quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Homologia e Analogia


Agora que sabemos o que é irradiação adaptativa e convergência adaptativa, fica fácil entender o significado dos termos homologia e analogia. Ambos utilizados para comparar órgãos ou estruturas existentes nos seres vivos. A homologia designa a semelhança de origem entre dois órgãos pertencentes a dois seres vivos de espécies diferentes, enquanto a analogia se refere à semelhança de função executada por órgãos pertencentes a seres vivos de espécies diferentes. Dois órgãos homólogos poderão ser análogos caso executem a mesma função.

A cauda de um macaco sul-americano e a cauda de um cachorro são estruturas homólogas (os dois animais são mamíferos) e não desempenham a mesma função. Já as asas de um beija-flor (ave) e as de um morcego (mamífero) são homólogas por terem a mesma origem e análogas por desempenharem a mesma função.

Por outro lado, as asas de uma borboleta (um inseto, artrópode) são análogas às asas de um pardal (uma ave) por desempenharem a mesma função, porém não são homólogas, já que a origem destas estruturas é muito diferente.

Note que os casos de homologia revelam a atuação do processo de irradiação adaptativa e denotam um parentesco entre os animais comparados. Já os casos de analogia pura, não acompanhados de homologia, revelam a ocorrência de convergência adaptativa e não envolvem parentesco entre os animais exemplificados. Assim, as nadadeiras anteriores de um tubarão são análogas às de uma baleia e ambas são conseqüência de uma evolução convergente.

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