do RNA. A membrana deste vírus se funde com a membrana da célula, e o capsídio viral penetra no citoplasma celular. O RNA, então, produz uma molécula de DNA, que irá penetrar no núcleo da célula, introduzir-se em um dos cromossomos do hospedeiro e recombinar-se com o DNA celular. Esse DNA viral integrado ao cromossomo celular é chamado de provírus, que irá produzir moléculas de RNA, originando centenas de vírus completos. Uma vez com os genes do provírus integrados aos da célula, esta irá produzir partículas virais durante toda a sua vida. Não leva a morte da célula hospedeira, mas esta poderá transmitir o provírus para suas células filhas.

Vírus HIV


A descoberta do vírus
Grande parte dos pacientes com AIDS desenvolve uma doença neuropsicológica, chamada complexo de demência aidética, que parece resultar da infecção das células do sistema nervoso central pelo vírus HIV.

A AIDS é uma doença recente, sendo reconhecida apenas em 1981, embora exista evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos antes. A origem do vírus é ainda desconhecida, sendo uma das hipóteses a de que teria surgido na África central, como resultado de uma mutação, e descendo por via indireta de outro vírus, não patológico, identificado no macaco (Cercopithecus aethiops). Em 1984, cientistas americanos e franceses isolaram, de células de pacientes com AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador da doença.

Tratamento da AIDS
Apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, existe tratamento eficiente e que controla a doença. Pessoas portadoras do vírus HIV devem procurar ajuda médica, tentar conhecer a doença e jamais perder a esperança, afinal, de 1981 até hoje, já se passaram muitos anos, estamos num novo milênio e a medicina evolui a cada dia.

Como saber se é portador(a) da doença?
Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por meio de exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus, ou que detectam a presença do próprio vírus. Ser portador do vírus não significa que a pessoa desenvolverá necessariamente a doença. O vírus permanece inativo por um tempo variável, no interior das células T infectadas, e pode demorar até 10 anos para desencadear a moléstia.

AIDS e a sociedade
Muitas pessoas que vivem com HIV/AIDS sentem-se agredidas por mensagens na televisão, revistas, campanhas. Alertamos que o papel da sociedade em geral, é estar atenta aos riscos e, principalmente, bem informada sobre os meios de prevenção da doença. Nunca rejeitar o convívio (íntimo e até social) com os doentes de AIDS.

Não podemos, também, abordar única e exclusivamente a responsabilidade do homem no uso da camisinha. As mulheres não devem ser tratadas como uma população incapaz de adotar medidas de sexo seguro. Não se pode ignorar a capacidade, a autonomia e o direito das mulheres de negociar o uso da camisinha com o parceiro ou de elas mesmas usarem o preservativo feminino, já disponível na rede pública de saúde.

Transmissão da doença
A AIDS é transmitida através do contato sexual, da transfusão de sangue contaminado, da mãe para o bebe durante a gravidez ou na amamentação e ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre os usuários de drogas injetáveis. Como não há cura para a doença, seu combate deve ser feito através de medidas preventivas, tais como o uso de preservativos (camisinhas), o controle de qualidade do sangue usado em transfusões e o emprego de seringas e agulhas descartáveis.

Estatísticas da doença
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas contaminadas com o vírus da AIDS ultrapassou, em 1996, a marca de 20 milhões. A estimativa é de que até o ano 2000 a doença atinja cerca de 30 a 40 milhões de pessoas. Na 11ª Conferência Internacional sobre a AIDS (em Vancouver no Canadá - 1996), os cientistas apresentaram uma nova descoberta que trás esperanças para os doentes: uma mistura conhecida como "coquetel de drogas" que diminui em 100 vezes o ritmo de reprodução do vírus, de modo a bloquear as etapas iniciais do ciclo reprodutivo do vírus nas células humanas. As drogas atuariam bloqueando a ação de duas enzimas responsáveis pela multiplicação do vírus: a transcriptase reversa e a protease. O banco mundial estima que a AIDS venha a custar, até o ano 2000, 1,4% do PIB mundial.

Hoje, no Brasil, os heterossexuais representam 38% dos que pegaram através de relação sexual. Segundo os últimos dados do ministério, de março de 1998, 6800 brasileiros contraíram AIDS. Desses, cerca de 50% pegaram a doença durante a relação sexual. Nesse grupo, os heterossexuais representavam 6% em 1988 e agora já são 38%. Os jovens precisam sensibilizar-se dos casos de AIDS notificados neste ano, 70% estão na faixa de 25 a 44 anos e 13% na faixa de 15 e 24 anos.

Dentes


Dentes
Características dos dentes
Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas aos maxilares superior e inferior, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens.

Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade polpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento peridental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.

Tipos de dentes
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos tem a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que tem uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.


Idades em que normalmente aparecem os dentes
Dentição de Leite Idade
Incisivos centrais inferiores
Incisivos superiores
Incisivos laterais inferiores
Primeiros molares
Caninos
Segundos molares 6 a 9 meses
8 a 10 meses
15 a 21 meses
15 a 21 meses
16 a 20 meses
20 a 24 meses

Dentição Permanente Idade
Primeiros molares
Incisivos centrais
Incisivos laterais
Primeiros pré-molares
Segundos pré-molares
Caninos
Segundos molares
Dentes do siso 6 anos
7 anos
8 anos
9 anos
10 anos
entre 11 e 12 anos
entre 12 e 13 anos
entre 15 e 25 anos


Doença da Cárie
Os dentes são suscetíveis a um processo de putrefação (cárie dental). A bactéria acidogênica oral, que está sempre presente na boca, reage com os carboidratos para formar ácidos capazes de dissolver o esmalte, permitindo a penetração de outras bactérias na dentina. Com o tempo, a cárie provoca uma cavidade na estrutura do dente.

Devemos nos lembrar que para qualquer tipo de doença, a prevenção é o melhor remédio, e isto é válido também para se evitar a doença da cárie dental. Uma deficiente escovação dos dentes leva à formação de placas, que ficam grudadas nos dentes, mais normalmente ao nível da gengiva e dos dentes.

No início das doenças da cárie e gengiva o tratamento é simples e rápido, mas se deixado de lado pode-se ter graves quadros de doenças periodontais e cáries cada vez maiores, que chegam a destruir quase todo o dente, sendo necessário um tratamento de canal, quando senão a perda total do dente. Ocorrendo a perda do dente, tem que recorrer ao processo de prótese para restaurar o sorriso perdido, prótese esta que poderá ser fixa, móvel ou implantes dentários. No tratamento, os padrões de cores dos materiais restauradores são tão variados que pode-se restaurar um dente sem ser percebida, tamanha semelhança com os dentes naturais.

O tratamento dentário atual é completamente indolor e muito confortável. Tratando com a maior tranqüilidade, restaurando sua saúde dental.

Um perfeito hábito de escovar os dentes após qualquer tipo de refeição, uma consulta periódica de 6 em 6 meses com seu dentista é de suma importância, e são os melhores métodos para impedir o aparecimento e evolução da doença da cárie.

Doença das Gengivas
A Doença das Gengivas ou Doença Periodontal se inicia da mesma forma que a cárie, ou seja, com a formação da placa bacteriana. A placa bacteriana fica aderida ao dente e ataca as gengivas, provocando inflamação. Então, a gengiva fica bastante vermelha, inchada e pode sangrar. É a chamada Gengivite.

Atenção: A gengivite pode ser resolvida, em muitos casos, através de uma escovação correta e do uso do fio dental. A partir do aparecimento de cálculo, a Doença Periodontal deve ser tratada pelo dentista, que deve ser procurado também caso haja alguma região da gengiva que apresente sangramento com freqüência, apesar de uma boa escovação.

Leia também:
Como cuidar bem dos dentes. Limpeza, escovação, fio-dental.

Baço

Baço
Características
O baço é um órgão linfóide situado no hipocôndrio esquerdo, abaixo do diafragma, atrás do estômago. Pesa em média 200 g, e tem cor vermelho-escuro. Tem forma ovóide alongada e cabe na palma da mão, tem 12 cm de comprimento e 8 cm de largura.

Devido ao seu tecido linfóide, ou polpa branca, e ao seu tecido vascular, ou polpa vermelha, ele tem função hematopoética até o último mês da vida fetal e função hemolítico-fisiológica, que se torna às vezes patológica.

O baço influi na composição do sangue que irriga nosso corpo e ele controla a quantidade desse líquido vital em nossas veias e artérias. A atividade do baço está relacionada com o aparelho circulatório. Acha-se envolvido por uma cápsula fibrosa, que o divide em lóbulos, por meio de tabiques - os septos conectivos -, que formam uma estrutura de sustentação, e nos quais existem fibras musculares lisas, responsáveis pela contração e pela distensão do órgão.

Esquema do baço


Polpas Branca e Vermelha
Em seu interior encontra-se um material de consistência mole, chamado polpa. Distingue-se a polpa branca e a polpa vermelha. A primeira é formada por nódulos linfáticos (Corpúsculos de Malpighi - semelhantes aos gânglios linfáticos). A segunda, constituída de glóbulos vermelhos e brancos, relaciona-se ainda com as veias de nosso organismo; e a polpa branca, por sua vez, com as artérias.

Funcionamento
Quando o baço aumenta, está acumulando sangue como um "banco". Esse sangue traz glóbulos vermelhos jovens e velhos, ou seja, uns podem fixar o oxigênio de que precisamos e outros não podem mais. Então, o baço faz sua seleção e retém alguns dos glóbulos vermelhos velhos, destruindo-os. A hemoglobina desse é, posteriormente, transformada em bilirrubina, pigmento da bile, restando o ferro. O ferro é outra vez utilizado pela medula óssea na formação de nova hemoglobina, preparando-se, por esse processo, o caminho para a produção de novos glóbulos vermelhos. Estes só são produzidos no baço durante a fase embrionária, sendo depois formados na medula óssea.

A função de reter os glóbulos vermelhos é realizada por macrófagos existentes no baço, que englobam e destroem as hemácias velhas e parasitas (processo chamado de fagocitose), evitando assim, um grande número de doenças.

O baço também produz glóbulos brancos e regula o volume de sangue em circulação nas artérias e veias. No caso de sofrer um corte ou hemorragia, o baço bombeia imediatamente mais líquido para o aparelho circulatório, restabelecendo aos poucos, o equilíbrio.

Arrancando o baço
O baço não é um órgão essencial, embora muito importante. Se o arrancarmos, sofreremos uma anemia, mas com o tempo, recuperaremos as forças (pois há outras partes do organismo com condições de assumir as funções que ele desempenha).

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O que são células-tronco

. O que são Células-Tronco?
São células jovens que apresentam a capacidade de auto-renovação (geram células filhas idênticas em forma e função a si próprias) e de originar todas as células do sangue.
Além disso, as recentes pesquisas mostram a possibilidade da Célula-Tronco regenerar outros órgãos e tecidos não pertencentes ao sistema sangüíneo.




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2. Qual é o uso real das Células-Tronco?
Atualmente, as Células-Tronco são utilizadas para recuperar o sistema hematopoético (células sangüíneas) de pacientes submetidos à quimioterapia e/ou à radioterapia. Nessas situações, a infusão das Células-Tronco é vital, uma vez que a quimioterapia e/ou a radioterapia também destrói as Células-Tronco do paciente.
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3. De onde podem ser obtidas as Células-Tronco?

As Células-Tronco podem ser obtidas de duas grandes fases do indivíduo:

Fase Adulta: Sangue de cordão umbilical, medula-óssea e sangue periférico mobilizado.
Fase Embrionária: Células contidas no blastocisto, estrutura formada nos primeiros dias após a fecundação.
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4. O que são células-tronco embrionárias?

São células encontradas no interior de embriões recém-fecundados, ou seja, dentro de uma estrutura denominada blastocisto, formada até 5 dias após o encontro do espermatozóide com o óvulo. A pesquisa destas células deve-se ao fato teórico de que possuem a potencialidade de formar praticamente todos os tecidos do corpo (multipotente). A lei de biossegurança aprovada no dia 2 de março de 2005 pelo Congresso Nacional, ainda aguardando sanção da Presidência da República, permite a pesquisa em células-tronco oriundas de fonte humana. Em virtude da complicada situação para sua obtenção, quando comparada à das células adultas (sangue de cordão umbilical, medula-óssea e sangue periférico), a lei de biossegurança, recém-aprovada, traz no seu Artigo 5º as regras para obtenção dos embriões humanos, a seguir transcritas:

“Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:

I - sejam embriões inviáveis; ou

II - sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.

§ 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.

§ 2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.

§ 3º É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica no crime tipificado no art. 15 da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997.”


Fonte: Congresso Nacional
Folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u67595.shtml
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5. A célula-tronco embrionária tem sido utilizada para o tratamento de doenças?

Comentário:
Desde o início das discussões sobre a lei de biossegurança, a Criogênesis tem participado no sentido de esclarecer o público quanto à real situação das pesquisas na área de células-tronco, seja embrionária ou adulta. Da mesma forma que a filosofia adotada pelo Instituto Nacional de Saúde do Governo dos Estados Unidos (NIH), claramente evidenciada no texto extraído da página oficial da entidade (abaixo transcrito), a Criogênesis deposita enorme confiança e investimento no potencial real e futuro das células provindas da fase adulta (sangue de cordão umbilical, medula óssea e sangue periférico). Em relação à fase em embrionária, aguardamos aprovação para que a nossa entidade também possa participar das pesquisas e trazer algum resultado nas próximas décadas.

“Scientists have been able to do experiments with human embryonic stem cells (hESC) only since 1998, when a group led by Dr. James Thompson at the University of Wisconsin developed a technique to isolate and grow the cells. Moreover, Federal funds to support hESC research have been available since only August 9, 2001, when President Bush announced his decision on Federal funding for hESC research. Because many academic researchers rely on Federal funds to support their laboratories, they are just beginning to learn how to grow and use the cells. Thus, although hESC are thought to offer potential cures and therapies for many devastating diseases, research using them is still in its early stages.

Adult stem cells, such as blood-forming stem cells in bone marrow (called hematopoietic stem cells, or HSCs), are currently the only type of stem cell commonly used to treat human diseases. Doctors have been transferring HSCs in bone marrow transplants for over 40 years. More advanced techniques of collecting, or "harvesting," HSCs are now used in order to treat leukemia, lymphoma and several inherited blood disorders.

The clinical potential of adult stem cells has also been demonstrated in the treatment of other human diseases that include diabetes and advanced kidney cancer. However, these newer uses have involved studies with a very limited number of patients.” (partes do texto foram negritadas sob responsabilidade exclusiva da Criogênesis).

Fonte: http://stemcells.nih.gov/info/health.asp
Diretoria Técnico-Científica da Criogênesis
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6. O que são células-tronco mesenquimais?

A célula-tronco mesenquimal (MSC) é encontrada primariamente na medula óssea e no sangue de cordão umbilical.

Possui a capacidade de gerar diferentes tecidos: ossos, tendão, cartilagem, tecidos adiposo e muscular, suporte medular e células neurais, colocando-se assim em evidência para procedimentos de engenharia de tecidos e suporte ao transplante de medula óssea.

Recentemente, a Prof. Dra. Mayana Zatz, Coordenadora do Projeto Genoma, sugeriu que os Bancos Privados e Públicos estocassem o tecido do cordão também. Segundo estudo publicado pela pesquisadora, o cordão umbilical apresenta uma grande quantidade de células-tronco mesenquimais.

Após a coleta do sangue e do tecido do cordão umbilical, a célula-tronco mesenquimal é purificada por meio de técnicas de cultivo. Além disso, o Grupo Criogênesis vem estudando, incansavelmente a expansão numérica deste tipo celular.



O uso clínico do Sangue de Cordão Umbilical em famílias sem risco definido é muito baixo. Embora a ciência demonstre um aumento na utilização clínica da Célula-Tronco do Sangue de Cordão Umbilical, grande parte ainda está na fase experimental e não deve ser especulado como tratamento disponível atualmente. Além disso, não podemos garantir o uso da Célula-Tronco Autóloga (do próprio paciente) em todas as doenças genéticas. Reiteramos nosso compromisso com a Ética e a Saúde Pública por meio da divulgação do Banco de Sangue de Cordão Umbilical Público e de informações cristalinas e precisas sobre o objetivo do Banco Privado.

Células-tronco (novidades)

são paulo / Células-troncoCELULAR RSS O Portal de Notícias da Globo

10/09/08 - 07h32 - Atualizado em 10/09/08 - 09h37

Justiça determina coleta de células-tronco de recém-nascido pelo SUS
Material foi coletado no parto, em São José do Rio Preto, interior de SP.
Irmã do bebê tem leucemia e pode ser salva com as células.

Do G1, com informações do Bom Dia São Paulo
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Uma decisão inédita da Justiça de São Paulo pode mudar a vida de uma família de São José do Rio Preto, a 438 km da capital. A mãe de um bebê recém-nascido teve autorização para que, durante o parto, fossem coletadas células-tronco do cordão umbilical. O procedimento foi custeado pelo Estado, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e trouxe esperança para a irmã da criança, que tem leucemia.



Entre o pedido e a decisão da Justiça foram 30 dias. O casal não poderia pagar pelo procedimento, que custa cerca de R$ 5 mil. O desfecho rápido surpreendeu a família.



O material coletado foi enviado para exame de compatibilidade em São Paulo. O resultado pode mudar a história da família.“Nós estamos muito alegres, muito esperançosos que vai dar tudo certo”, conta a mãe, Verônica Guilarduce.



Surpresa

A gravidez da pequena Sarah não foi planejada. Menos ainda o fato dela ter nascido exatamente um ano depois do diagnóstico de leucemia na irmã Júlia, de 8 anos.



“Depois de diagnosticada a doença, em dois meses eu engravidei. Quando eu fui no meu ginecologista, ele que me alertou, eu expliquei da Júlia. Ele falou assim ‘vai ser a cura da sua filha’”, conta Verônica. “Eu tenho esperança de que ela vai me curar dessa doença, se precisar”, conta Júlia.



O último passo antes de seguir para a sala de parto foi a assinatura dos papéis que autorizam a retirada do sangue do cordão. O médico de um laboratório especializado foi chamado para realizar a coleta.



O procedimento foi realizado logo após o corte do cordão. O material foi armazenado a uma temperatura de 100ºC negativos e poderá ser utilizado também para outros tratamentos num prazo de 20 anos.



Chance

A chance de compatibilidade entre as células tronco de Sarah e o sangue de Júlia é de 75%.“Existem vários casos de sucesso com esse tratamento, então é uma chance que ela vai ter”, explica o ginecologista Ricardo Garcia.



Agora, a família comemora a chegada de um novo filho e fica na expectativa do resultado da compatibilidade. “Tenho tanto a felicidade de ganhar mais um filho, como eu sei que há a possibilidade de curar a minha filha”, conta o pai das crianças, Ricardo Guilarduce.



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Célula

A ORGANIZAÇÃO CELULAR DOS SERES VIVOS

A CÉLULA – SUA ESTRUTURA E SEU FUNCIONAMENTO:

Com exceção do vírus, todos os demais seres têm a sua estrutura baseada na célula.
Muitos são apenas unicelulares. Outros são pluricelulares. Mas, a despeito de certas diferenças, a arquitetura fundamental da célula se repete em todos os níveis de organização, tornando-a, indiscutivelmente, a UNIDADE DA VIDA. Na sua diminuta dimensão, a célula demonstra um admirável arranjo na disposição de microestruturas que representam os seus orgânulos, aos quais cabe a realização de importantes funções, como a síntese de proteínas, o determinismo genético, o armazenamento e a liberação de energia, a produção de substâncias que devem atuar no meio extracelular controlando as funções do organismo, ou até mesmo os cuidados em manter os equilibrios físico-químicos (equilibrio hidrossalino, equilíbrio ácido-básico) fundamental à preservação da vida.


CÉLULA PROCARIOTA E CÉLULA EUCARIOTA:

Em alguns organismos inferiores, podemos observar que a célula apresenta um núcleo individualizado, bem visível, em cujo interior se concentra o material genético. Pelo contrário, falta-lhe a membrana nuclear ou cariomembrana, pelo que o conteúdo nuclear se apresenta espalhado por todo o interior celular, dando a impressão de que a célula não possui núcleo. Em verdade, ela o possui. Apenas, ele não está individualizado. Encontra-se disperso ou difuso no citoplasma. A célula com essa característica é chamada célula procariótica, e os organismos que são formados por células desse tipo são os procariontes.
Bactérias e cianófilas (algas cianófilas) são procariontes. Os procariontes, nos anos mais recentes, foram desvinculados da natureza de animais e vegetais e classificados num reino especial só deles, que é o Reino Monera.
Todos os demais seres possuem células com núcleo bem individualizado, dotado de cariomembrana. Tais seres são chamados eucariontes, e suas células, visivelmente nucleadas, são qualificadas como células eucariotas.



PARTES DAS CÉLULAS:

MEMBRANA PLASMÁTICA: A membrana plasmática é formada por uma ampla camada lipídica, constituída de fosfolipídeos que mostram seus grupos polares (grupos hidrófilos, isto é, que têm atração por moléculas de água) voltados para as faces externa




e interna, portanto opostos, e os grupos apolares (hidrófobos) adjacentes. Mergulhadas nessa matriz lipídica encontram-se as moléculas de proteínas, com ampla capacidade de movimentação e deslocamento, cabendo-lhes papel de relevante importância na retenção e no transporte de outras moléculas através da membrana, entre os meios intra e extracelulares. As substâncias lipossolúveis atravessam a membrana passando direitamente através da dupla camada lipídica. As demais são transportadas pelas moléculas protéicas, que se movimentam como uma “roda d’água”, recolhendo-as de um lado e largando-as do outro. Íons e pequenas moléculas hidrossolúveis, inclusive a própria água, atravessam a membrana através de minúsculos canais formados pelas moléculas protéicas. Essa concepção de estrutura da membrana for batizada de mosaico fluido. A membrana plasmática representa a superfície da célula que possui adaptações especiais, que chamaremos de especializações da membrana e que passaremos a ver em seguida:
- Microvilosidades – São minúsculas expansões digitiformes (em forma de dedos) na
superfície da célula que se projetam para o meio extracelular, criando uma condição
de excepcional ampliação da área de absorção da célula dentro do mesmo limite de
superfície que ela já possuía.
Interdigitações – Representam um recurso para proporcionar a melhor ligação das
células entre si num tecido. Nesse caso, a superfície celular descreve saliências e reen-
trâncias que se encaixam perfeitamente nas saliências e reentrâncias das células vizinhas.
Desmossomos – São especializações da superfície celular destinadas também à maior
fixação de uma célula às células vizinhas. Parecem minúsculos “carrapatos” dispostos
a distâncias irregulares ao longo das membranas de separação de células contíguas.
Cílios e flagelos – Mostram-se como expansões celulares finas e muito móveis que
contribuem, por sua atividade, para a movimentação celular com deslocamento ou para proporcionar o aparecimento de correntes líquidas ao redor da célula.


ATIVIDADES DA MEMBRANA PLASMÁTICA:

O conjunto de substâncias que formam a matéria viva e ativa da célula recebe o nome de protoplasma. O protoplasma compõe-se de soluções coloidais, soluções químicas e suspensões. As soluções coloidais, por sua própria natureza, não atravessam as membranas semipermeáveis. Por isso, como a membrana plasmática é uma membrana semipermeável, não há condição para o extravasamento dos colóides citoplasmáticos para fora da célula. Sob esse aspecto, a membrana já começa a selecionar o que deve entrar ou sair da célula. Por outro lado, entretanto, a água e as soluções químicas podem atravessar a membrana facilmente, pelo fenômeno da DIFUSÃO SIMPLES. A difusão compreende a osmose e a diálise.







A osmose é a passagem de moléculas de água através de uma membrana semipermeável sempre no sentido do meio hipotônico, isto é, menos concentrado (onde, proporcionalmente, a quantidade de moléculas de água é maior por unidade de volume) para o meio hipertônico, ou seja, mais concentrado (no qual a quantidade de moléculas de água é menor por unidade de volume).
A diálise é a difusão de partículas do soluto das soluções químicas através da membrana plasmática. Essa passagem se faz sempre no sentido da solução mais concentrada para a solução menos concentrada.
Repare que, apesar de um aparente contraste no sentido em que se processam os fluxos na osmose e na diálise, eles obedecem igualmente às mesmas leis físicas da difusão (as partículas passam do setor onde é maior a sua energia cinética para o setor onde ela é menor).
Em função dessa atividade, dizemos que a membrana plasmática é dotada de Permeabilidade Seletiva, pois seleciona o trânsito de substâncias através da sua estrutura.
Além dos mecanismos de difusão, a membrana plasmática, na sua função de permeabilidade seletiva, faz uso de outros recursos, tais como a difusão facilitada, o transporte ativo e o transporte em bloco.

Na difusão facilitada participam moléculas especiais, de natureza protéica, integrantes da estrutura da membrana, que se ocupam de recolher pequenas moléculas e íons do meio extracelular e, através de movimentos em giros, com uma roda d’água, descarregá-los no meio intracelular (ou vice-versa). O importante, todavia, é que esse mecanismo acelera o transporte de substâncias através da membrana sem consumo de energia pela célula. A osmose, a diálise e a difusão facilitada constituem formas alternativas de transporte passivo, pois em nenhuma delas ocorre dispêndio de energia pela célula.
No transporte ativo já se observa o consumo de energia pela célula. Ele consiste na passagem de moléculas de um lado para o outro da membrana plasmática sempre contra um gradiente de concentração, isto é, contra as leis da difusão. A absorção de sais pelas raízes se processa habitualmente por transporte ativo. Isto quer dizer que, embora haja uma concentração maior dos sais intracelularmente do que no meio ambiente, ainda assim os sais continuam entrando nas células. Da mesma forma, a passagem da glicose para o interior das células, no nosso organismo, frequentemente se faz por transporte ativo. Para que esse fenômeno ocorra, participam moléculas protéicas especiais que agem como “transportadores”, aos quais, para fixarem a molécula ou íon a ser transportado, exigem uma reação de fosforilação, que implica dispêndio de energia pela célula.
No transporte em bloco, a bem dizer, não é uma atribuição exclusiva da membrana plasmática, mas ela está envolvida nesse fenômeno. Ele compreende o englobamento de partículas ou blocos de substâncias que, por seu volume acentuadamente grande, não poderiam atravessar a membrana plasmática sem rompê-la. Em tal condição, a célula promove modificações da sua superfície, mobilizando inclusive a membrana plasmática, no sentido de “englobar” o material a ser recolhido.
Mas esse fenômeno pode ocorrer, também, em sentido contrário, isto é, visando à eliminação de um bloco de material. Portanto, o transporte em bloco compreende a endocitose e a exocitose.



A endocitose de partículas sólidas recebe o nome especial de fagocitose. Amebas, leucócitos e macrófagos (estes últimos, células do tecido conjuntivo) realizam fagocitose, emitindo pseudópodos (expansões citoplasmáticas envoltas por membrana) que “abraçam” o material a ser englobado.
A 0endocitose realizada com o fim de englobar pequenas porções de substâncias líquidas recebe o nome de pinocitose. As células da mucosa intestinal praticam rotineiramente a pinocitose para a absorção de substâncias nutrientes resultantes da digestão alimentar.
A exocitose é um movimento contrário ao da endocitose e, portanto, destinado à expulsão de substância da célula. Ela se faz através do aparecimento de uma vesícula intracitoplasmática contendo material indesejável, que se desloca até a superfície da célula, tocando a membrana plasmática. Nesse ponto, a membrana se desfaz e a vesícula espulsa o seu conteúdo. As vesículas de eliminação são denominadas vesículas de clasmatose ou clasmocitose.

CITOPLASMA

É uma massa gelatinosa e homogênea, com uma estrutura complexa, onde existe uma emaranhada rede de canículos, que às vezes se alargam em bolsas achatadas e cisternas, formando o retículo endoplasmático. Todo esse sistema canicular é delimitado por membranas lipoprotéicas e os espaços que permeiam essa intricada rede são preenchidos por material que constitui o hialoplasma ou citoplasma fundamental. O espaço compreendido entre a membrana plasmática e a membrana nuclear chama-se citossomo, e nesse espaço, em meio à complexa trama do retículo endoplasmático existem estruturas chamadas: mitocôndrias, complexo de Golgi (ou aparelho de Golgi), cloroplastos, centríolo (ou centrossomo), lisossomos, peroxissomos, esferossomos, vacúolos e microtúbulos, bem como estruturas nucleares, como a cariomembrana (ou membrana nuclear), cromossomos e nucléolos.
Retículo Endoplasmático: É um sistema de canalículos que confluem para pequenos
vacúolos ou se abrem em bolsas achatadas ou cisternas, formando uma emaranhada
rede que ocupa a maior parte do citoplasma. Todo esse sistema é delimitado por mem –
branas lipoprotéicas. As principais funções do retículo endoplasmático é a produção de
proteínas e como via de transporte de substâncias de um ponto para outro no citoplasma
Complexo de Golgi: É uma região especial que se mostra como um empilhamento de
bolsas achatadas ou cisternas, rodeadas de pequenos vacúolos ou vesículas que se des-
prendem das bolsas por brotamento. Suas principais atividades são: síntese de esterói-
des, produção de glicoproteínas, acúmulo de proteínas sintetizadas no retículo endo-
plasmático para posterior eliminação através de vesículas de clasmocitose.
Mitocôndrias: São orgânulos citoplasmáticos encontrados em todas as células eucario-
tas. Suas formas e dimensões são variaveis, podendo ser arredondadas ou em bastone-
tes. As mitocôndrias desenvolvem importante atividade nos processos metabólicos ce-
lulares, pois a elas cabe a função de reprocessar a energia contida nas moléculas dos
compostos orgânicos obtidos pela alimentação, transferindo o acúmulo energético para
outras moléculas especializadas para armazenamento e liberação rápida de energia, re –
presentadas, principalmente, pelo ATP (Trifosfato de adenosina).



Plastos ou plastídeos: São orgânulos citoplasmáticos de estrutura membranosa dife-
renciados pela cor que revelam: cloroplastos (verdes), leucoplastos (brancos), cromo –
plastos (coloridos). São mais comuns em células vegetais contribuindo com a clorofila
na realização da fotossíntese.
Lisossomos: São minúsculas vesículas delimitadas por membrana lipoprotéica espa-
lhadas pelo citoplasma. Desempenham importante papel na realização do fenômeno de
digestão intracelular.
Peroxissomos: São pequeninas vesículas contendo enzimas oxidantes, delimitadas por
membrana lipoprotéica. É importante não confundir esses orgânulos com os lisossomos
pois não só são diferentes estruturalmente como também diferem no seu conteúdo. Os
peroxissomos possuem enzimas oxidantes, enquanto os lisossomos possuem enzimas
hidrolisantes.
Esferossomos: São orgânulos encontrados em células vegetais delimitados por mem-
brana lipoprotéica. Têm certa semelhança funcional com os lisossomos, pois também
encerram algumas enzimas hidrolisantes.

Vacúolos: São como orificios dentro da célula, às vezes com água e substâncias, que
“digerem ou excretam” substâncias. Existem três tipos de vacúolos: digestivos, pulsá-
teis ou vacúolos de suco celular.
Centrossomo: É uma estrutura não membranosa do citoplasma que tem papel impor–
tante durante as etapas de mitose orientando a distribuição de cromossomos para as cé-
lulas-mãe.
Microtúbulos: São estruturas protéicas distribuídas por todo o citoplasma, sem locali-
zação precisa. Têm grande facilidade de aumentar ou diminuir o seu comprimento rapi-
damente retraindo e arrastando os cromossomos para os pólos da célula.


NÚCLEO CELULAR

O núcleo é uma estrutura na maioria das vezes esféricas, delimitada por uma membrana dupla com numerosos polos e que se apresenta constante praticamente em todas as células, mesmo nas procarióticas, onde, ainda que difuso, não deixa de estar presente.
Os componentes gerais do núcleo são:
Membrana nuclear (cariomembrana ou carioteca): É uma membrana dupla,de natu-
reza lipoprotéica, com numerosos poros. Esses poros têm diâmetros consideráveis que permitem a passagem inclusive de macromoléculas, como proteínas e ácidos nucléicos.
Suco nuclear: O suco nuclear é um líquido claro, homogêneo, contendo água e proteí-
nas globulares, no qual se encontram mergulhados os filamentos de cromatina que for-
mam o retículo nuclear. Também nesse líquido ficam em suspensão os nucléolos e os
cromossomos, quando começam a se formar.
Retículo nuclear: É uma rede de filamentos delgados formados por uma substância
chamada cromatina. A cromatina, é uma proteína composta por grande número de ami-
noácidos ligados a um radical de ácido nucléico representado por uma molécula de
DNA.

Cromossomos: Quando a célula entra em mitose, os cromonemas assumem um novo
aspecto. Tomam o formato de uma “mola”, surgindo ao exame microscópico da célula
como cordões curtos e espessos. Possuem DNA na sua estrutura o que representa o
seu material genético, responsável pela transmissão dos caracteres hereditários de pais
a filhos.
Nucléolos: Os nucléolos verdadeiros ou plasmossomos são conglomerados de molécu-
las de RNAr (RNA ribossomal, isto é, RNA que entra na composição dos ribossomos)
na zona SAT de certos cromossomos, quando ainda desespiralados.


AS FUNÇÕES DO NÚCLEO:

O núcleo encerra nos seus cromossomos todo o material genético (representado por moléculas de DNA) que responde pela programação completa das atividades que a célula deverá desenvolver durante toda a sua vida. Os genes, que reconhecemos como os elementos responsáveis pelo determinismo genético na célula, nada mais são do que segmentos de moléculas de DNA. Os segmentos de DNA que constituem os genes têm a capacidade de controlar a formação de outras moléculas especiais, que são as moléculas de RNA, as quais, passando posteriormente ao citoplasma, vão comandar a síntese de proteínas. As proteínas que se formam nas células são todas elas previamente programadas pelos genes. A programação depende de um verdadeiro “código genético” estabelecido pela sequência de bases nitrogenadas do DNA. Mas a execução desse trabalho compete aos RNA. Muitas das proteínas formadas têm função simplesmente estrutural na célula. Mas outras, são enzimas ou proteínas de naturezas diversas, de cuja ação resultarão efeitos notáveis no comportamento celular ou orgânico do indivíduo. Diante disso, podemos concluir que o núcleo celular tem importância decisiva na vida e no comportamento da célula. Se ela o perde, evolui progressivamente para a morte. Mas, se após ter sido enucleada, nela for reimplantada um novo núcleo, ela continuará viva e poderá até se reproduzir.

A DIVISÃO CELULAR:

A divisão celular é o fenômeno pelo qual uma célula se divide em duas novas células. Isso pode representar fator importante no desenvolvimento de um organismo ou, simplesmente, constituir-se no único recurso de reprodução quando se trata de espécie unicelular.
Nos seres organizados, as células se reproduzem através de um mecanismo bem mais complexo, mais demorado, que envolve transformações citoplasmáticas e, sobretudo, profundas modificações nucleares. Esse processo de divisão celular em que o material genético se evidencia sob a forma de cromossomos e é criteriosamente distribuído às células-filhas recebeu o nome de mitose ou cariocinese.
Na mitose as células-filhas são idênticas às células-mãe, pois encerram o mesmo número de cromossomos que esta última possuía e contém a mesma programação genética. Assim, se a célula-mãe era diplóide (continha os cromossomos aos pares), as células-filhas também



o são. Se era haplóide (tinha apenas um cromossomo de cada tipo), o mesmo se repete nas células-filhas.
A meiose é um fenômeno bem mais complexo, com objetivos definidos bem diversos dos de uma simples divisão celular. A meiose é o processo pelo qual células diplóides podem originar células haplóides, o que se faz através de duas divisões celulares sucessivas, e que ocorre, na grande maioria das vezes, para a formação de gametas, e, em alguns casos, para a formação de esporos.
A mitose visa a reprodução celular com o fim de proporcionar o desenvolvimento do organismo e a renovação ou regeneração dos tecidos.
A meiose tem por principal objetivo formar células destinadas à reprodução da espécie, em recombinação gênica e, sobretudo, sem duplicar o cariótipo dos indivíduos a cada geração, o que fatalmente ocorreria se os gametas fossem diplóides.


A RESPIRAÇÃO CELULAR:

RESPIRAÇÃO AERÓBICA: As substâncias orgânicas (carboidratos, lipídios e proteínas) assimiladas pela célula devem ser consumidas por meio de complexas reações de oxidação. Através dessas reações, haverá a liberação de energia nelas contidas. E essa energia será utilizada para o trabalho celular (movimentos ciliares, flagelares e amebóides, contrações do citoplasma que promovem a ciclose, a síntese de ácidos nucléicos e de proteínas etc), bem como, para o trabalho orgânico (contrações musculares, ordens nervosas motoras, atividade intelectual, movimentos viscerais etc). O processo de degradação de tais moléculas ocorre no interior das células em 03 etapas distintas: a glicólise ou piruvato, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. A glicólise ou piruvato transcorre-se no interior do citoplasma. Já as duas outras etapas seguintes se processam dentro das mitocôndrias, notando-se que o ciclo de Krebs passa-se em meio à matriz mitocondrial, enquanto a cadeia respiratória se desenvolve ao nível das cristas mitocondriais, ou mais precisamente, nos corpúsculos elementares que ficam aderidos às cristas mitocondriais.

RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA: Alguns poucos seres, na natureza, conseguem sobreviver em ambiente totalmente desprovido de oxigênio livre. Algumas bactérias, alguns fungos e os vermes intestinais têm essa habilidade. É evidente que, para viver, qualquer desses seres precisa de energia. Para obtê-la, ele terá de promover, a nível celular, a degradação das moléculasorgânicas, quebrando-lhes as cadeias de carbono. Vai daí que, também, tais seres realizam oxidações e liberam íons de H+. Se vivem em ausência de O2, então quem agirá com “aceptor de íons de hidrogênio” para eles, evitando-lhes a acidose metabólica? O aceptor final dos hidrogênios, nesse caso, não é o oxigênio. Em muitos desses seres, ele é um composto inorgânico, como um nitrato, um sulfato ou um carbonato. As bactérias denitrificantes do solo, por exemplo, aproveitam seu íons de H+ e respectivos elétrons combinando-os com nitratos provenientes do meio extra-celular.



FERMENTAÇÃO: A fermentação é uma forma especial de respiração anaeróbica. Tem, apenas, a particularidade de apresentar como aceptores finais dos íons hidrogênio não compostos inorgânicos, mas subprodutos da própria degradação das moléculas orgânicas, ainda, também, de natureza orgânica. Em outras palavras: o próprio ácido pirúvico, decorrente da degradação da glicose, age como aceptor dos H+, retirando-os de circulação. E, assim, conforme a arrumação dos hidrogênios na molécula do ácido pirúvico, ele poderá terminar decompondo-se em etanol (álcool etílico) ou passar a ácido lático.

Tecidos

A ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS SERES A NÍVEL SUPRACELULAR – OS TECIDOS

Tecidos são grupamentos de células diferenciadas, harmonizadas, e, às vezes, intimamente integradas com substâncias intercelulares atuando na realização de uma determinada função.
Na maioria dos tecidos, podemos distinguir dois componentes fundamentais: as células e a substância intercelular ou intersticial. A substância intersticial compreende um sistema líquido, semi-sólido ou mesmo sólido formado pela associação de diversos compostos e que se dispõe no espaço existente entre as células, no tecido.
Os tecidos animais são catalogados em 03 grupos:
Tecidos sem substância intercelular (tecidos epiteliais);
Tecidos com abundante substância intercelular (tecidos conjuntivos: conectivo, adiposo, cartilagionoso, ósseo, sanguíneo e tecido hemopoético);
Tecidos com células transformadas em fibras (tecidos musculares: liso, estriado esquelético, estriado cardíaco e tecido nervoso).


TECIDOS EPITELIAIS:

Os tecidos epiteliais ou epitélios são tecidos formados por células cúbicas, achatadas, cilíndricas ou prismáticas, sempre bem justapostas, sem guardar espaços livres entre elas, mostrando ausência ou quase ausência de substância intersticial.
Distinguem-se 02 tipos de epitélio: epitélios de revestimento e epitélios glandulares. Aqueles têm a função de proteção, isolando os tecidos mais internos do corpo e evitando o contato dos mesmos com os agentes externos do meio ambiente. Já os epitélios glandulares são formados de células com alta capacidade de secreção das substâncias.
Encontramos epitélios de revestimento principalmente na pele e nas mucosas. Eles não possuem vasos sanguíneos na sua estrutura. Por isso, suas células recebem oxigênio, água e nutrientes por difusão, a partir do tecido conjuntivo que sempre lhe fica logo abaixo. Da mesma forma os produtos de excreção, como o CO2, a uréia e outros, são conduzidos por difusão aos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo.
As principais funções dos epitélios de revestimento são a proteção (epiderme e camada epitelial das mucosas), absorção (como sucede com o epitélio da mucosa intestinal) e as trocas gasosas respiratórias (como ocorre ao nível dos alvéolos pulmonares).
Os epitélios glandulares formam as estruturas das glândulas, como sucede com as glândulas mamárias, salivares, lacrimais, sudoríparas, sebáceas etc.
Por suas funções, as glândulas se dividem em:
Exócrinas: Também chamadas de glândulas de secreção externa, eliminam o seu conteúdo através de um duto ou canal para o exterior. Compreendem as glândulas sudoríparas, sebáceas, lacrimais, salivares, mamárias e outras.





Endócrinas: Não possuem canal excretor. Por isso, suas secreções, chamadas hormônios, só conseguem ser eliminadas através do sangue que passam pelos vasos que a atravessam. São, por essa razão, também conhecidas como glândulas de secreção interna. Representam exemplos a hipófise, a tireóide e outras.


Mistas ou afícrinas: Desempenham ao mesmo tempo uma função endócrina e uma
função exócrina. É o caso do pâncreas, que produz a insulina (um hormônio), pela sua
função endócrina, e o suco pancreático, pela sua função exócrina.


TECIDOS CONJUNTIVOS

O termo conjuntivo designa aquele que faz conjunção, isto é, liga uma coisa a outra, que junta duas coisas entre si. De fato, a função essencial de todos os tecidos conjuntivos é “preencher espaços vazios e juntar estruturas antes separadas por esses espaços”.
Existem diversas variedades de tecidos conjuntivos, mas em todos os tipos há uma característica comum: a presença de abundante substância intersticial ou intercelular.
Os tecidos conjuntivos compreendem: tecido conectivo, tecido adiposo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo e tecido sanguíneo e hemopoético.
TECIDO CONECTIVO: É o principal tecido conjuntivo e protótipo de todo o grupo. Também conhecido com tecido conjuntivo propriamente dito ou pela sigla TCPD, apresenta diversos tipos de célula e grande quantidade de substância intercelular. As suas células mais comum são:
a)Fibroblastos – células grandes, de contornos irregulares, com ramificações que lhe dão
aspecto estrelado.
b)Macrófagos – são grandes e se movimentam por meio de pseudópodos, fazendo a fagocitose de micróbrios e células degeneradas do organismo. Pelo seu aspecto lembram muito os leucócitos do sangue. Quando sem atividade, mostram-se ovóides e, nessa circunstância, são conhecidos como histiócitos.
c)Plasmócitos – produzem anticorpos e atuam decisivamente no mecanismo imunitário do organismo.
d)Mastócitos – são responsáveis pela produção de heparina, um anticoagulante que impede a coagulação espontânea do sangue dentro dos vasos, o que seria de extrema gravidade para o indivíduo.
A substância intersticial do TCPD é rica em glicoproteínas e em fibras colágenas e fibras reticulares (formadas por numerosas fibrilas paralelas de uma proteína de grande resistência e elasticidade chamada colágeno). Mas, além dessas, também se encontram as fibras elásticas, que são finas e não formadas de colágeno, mas sim de outra proteína, a elastina. A quantidade e a disposição desses três tipos de fibra é que define o tecido conjuntivo em tecido conjuntivo frouxo (abaixo da epiderme na pele), tecido conjuntivo denso modelado (tendão de Aquiles, no calcanhar) e tecido




conjuntivo denso não modelado (na cápsula envoltora do fígado). Todos os 03 tipos de fibra são produzidos pelos fibroblastos.
TECIDO ADIPOSO: É o tecido gorduroso que se localiza abaixo da pele e se mostra muito desenvolvido em algumas partes do corpo, notadamente no abdome. No gado suíno, ele é conhecido com “banha ou toucinho”. É, na realidade, um reservatório de lipídios, que atua protegendo o organismo contra as perdas de calorias (é como um “colchão” ou isolante térmico a envolver o corpo). Além disso, também dispõe dos seu lipídios para as reações metabólicas, oferecendo um constante abastecimento energético para as atividade celulares. Como variedade de tecido conjuntivo, também é dotado daquelas diversidades de células e fibras mencionadas no tecido anterior. Todavia, há uma nítida predominância de células adiposas, que são células grandes, globosas ou ovóides, contendo grande quantidade de gordura no seu interior a ponto de deslocar o citoplasma e o núcleo para a periferia da célula.
TECIDO CARTILAGINOSO: É uma variedade de tecido conjuntivo destinada à função plástica ou modeladora, pois, face à sua consistência semi-rígida mas um tanto elástica, pode dar forma a certas partes do corpo sem lhes emprestar a rigidez característica dos ossos. O pavilhão da orelha, o septo nasal, os anéis cartilaginosos da traquéia, os discos intervertebrais e os meniscos das articulações são todos eles constituídos de tecido cartilaginoso. A célula cartilaginosa é chamada condrócito. Os condrócitos costumam reunir-se em pequenos grupos de duas, três ou quatro células, formando verdadeiros “ninhos de condrócitos” envoltos por uma fina cápsula resultante da condensação do material amorfo que forma a substância intersticial do tecido. Essa substância intercelular é rica em glicoproteínas e em fibras colágenas. À semelhança do que vimos com relação aos epitélios de revestimento, também o tecido cartilaginoso não é vascularizado, isto é, não possui vasos sanguíneos no seu interior. Por isso, as trocas respiratórias e metabólicas são feitas por difusão a partir dos tecidos vizinhos. Durante o desenvolvimento embrionário e na infância, o tecido cartilaginoso comumente se apresenta como percursor do tecido ósseo, sendo gradativamente substituído por este último. Assim, o tecido cartilaginoso procede em muitos casos como um “molde” que orienta o desenvolvimento ósseo.
TECIDO ÓSSEO: Este é o tecido conjuntivo com maior rigidez e que se destina essencialmente às funções de sustentação do corpo e proteção do sistema nervoso central. Na sua configuração, o tecido ósseo revela um grande número de células vivas chamadas osteócitos, situadas no interior de pequenas e alongadas lacunas – os osteoplastos. Estes, se comunicam uns com os outros por meio de delgados canais, formando uma vasta rede de canalículos que vão se abrir em condutos bem mais largos denominados canais de Havers. É de se reparar a imensa massa de substância intersticial sólida do tecido ósseo, rica em sais de cálcio e magnésio, notadamente fosfatos e carbonatos, além de considerável quantidade de uma proteína chamada colágeno, que fica separando os osteoplastos. Mas nem por isso os osteócitos contidos





no interior dos osteoplastos ficam ilhados. Através da vasta rede de canalículos que intercomunicam com os osteoplastos, e estes com os canais de Havers, há o intercâmbio gasoso e metabólico, que supre as necessidades vitais dessas células. No interior dos canais de Havers, correm vasos sanguíneos (capilares) e um filete nervoso, este último, responsável pela sensibilidade do osso. O oxigênio, a água e os nutrientes celulares atravessam as paredes dos capilares e, por difusão, o CO2 e os catabólicos decorrentes da atividade de tais células são descarregados nos capilares e podem, então, ser descartados do tecido. Ao longo de um osso, os canais de Havers, que se dispõem sempre no sentido do maior eixo do mesmo, se intercomunicam por meio dos canais de Volkmann, situados obliquamente ou transversalmente, e em cujo interior também correm capilares. Apesar de sua grande consistência, o osso não é quebradiço graças à presença de considerável quantidade de colágeno na sua substância intercelular.

Queimando-se o osso (calcinação do osso), o colágeno se destói. E aí os sais de cálcio puros conferem ao osso uma consistência tão friável (quebradiça) quanto à de um bastão de giz. Por outro lado, se descalcificarmos um osso, submetendo-o à ação prolongada de ácidos, a sua substância intersticial ficará reduzida apenas ao colágeno. Aí, o osso tomará consistência elástica, tão maleável que quase se poderá envergá-lo a ponto de tocar uma extremidade à outra. A formação do tecido ósseo recebe o nome de osteogênese e se faz à custa de células embrionárias chamadas osteoblastos, que se dividem numerosamente e se intercomunicam por longas expansões dos seus citoplasmas. Mais tarde, surge a substância intersticial rígida que as separa. Com a retração das expansões citoplasmáticas daquelas células, aparecem os canalículos que comunicam os osteoplastos.
TECIDO SANGUÍNEO E HEMOPOÉTICO: Vamos fazer distinção entre sangue e tecido hemopoético. O primeiro é um tecido inconsistente, no qual as células se dispõem de forma extremamente mutável em meio à grande massa intersticial líquida. Por isso, tem sido muito comum dizer-se que o sangue é um tecido líquido. O tecido hemopoético, ao contrário, é um tecido consistente, como todos os demais, dotado de células de natureza embrionária ainda bem diferenciadas, que tem por fim a formação dos elementos constituintes do sangue.
O sangue compõe-se de uma parte sólida, representada pelas células (eritrócitos, leucócitos e plaquetas (fragmentos de células)), e uma parte líquida denominada plasma.
Os eritrócitos (hemácias) – são as células sanguíneas vermelhas - possuem aspecto discóide, com nítida depressão na região mediana, o que lhes confere a aparência de uma lente bicôncava. É graças à forma bicôncava dos eritrócitos que a hemoglobina contida no seu interior se mantém de maneira homogeneamente distribuída nas proximidades da membrana plasmática, tornando os processos de “retenção” do oxigênio e de “descarte” do dióxido de carbono altamente eficientes. Na espécie humana e no indivíduo normal, cada milímetro cúbico de sangue contém cerca de 4,5 milhões de eritrócitos. Taxas de eritrócitos abaixo de 4.000.000/mm3são indicativas de anemia. A deficiência de ferro no organismo (o ferro entra na constituição da fórmula da hemoglobina) e de fatores estimulantes da hematopoese (formação de hemácias), como o ácido fólico e a vitamina B12, pode representar a causa desencadeante da


manifestação de uma anemia. A principal função dos eritrócitos é o transporte de gases pelo sangue, particularmente oxigênio e dióxido de carbono. O pigmento respiratório encontrado no interior dos eritrócitos é a hemoglobina. A hemoglobina contém, na sua molécula, um radical heme, com quatro grupos pirrólicos ligados a um átomo de ferro. Esse radical se mantém associado à cadeia protéica. O grupo heme tem alta afinidade pelo hoxigênio. Assim, ao nível dos pulmões, nos alvéolos, o oxigênio passa do ar alveolar para o sangue e se combina, numa ligação instável, com o radical heme. Surge, então, a hoxiemoglobina, que é transportada pelo sangue a todos os tecidos do corpo. Todas as células recebem, dessa maneira, a sua cota de oxigênio, já que, ao nível dos tecidos, pela diferença de tensão parcial desse gás, a oxiemoglobina desprende o oxigênio, ficando com seu radical heme novamente livre. O dióxido de carbono (gás carbônico ou CO2) se liga à molécula de hemoglobina formando a carboemoglobina. Essa ligação não se faz pelo radical heme, mas pela própria cadeia protéica da hemoglobina. A ligação é, igualmente, instável. De tal sorte que, ao nível dos alvéolos pulmonares, esse gás se desprende e é liberado para a expulsão pelo organismo.

Os leucócitos – são as células sanguíneas brancas - são bem maiores que as hemácias, porém muito menos numerosos do que elas. No sangue de uma pessoa normal, há cerca de 6.000 a 10.000 deles por milímetro cúbico. Taxas superiores a 10.000/mm3 caracterizam uma leucocitose, quadro clínico típico de infecção, que pode ser geral ou em algum local do organismo. O exagero monstruoso no número de leucócitos (80.000, 100.000/mm3) já fala a favor da leucemia, um estado patológico de degeneração neoplásica (câncer) dos tecidos hemopoéticos. A queda da taxa de leucócitos abaixo de 6.000/mm3 é sugestiva de uma leucopenia. Isso ocorre muitas vezes em consequência de intoxicações graves ou pelo uso indiscriminado de certos medicamentos. O grande papel dos leucócitos no sangue é o de atuarem na defesa do organismo contra o ataque de agentes estranhos, sejam eles micróbios ou simplesmente toxinas. Para exercer seu papel defensivo, os leucócitos constantemente atravessam as finas paredes dos vasos capilares, num fenômeno chamado diapedese. Eles passam pelo intersticio entre uma célula e outra da parede do vaso e vão exercer seu papel no tecido conjuntivo. Como não lhes é dada a condição de retorno direto ao interior dos vasos, eles são recolhidos pelos vasos linfáticos, transportados com a linfa e, juntamente com ela, descarregados de volta a circulação sanguínea, ao nível das veias subclávias. Só assim, eles retornam ao sangue. Há duas classes principais de leucócitos: granulócitos e agranulócitos.
Granulócitos: apresentam grânulos bem evidentes no seu citoplasma. Distinguem-se três tipos de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. São responsáveis pela defesa do organismo, aumentando de número ou liberando substâncias para respostas alérgicas.
Agranulócitos: não apresentam grânulos notáveis em seu citoplasma. Há dois tipos de agranulócitos: monócitos e linfócitos. Os monócitos se desenvolvem em grandes células fagocíticas denominadas macrófagos, que podem ingerir bactérias e outras substâncias estranas ao organismo. Os linfócitos são importantes nas respostas imunológicas do corpo, inclusive a produção de anticorpos.



As plaquetas são fragmentos de células resultantes do desmembramento dos megacarióticos, células de origem embrionária econtradas na medula óssea vermelha. São delimitadas por fina membrana e contém microvesículas repletas de tromboplastima, enzima que, uma vez liberada, inativa a heparina, o anticoagulante fisiológico encontrado normalmente no sangue. Bloqueada a heparina, desencadeia-se o processo de coagulação sanguínea. Isso explica o papel que têm as plaquetas na coagulação do sangue. Na pessoa normal, as plaquetas apresentam um número aproximado de 250.000/mm3 de sangue.

O plasma é uma solução aquosa rica em sais, proteínas, lipídios, carboidratos, íons, vitaminas, anticorpos, hormônios e produtos de excreção , como a uréia, além de gases
respiratórios, como o oxigênio e o dióxido de carbono. No plasma, encontram-se o
fibrogênio, proteína globular, que sob a ação da trombina transforma-se em fibrina, proteína fibrosa, cujos filamentos longos se emaranham formando uma rede. Na rede de fibina encalham os elementos figurados do sangue, determinando o aparecimento do coágulo, que tampona a ruptura do vaso e, por coagulação sanguínea, impede o prosseguimento de uma hemorragia. Quando esse fenômeno ocorre dentro de um vaso íntegro, a coagulação intravascular já não tem o caráter de coibir uma hemorragia, e aí, então, assume gravidade considerável, pois o coágulo se constitui num “trombo”, que pode obstruir a circulação, num fenômeno conhecido como trombose.


OS TIPOS SANGUÍNEOS


SISTEMA ABO – Na espécie humana, existem os seguintes tipos de sangue em relação ao sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O. Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos.
Na maioria dos glóbulos vermelhos existem dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. Assim, o sangue foi classificado de acordo com essas proteínas:
Grupo A - possui aglutinogênio A,
Grupo B – possui aglutinogênio B,
Grupo AB – possui aglutinogênio A e B,
Grupo O - não possui aglutinogênios.
No plasma sanguíneo existem outras duas substâncias chamadas aglutininas:
Uma reage com o aglutinogênio A, recebendo o nome de aglutinina anti-A,
Outra reage com o aglutinogênio B, recebendo o nome de aglutinina anti-B.
As aglutininas não podem ficar junto ao seus aglutinogênios, isto é, o sangue que tem aglutinogênio A não poderá conter aglutinina anti-A, o sangue que tem aglutinogênio B não poderá conter aglutinina anti-B. Do contrário, ocorrerá a aglutinação (ligação ou união) dos glóbulos vermelhos.
No quadro abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e de aglutinina de cada grupo sanguíneo:






GRUPO
AGLUTINOGÊNIO
AGLUTININA
A
A
Anti-B
B
B
Anti-A
AB
A e B
Não possui
O
Não possui
Anti-A e anit-B



Veja a seguir as combinações adequadas para uma transfusão sanguínea:

GRUPO
PODE DOAR
PODE RECEBER
A
Ao grupo A
Ao grupo AB
Do grupo A
Do grupo O
B
Ao grupo B
Ao grupo AB
Do grupo B
Do grupo O
AB
Ao grupo AB
De todos
O
A todos
Do grupo O


SISTEMA RH:
O sistema Rh consiste num grupo de antígenos eritrocitários superficiais, e o anticorpo componente do sistema – anticorpo anti-Rh – não está normalmente presente no plasma. Para que haja produção de anticorpos anti-Rh deve ocorrer a sensibilização pelo antígeno-Rh. Assim como no sistema ABO, a pessoa com antígeno Rh não produzir anticorpos anti-Rh contra seu próprio antígeno. Tal sensibilização pode ocorrer quando a mãe sem antígeno Rh nos seus eritrócitos (designada Rh negativa), está gestando um feto que possui o antígeno (designado Rh positivo) herdado do pai. Neste caso, pode ser possível que alguns antígenos Rh do feto entrem na circulação através de rupturas na placenta e por meio disso sensibilizem a mãe pela estimulação da produção de anticorpos anti-Rh no seu plasma. Se após ter sido sensibilizada a mãe gerar outro feto Rh positivo, os anticorpos maternos podem entrar na circulação do feto, onde irão atacar e romper os eritrócitos fetais. Isto pode resultar na eritroblastose fetal, uma severa doença anêmica do feto. N verdade, apenas cerca de 05% das mães Rh negativas produzem anticorpos anti-Rh enquanto estão gerando um feto Rh positivo, e o primeiro bebê está quase sempre a salvo dessa doença, em gravidez posterior, os riscos são maiores, porque os sistema imunitário tem uma memória. Atualmente é possível, imediatamente após o parto, injetar mães Rh negativas com agentes que previnem ou limitam a sensibilização pelos antígenos Rh. Deste modo, o problema de incompatibilidade Rh entre mãe e feto tem diminuído muito nos últimos anos.






A Hemopoese: Os tecidos hemopoéticos se dividem em dois grupos: tecidos mielóides, encontrados na medula óssea vermelha, em meio ao tecido ósseo esponjoso e nas epífises ósseas; e tecidos linfóides, existentes nos órgãos linfóides.
Os tecidos mielóides formam os eritrócitos, as plaquetas e os leucócitos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos). Os tecidos linfóides produzem os leucócitos agranulócitos (monócitos e linfócitos). Os demais tipos de leucócitos, têm uma expressão numérica muito reduzida.


TECIDOS MUSCULARES

Os tecidos musculares são tecidos cujas células, exageradamente alongadas e transformadas em fibras, têm a capacidade de contração e, por isso, podem promover movimentos do corpo.
Distinguem-se três variedades de tecidos musculares:
Tecido muscular liso
Tecido muscular estriado esquelético
Tecido muscular estriado cardíaco
Em todas as três variedades de tecidos musculares, a capacidade de contração é determinada por um mesmo mecanismo: a participação coordenada de moléculas de duas proteínas, a actina e a miosina, que se mostram como miofilamentos capazes de deslizar uns entre os outros, encurtando bruscamente o comprimento da fibra muscular.
Tecido muscular liso – Esse é um tecido formado de fibras fusiformes, dotadasde núcleo único, dispostas paralelamente, com alguma substância intercelular. ª fibra muscular lisa apresenta as seguintes carcterísticas:
a)o citoplasma é homogêneo e não revela estrias transversais;
b)como já foi dito, possui um núcleo apenas;
c)tem contração relativamente lenta e independente da vontade do indivíduo;
O tecido muscular liso é encontrado na estrutura dos órgãos ocos que desempenham atividades contrácteis, como o esôfago, o estômago, os intestinos, a vesícula biliar, a bexiga urinária, o útero, assim como também nas paredes das artérias e das veias. A contração desses órgãos é promovida pela musculatura lisa sob o comando do sistema nervoso autônomo.




Tecido muscular estriado esquelético – É o tecido que forma a grande massa muscular do corpo popularmente conhecida como “carne”. Esses músculos se inserem nos ossos e, por suas contrações e relaxamentos, determinam o movimento do corpo nas articulações. As fibras musculares estriadas esqueléticas apresentam as seguintes características:
a)são células cilíndricas extremamente longas, podendo atingir mais de 20 cm de comprimento, embora permaneçam microscópicas em virtude da sua espessura muito fina;
b)revelam numerosos núcleos, sempre periféricos e dispostos de espaço a espaço ao longo da fibra;
c)apresentam estrias transversais no seu citoplasma, o que justifica o nome que lhes foi dado;
d)têm contrações rápidas e voluntárias, isto é, dependentes da vontade do indivíduo, pois são controladas por nervos do sistema nervoso da vida de relação;
e)têm a capacidade de se hipertrofiar quando submetidas a exercícios forçados e de se atrofiar quando não são solicitadas por muito tempo. Entretanto, são células permanentes, já que não há reprodução das mesmas após concluído o desenvolvimento embrionário. Quando ocorre a morte de algumas dessas células, não há regeneração do tecido,ou seja, não há substituição por perda.As fibras musculares estriadas esqueléticas


acompanham o crescimento do indivíduo, desde o nascimento até a sua estatura definitiva.
f)possuem uma proteína especial – a mioglonina, muito sememlhante à hemoglobina, que age no transporte de oxigênio e lhes dá a cor vermelha.
Cada fibra muscular estriada é composta de um grande número de miofibrilas paralelas. A dissociação dessas miofibrilas revela que cada uma, por si só, é também, formada por um grande número de miofilamentos protéicos de actina e de miosina. Essas duas proteínas de dispõem organizadamente como filamentos longos, paralelos, esticados no sentido do maior eixo da célula, porém com tal arrumação que os miofilamentos de actina, que são finos, ficam em certa extensão intercalados com os miofilamentos de miosina, que são grossos. Resulta disso que, nesses trechos, a miofibrila mostra maior densidade óptica. Em outros trechos, os miofilamentos de actina se apresentam simples, não acompanhados paralelamente por miofilamentos de miosina. Então, nesses trechos, a densidade óptica é menor.
Esse fato ocorrendo com todas as miofibrilas num perfeito paralelismo determina que, em conjunto, toda a fibra muscular estriada exiba uma sucessão de discos escuros e discos claros, que respondem pelo seu estriamento. Cada disco claro mostra na sua região mediana uma discreta linha de maior densidade, que é a linha Z. O espaço entre duas linhas Z seguidas é o que denominamos Sarcômero, a unidade morfofuncional da fibra muscular estriada. O mecanismo da contração muscular se baseia no seguinte fato: a ordem motora para a contração é proveniente do sistema nervoso central e chega à fibra muscular através dos terminais axônicos dos neurônios de algum nervo. Esses



terminais penetram na fibra muscular, constituindo a placa motora e junção neuromuscular. O impulso nervoso nervoso que chega à placa motora condiciona a fibra muscular para a liberação de íons Ca++ e Mg++, os quais precipitam todo um mecanismo bioquímico de ativação enzimática ao fim do qual as moléculas de actina, que têm uma das extremidades livre, deslizam por entre as moléculas de miosina, como que se aproximando e procurando tocar as suas extremidades. Isso determina a aproximação entre as duas linhas Z mais próximas e, consequentemente, o encurtamento do sarcômero. Se todos os sarcômeros se encurtarem a um só tempo, a miofibrila obrigatoriamente também se encurtará. E, por consequência final, com o encurtamento de todas as miofibrilas, a fibra muscular (célula inteira) também sofrerá retração do seu comprimento. Quando todas as fibras de um músculo se encurtam, o que se pode esperar mesmo é a contração do próprio músculo.
Tecido muscular estriado cardíaco: O tecido muscular cardíaco é encontrado exclusivamente no coração, formando a estrutura da parede desse órgão. A parede do coração recebe o nome de miocárdio. Por suas características estruturais e funcionais, o tecido muscular estriado cardíaco se situa como meio termo entre o tecido muscular liso e o tecido muscular estriado esquelético. Suas características principais são:
a)células longas e cilíndricas cujas extremidades se encaixam parecendo uma dar continuidade a outra;
b)muitas células desse tecido são bifurcadas, isto é, se assemelham a uma forquilha;
c)embora as células desse tecido sejam estriadas, à semelhança do tecido esquelético, elas, geralmente, possuem apenas um núcleo, que é central (raramente alguma possui dois núcleos);

d)d)células dotadas de contrações rápidas e de ação involuntária (independente da vontade do indivíduo);
e)presença de discos intercalares, que correspondem ao ponto de contato da extremidade de uma célula com a extremidade de outra.


TECIDO NERVOSO

O tecido nervoso é um tecido praticamente presente em todas as partes do corpo. Afinal, ele tanto responde pela sensibilidade, que existe em qualquer órgão ou área do corpo, como comanda todas as atividades, quer sejam de um músculo, de uma glândula ou de uma víscera, como o estômago, o intestino, a bexiga urinária, a vesícula biliar etc.
No tecido nervoso devemos distinguir dois grupos de células com papéis nitidamente diferentes: os neurônios e as células da neuróglia. Os neurônios são as células nervosas propriamente ditas. E assim, são considerados porque efetivamente são eles que desempenham a função de transmitir impulsos nervosos da periferia para os centros superiores (tornando possível a sensibilidade ou percepção das coisas) ou dos centros nervosos para a periferia (determinando, com isso, a realização do trabalho muscular, glandular ou visceral). As células da neuróglia, também chamada glia, têm a função de



proteção, sustentação e até facilitar a difusão de metabólicos entre o sangue e os neurônios. Mas as células gliais não têm qualquer capacidade de transmitir um impulso nervoso.
O neurônio é a unidade morfofuncional do tecido nervoso. Na maioria das vezes, ele se mostra como uma célula estrelada, contendo um corpo – o seu centro-trófico ou pericárdio – e numerosas ramificações. Dentre estas, distinguem-se os dendritros, que são em grande número e extremamente ramificados, e um eixo único para cada neurônio longo, sem ramificações, a não ser uns terminais arborescentes na extremidade distal, que recebe o nome de axônio.
No centro-trófico do neurônio localiza-se o núcleo da célula. Os impulsos nervosos correm sempre orientadamente dos dendritos para o centro-trófico e deste para o axônio. Por isso, diz-se que os dendritos têm ação centrípeta, enquanto o axônio tem condução centrífuga. Esse sentido do fluxo nervoso é absolutamente invariável. Em nenhuma hipótese pode ocorrer o fluxo em sentido contrário.
O impulso nervoso ocorre em função de alterações que se processam no equilíbrio iônico ao nível da membrana plasmática do neurônio. Sabe-se que a quantidade de íons Na+ e K+ na face externa e na face interna da membrana do neurônio revela uma nítida diferença de distribuição e concentração entre essas duas faces. Assim, em estado de repouso da célula, há mais Na+ na face externa do que na interna e, inversamente, há mais K+ na face interna do que na externa. Todavia, a face externa se mostra mais eletropositiva do que a face interna, com uma certa “diferença de potencial”.
Quando o neurônio é submetido a um estímulo externo, há a passagem brusca de íons NA+ da face externa para a interna, aumentando a positividade dessa face em relação à externa e invertendo a polaridade da membrana. Considera-se que a face menos positiva se comporte perante a outra, por relatividade, como se fosse negativa. Essa inversão de polaridade da membrana age como um estímulo sobre a porção imediatamente seguinte dela, onde o fato
se repete. E, assim, surge um potencial de ação, que corre ao longo da membrana, caracterizando o que chamamos de fluxo ou impulso nervoso.
O fluxo nervoso passa de um neurônio a outro seguindo sempre o sentido: dendrito- centro-trófico- axônio- dendrito- centro-trófico- axônio e assim por diante. O ponto de contigüidade entre os terminais axônicos de um neurônio e as extremidades dendríticas do neurônio seguinte constitui uma sinapse nervosa. Ali não há continuidade das células, apenas contigüidade. Mas, no momento em que o potencial de ação atinge os terminais arborescentes do axônio, estes eliminam no espaço intra-sináptico uma substância, considerada neurormônio, chamada mediador químico da sinapse. Os mediadores químicos mais comum são a acetilcolina e a adrenalina. O mediador químico transmite o estímulo às ramificações dendríticas do neurônio seguinte, e o potencial de ação se repete neste último, prosseguindo seu trajeto pela cadeia de neurônios. Muitos terminais axônicos não fazem sinapse com extremidades dendríticas de outros neurônios, mas sim com a membrana do próprio centro-trófico de outros neurônios. Então, podemos distinguir sinapses axônio-dendríticas e sinapses axônio-corporais.
Além das sinapses neuro-neurais (de neurônio com neurônio), como acabamos de ver, existem sinapses neuro-musculares (as chamadas placas motoras, que já estudamos na parte referente aos tecidos musculares) e sinapses neuro-glandulares (pontos de





terminalização de axônios no interior de células glandulares, transmitindo-lhes ordens para a atividade secretora).
Alguns neurônios possuem o seu axônio descoberto, nu (axônio amielínico). Mas a maioria dos neurônios tem o axônio envolto por uma camada de mielina (fosfolipídio), constituindo a bainha de mielina e mais a bainha de Schwann. Esta última é formada por células que se agregam ao longo do axônio, chamadas células de Schwann. Durante o desenvolvimento do axônio, as células de Schwann expandem uma porção laminar da sua membrana que é rica em mielina e que, aos poucos, vai envolvendo o axônio, enrolando-se nele à maneira de um “rocambole”, até formar a bainha de mielina. Muito frequentemente, por fora da bainha de mielina e da bainha de Schwann, ainda se encontra uma bainha de células conjuntivas – a bainha conjuntiva ou endoneuro.