segunda-feira, 28 de março de 2011

Núcleo celular


· NÚCLEO CELULAR

O núcleo é uma estrutura na maioria das vezes esféricas, delimitada por uma membrana dupla com numerosos polos e que se apresenta constante praticamente em todas as células, mesmo nas procarióticas, onde, ainda que difuso, não deixa de estar presente.

Os componentes gerais do núcleo são:

- Membrana nuclear (cariomembrana ou carioteca): É uma membrana dupla,de natu-

reza lipoprotéica, com numerosos poros. Esses poros têm diâmetros consideráveis que permitem a passagem inclusive de macromoléculas, como proteínas e ácidos nucléicos.

- Suco nuclear: O suco nuclear é um líquido claro, homogêneo, contendo água e proteí-

nas globulares, no qual se encontram mergulhados os filamentos de cromatina que for-

mam o retículo nuclear. Também nesse líquido ficam em suspensão os nucléolos e os

cromossomos, quando começam a se formar.

- Retículo nuclear: É uma rede de filamentos delgados formados por uma substância

chamada cromatina. A cromatina, é uma proteína composta por grande número de ami-

noácidos ligados a um radical de ácido nucléico representado por uma molécula de

DNA.

- Cromossomos: Quando a célula entra em mitose, os cromonemas assumem um novo

aspecto. Tomam o formato de uma “mola”, surgindo ao exame microscópico da célula

como cordões curtos e espessos. Possuem DNA na sua estrutura o que representa o

seu material genético, responsável pela transmissão dos caracteres hereditários de pais

a filhos.

- Nucléolos: Os nucléolos verdadeiros ou plasmossomos são conglomerados de molécu-

las de RNAr (RNA ribossomal, isto é, RNA que entra na composição dos ribossomos)

na zona SAT de certos cromossomos, quando ainda desespiralados.


AS FUNÇÕES DO NÚCLEO:

O núcleo encerra nos seus cromossomos todo o material genético (representado por moléculas de DNA) que responde pela programação completa das atividades que a célula deverá desenvolver durante toda a sua vida. Os genes, que reconhecemos como os elementos responsáveis pelo determinismo genético na célula, nada mais são do que segmentos de moléculas de DNA. Os segmentos de DNA que constituem os genes têm a capacidade de controlar a formação de outras moléculas especiais, que são as moléculas de RNA, as quais, passando posteriormente ao citoplasma, vão comandar a síntese de proteínas. As proteínas que se formam nas células são todas elas previamente programadas pelos genes. A programação depende de um verdadeiro “código genético” estabelecido pela sequência de bases nitrogenadas do DNA. Mas a execução desse trabalho compete aos RNA. Muitas das proteínas formadas têm função simplesmente estrutural na célula. Mas outras, são enzimas ou proteínas de naturezas diversas, de cuja ação resultarão efeitos notáveis no comportamento celular ou orgânico do indivíduo. Diante disso, podemos concluir que o núcleo celular tem importância decisiva na vida e no comportamento da célula. Se ela o perde, evolui progressivamente para a morte. Mas, se após ter sido enucleada, nela for reimplantada um novo núcleo, ela continuará viva e poderá até se reproduzir.

A DIVISÃO CELULAR:

A divisão celular é o fenômeno pelo qual uma célula se divide em duas novas células. Isso pode representar fator importante no desenvolvimento de um organismo ou, simplesmente, constituir-se no único recurso de reprodução quando se trata de espécie unicelular.

Nos seres organizados, as células se reproduzem através de um mecanismo bem mais complexo, mais demorado, que envolve transformações citoplasmáticas e, sobretudo, profundas modificações nucleares. Esse processo de divisão celular em que o material genético se evidencia sob a forma de cromossomos e é criteriosamente distribuído às células-filhas recebeu o nome de mitose ou cariocinese.

Na mitose as células-filhas são idênticas às células-mãe, pois encerram o mesmo número de cromossomos que esta última possuía e contém a mesma programação genética. Assim, se a célula-mãe era diplóide (continha os cromossomos aos pares), as células-filhas também o são. Se era haplóide (tinha apenas um cromossomo de cada tipo), o mesmo se repete nas células-filhas.

A meiose é um fenômeno bem mais complexo, com objetivos definidos bem diversos dos de uma simples divisão celular. A meiose é o processo pelo qual células diplóides podem originar células haplóides, o que se faz através de duas divisões celulares sucessivas, e que ocorre, na grande maioria das vezes, para a formação de gametas, e, em alguns casos, para a formação de esporos.

A mitose visa a reprodução celular com o fim de proporcionar o desenvolvimento do organismo e a renovação ou regeneração dos tecidos.

A meiose tem por principal objetivo formar células destinadas à reprodução da espécie, em recombinação gênica e, sobretudo, sem duplicar o cariótipo dos indivíduos a cada geração, o que fatalmente ocorreria se os gametas fossem diplóides.

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