quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sistema Locomotor


SISTEMA LOCOMOTOR:

É um conjunto de órgãos cuja principal função é permitir ao corpo humano a realização de movimentos. Consequentemente, o ser humano pode se relacionar com os outros indivíduos de sua espécie. Outras funções do aparelho locomotor são:

- Dotar o corpo da sua configuração ou aparência exterior,

- Conferir-lhe rigidez e resistência,

- Proteger as vísceras ou órgãos internos.

Os elementos que constituem o aparelho locomotor são: os ossos, as articulações e os músculos.

Ossos:

São a estrutura rígida do aparelho locomotor. Em conjunto, constituem o sistema ósseo ou esqueleto. No corpo humano existem 208 ossos no adulto, excluindo-se os ossos supranumerários do crânio e os sesamóides.

Músculos:

Formam a parte ativa do aparelho locomotor. Estão unidos aos ossos por meio das inserções musculares. Possuem atividade própria, a contração muscular, que tem origem na resposta aos estímulos nervosos. Existem mais de 400 músculos de tamanho e potência muito variáveis. Um número tão elevado de músculos permite a realização de grande quantidade de movimentos, alguns de grande precisão como os que são realizados pela mão.

Articulações:

São os elementos mais complexos do aparelho locomotor. São estruturas parcialmente moles e parcialmente rígidas que possibilitam a união entre si, de dois ou mais ossos. Graças à existência das articulações é possível realizar o movimento dos ossos sem desgaste demasiado devido ao roçar excessivo entre eles. As articulações possuem componentes vários: ligamentos, cápsula articular, cartilagem e meniscos.

Existem articulações de diversos tipos: algumas são muito complexas, com grande variedade de movimentos, como as do ombro ou da mão. Outras são rígidas, sem nenhum movimento, como as que unem, entre si, os ossos do crânio.

Sistema Ósseo:

Esqueleto:

É constituído pelo conjunto dos ossos, que são órgãos esbranquiçados, duros e resistentes. Estão situados entre partes moles, as quais servem de apoio, e em alguns casos apresentam cavidades que alojam e protegem as vísceras. O esqueleto humano é composto sobretudo pela coluna vertebral, situada verticalmente na linha média, que sustém o crânio na sua extremidade superior. A sua extremidade inferior forma o sacro e o cóccix, que representa o rudimento da cauda dos animais. Da parte média da coluna vertebral partem lateralmente as costelas, que se articulam à frente com o esterno. O espaço delimitado por ambos é o tórax,

que aloja vísceras tão importantes como o coração e os pulmões. Por último, na parte superior do tórax e na parte inferior da coluna se encontram implantados, respectivamentee de forma simétrica, os dois pares de membros: os superiores ou torácicos e os inferiores ou pélvicos.

Crescimento do osso:

No momento do nascimento, os ossos não estão totalmente calcificados. Durante a infância e a adolescência ocorrem o crescimento do corpo, condicionado fundamentalmente pelo crescimento dos ossos. Nas extremidades dos ossos longos, existe uma zona, a cartilagem de crescimento, a partir da qual vai se formando novo tecido ósseo que determina o crescimento em comprimento dos ossos. Entre os 20 e os 25 anos, verifica-se a total ossificação da cartilagem de crescimento, quando o indivíduo para de crescer.

Este processo é regulado por fatores genéticos e hormonais. O osso não possui exclusivamente uma função de sustentação e crescimento. Durante toda a vida contribui para a regulação do metabolismo do cálcio, fundamental para o funcionamento dos músculos e do meio interno. Isto ocorre devido ao fato do osso não ser um órgão estático mas, sim por estar em constante formação e destruição. Este processo é executado pelas células formadoras de osso, os osteoblastos, e células destruidoras, os osteoclastos.

Em condições normais, deve existir um equilibrio total entre os processos de formação e destruição óssea.

Tipos de ossos:

Ossos longos:

Verifica-se o predomínio do comprimento. Existe uma parte mediana comprida, a diáfise ou corpo ósseo, e duas extremidades, as epífises. É o que acontece, por exemplo, com o fêmur e o úmero. A parte externa da epífise é formada por uma camada fina de osso compacto, e a parte interna por substância esponjosa. A diáfise encerra uma cavidade no seu interior, a cavidade medular, rodeada de tecido compacto.

Ossos planos ou largos:

Verifica-se o predomínio do comprimento e da largura. Distingue-se uma zona interior ou diploe e duas tábuas, externa e interna; por exemplo, os ossos parietal e frontal do crânio.

Ossos curtos:

Verifica-se que as três dimensões são praticamente iguais, o que lhes confere grande resistência, ainda que geralmente possuam pouca mobilidade. É o caso dos ossos do punho.

Eminências ósseas:

São as partes que sobressaem da superfície de um osso. Podem ser articulares ou não articulares, conforme façam ou não parte de uma articulação. As eminências não articulares servem para a inserção dos músculos ou ligamentos e se denominam, segundo sua forma, protuberância, tuberosidade, linhas, cristas etc. Mediante pontos de apoio e sistemas de alvanca, tornam possíveis os movimentos corporais.

Cavidades ósseas: Também podem ser articulares ou não articulares. No primeiro caso, alojam as eminências ósseas correspondentes. As cavidades não articulares alojam as partes moles, como órgãos, tendões, artérias, aos quais conferem proteção. Têm vários nomes, de acordo com sua forma: fossas, sulcos, canais etc. Os seios são cavidades repletas de ar.

Orifícios e canais ósseos:

Podem ser de transmissão ou de nutrição, se por eles passam, respectivamente, estruturas nervosas ou artérias e veias que fornecem substâncias nutritivas ao osso.

Constituição interna dos ossos:

Se realizarmos um corte num osso, podemos observar três partes perfeitamente distintas entre si:

· Periósteo – é a camada mais externa, muito vascularizada, muito vascularizada, que permite a nutrição dos ossos. Cobre toda a superfície dos ossos, exceto as zonas articulares.

· Substância óssea – à primeira vista, observando a parte interna de um osso, podem distinguir-se duas classes de tecido ósseo: o esponjoso e o compacto. Ambos fazem parte da porção dura do osso e na sua composição predomina o cálcio.

Osso esponjoso: é formado por uma rede tridimensional de espículas ou trabéculas ósseas, que delimitam um labirinto de espaços intercomunicantes, ocupados pela medula óssea.

Osso compacto: é uma massa sólida, na qual os espaços só são visíveis ao microscópio.

· Medula óssea – é uma estrutura mole que preenche as pequenas cavidades de tecido esponjoso e que nos ossos longos está contida numa cavidade central, que por isso se chama cavidade medular. Podemos distinguir a medula óssea vermelha, ativa e encarregada de fabricar as células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas), e a amarela, inativa e formada quase exclusivamente por gordura.

No embrião e no recém-nascido só existe medula óssea vermelha, mas durante o crescimento uma parte dela se converte em medula amarela, de tal maneira que nos adultos existe aproximadamente metade de cada tipo. As vértebras, as costelas, o esterno, a diploe dos ossos cranianos, e frequentemente as epífises do fêmur e do úmero contém medula vermelha. Em condições normais, aproximadamente 70% da medula vermelha está ocupada por gordura, enquanto os 30% restantes são tecido mielóide, ativo e formador de células sanguíneas.

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