sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Infectologia


Infectologia é a especialidade médica que se ocupa do estudo das doenças causada por diversos patógenos como príons, vírus, bactérias, protozoários, fungos e animais. A infectologia também é chamada de "doenças infecto-parasitárias" (DIP) ou "moléstias infecciosas e parasitárias" (MIP).

No Brasil, a infectologia é uma especialidade médica, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, sendo determinado que, além do curso de Medicina, o profissional deva fazer uma residência médica que tem a duração de três anos. O infectologista atua na prevenção primária (educação em saúde, vacinação, etc.) e na prevenção secundária (tratamento de doenças infecciosas e prevenção de incapacidade causadas por estas).

Na mídia, o infectologista fictício Gregory House, interpretado por Hugh Laurie, é protagonista da famosa série médica norte-americana House, M.D..[1]




Áreas de atuação

Ao contrário de muitas especialidades médicas, nas quais a atuação se restringe a determinada parte do corpo, a infectologia aborda uma ampla gama de doenças de todos os órgãos e sistemas do organismo. Na prática e no cotidiano atual, existem algumas grandes aéreas de atuação do médico infectologista: AIDS/HIV, medicina tropical, CCIH e doenças piogênicas.

AIDS

Dado que a grande prevalencia do HIV no mundo, como pandemia, muitos infectologistas se dedicam ao estudo e/ou ao tratamento clínicos dos pacientes portadores deste vírus, estando o HIV/SIDA hoje, estritamente ligado ao campo de abrangencia do infectologista.

Medicina tropical

A medicina tropical é outro grande campo de atuação dos infectologistas, principalmente nas regiões tropicais, onde há prevalencia de doenças específicas, como malária, febre amarela, dengue, raiva, criptococose, esporotricose, leishmaniose, peste, hantavirose, ebola e outras viroses que causam febres hemorrágicas. Em ambito mundial, a FIOCRUZ é um grande centro de referência em pesquisa e tratamento de doenças infecciosas, especialmente doenças tropicais.

CCIH

Os infectologistas estão presentes nas comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH), outra grande área de estudo e atuação da infectologia atual, que se fez necessária graças ao desenvolvimento do ambiente hospitalar, principalmente com a difusão dos centros de terapia intensiva (CTI), onde devido o uso frequente de antibióticos de largo espectro de ação, inúmeras bactérias e fungos desenvolvem resistência e peculiaridades próprias.

Doenças piogênicas

As "doenças piogênicas", descrição genérica e pouco usual no meio médico, que abrange uma grande lista de doenças infecciosas comuns na prática médica (pneumonia, meningite, piodermite, gastroenterite, sinusite, colite, e outras), se constitui na verdade como uma área de atuação do clínico geral ou de alguma outra especialidade. Pois as infecções pulmonares, intestinais, oftalmológicas, cerebrais, dermatológicas e assim por diante, frequetemente sao tratadas e acompanhadas pelo especialista "anatômico" ou pelo médico clínico geral, sendo o infectologista o atuante nesses casos quando o quadro torna-se complicado ou quando o próprio infectologista encontra-se no papel de clinico geral, em emergências ou CTIs.

Catarata


A catarata é uma patologia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de sua cápsula. Pode ser desencadeada por vários fatores, como traumatismo, idade, Diabetes mellitus, uveítes, uso de medicamentos,etc.. Tipicamente apresenta-se como embaçamento visual progressivo que pode levar a cegueira ou visão subnormal.

É uma doença conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é realizada há séculos.

Atualmente, a técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento da catarata, consiste da remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Faco-emulsificação, e posterior implante de uma lente intra-ocular.

A evolução da técnica permite hoje incisões muito pequenas, entre 2 e 3 milímetros, o que dispensa a necessidade de sutura e possibilitando assim, que o paciente seja submetido à cirurgia de catarata com anestesia tópica (apenas colírios), saindo da sala de cirurgia já enxergando, com uma visão bem próxima da visão esperada, a qual costuma ocorrer em cerca de 1 mês após a cirurgia.

Cão com catarata.

A catarata é um problema oftalmológico também em muitos animais, levando à cegueira. As principais causas são genéticas, inflamação no tecido intra-ocular, males da retina, traumatismo, diabetes e a idade.[1]

As causas são também, na maioria das vezes associadas à idade do animal: se até 2 anos deve ser congênita (como o estado de saúde materno) ou hereditária; entre 2 a 5-6 (catarata juvenil), pode ter causas diabetogênicas, traumas, etc.); a partir dos 6 anos nos cães, ou 20 anos nos cavalos, a catarata é senil.[1]

Algumas raças caninas são propensas à doença, dentre as quais o Afghan Hound, Beagle, Cavalier, Cocker Spaniel, Golden Retriever, Husky Siberiano, Pastor Alemão, Pointer, Poodle (Toy e Miniatura}, entre outros.[1]

Não há outro tipo de tratamento, além do cirúrgico, com índice de sucesso em torno de 90%.[1]

Ciclo Lisogênico e Ciclo Lítico


O ciclo lisogênico é um dos dois ciclos usados por vírus para sua reprodução, sendo a outra o ciclo lítico. No ciclo lisogênico, o vírus insere seu material genético na bactéria ou na célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.Vale lembrar que a doença incorporada na célula pode se "despertar" por algum motivo como radiação, quimioterapia e etc. Caso a doença for grave, pode levar a óbito.

O ciclo lítico é um dos dois ciclos usados por vírus para sua reprodução, sendo a outra o ciclo lisogênico. No ciclo lítico, o vírus insere o seu material genético na bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas pela presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico (Ribossomo) da célula para fabricar sua proteína (Capsideo)


Ciclo lítico -> o DNA ou o RNA viral passa a controlar o metabolismo bactériano e formar novos vírus.Ocorre a lise da célula,liberando vários vírus que podem infectar mais bactérias

Reprodução do vírus


A reprodução dos vírus (vírions) ocorre necessariamente no interior de uma célula (hospedeiro), por isso são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, requerendo a utilização da estrutura celular: material genético e organelas, para sua multiplicação e propagação.

Para o estudo e compreensão da reprodução dos vírus de RNA, é comum ter como referência o mecanismo de infestação causado pelos bacteriófagos, vírus que atacam bactérias (procariotos).

O processo de infestação viral tem seu início a partir do reconhecimento químico das fibras presentes na cauda do vírus, aderindo-se à membrana plasmática da célula hospedeira. Em seguida as fibras se contraem permitindo a introdução do DNA virótico no interior da célula, sendo o capsídio (“cabeça” do vírus) e a cauda destacadas da superfície exterior.

Após a penetração, o material genético do vírus, conjugado ao DNA circular bacteriano, passa a comandar as atividades metabólicas em conseqüência da inativação do comando gênico da célula infectada, fracionando o cromossomo bacteriano. Para tal incapacidade de reconhecimento, o vírus utiliza de enzimas da própria célula, assumindo o controle das reações funcionais. Isso os torna, por comparação, verdadeiros piratas celulares.

Desse ponto em diante, toda a síntese de transcrição passa a ser direcionada para a produção de novos vírus. Esse é o período de biossíntese, onde o DNA viral determinará a síntese dos componentes virais: o capsídio e as demais estruturas da cauda.

A proliferação prossegue com o estágio de maturação e liberação dos novos vírus, ou seja, a montagem propriamente dita dos vírions no interior do hospedeiro, com a ruptura da parede bacteriana, por ação de enzimas digestivas, liberando-os para reiniciar o ciclo de infestação.

O ciclo possui duração média de 30 minutos, marcados desde o instante da adesão e introdução do DNA viral, até o instante que se rompe a parede da membrana bacteriana propagando dezenas de novos vírions.

A reprodução dos vírus de DNA, basicamente ocorre através de dois tipos de ciclos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Contudo, no ciclo lítico a célula hospedeira é destruída, enquanto no ciclo lisogênico o hospedeiro é preservado.