terça-feira, 4 de maio de 2010

Dermatite


Dermatite atópica, também chamada de Eczema endógeno, neurodermite constitucional ou neurodermite disseminada é uma doença atópica, hereditária e não-contagiosa, caracterizada por inflamação crônica da pele.

Manifestações clínicas

Não há um tipo de lesão cutânea que caracterize os eczemas. Além do rubor, os eczemas podem apresentar vesículas, pápulas, pústulas e descamação da pele. O ressecamento da pele é significativo.

As lesões podem encontrar-se em diferentes estágios e com distribuição irregular. Os eczemas podem ser húmidos ou secretantes. As lesões são mais frequentemente encontradas na face e couro cabeludo, no pescoço, face interna dos cotovelos, atrás dos joelhos e nas nádegas.

Prurido ou coceira, é importante e ocorre com frequência.

A evolução da dermatite atópica, ou eczema endógeno, não é previsível, podendo ser rápida e curta ou crônica, com frequência inconstante de episódios de acutização.
Eczema em criança.
[editar] Etiologia

A dermatite atópica é um fenômeno auto-imune. Nele, sem causa aparente, o próprio sistema imunológico "ataca" a pele. Dermatite atópica difere de outros tipos de dermatite por não tratar-se de uma alergia [1], ou seja, não há a necessidade de contato prévio com alguma substância ou material.

Do ponto de vista bioquímico, há dois tipos de dermatite atópica. O primeiro associado à expressão de Imunoglobulina tipo E (IgE) e outro não vinculado à expressão de IgE.Têm prognósticos diferentes no tocante ao desenvolvimento de quadros respiratórios.

Atualmente considera-se o fator genético como preponderante na Dermatite Atópica. Foi demonstrado que um gene, chamado em inglês de "Filaggrin" (Proteína agregadora de filamentos) é grandemente responsável pela dermatite atópica."Filaggrin" agrega e liga o esqueleto de ceratina da epiderme. Mais da metade das crianças com dermatite atópica de intensidade moderada a grave possuem tal gene.[2][3]

Alterações da estrutura da pele e a deficência associada de peptídeos antimicrobiais favorece a colonização por bactérias como Staphylococcus aureus e leveduras, como Malassezia sp. A sensibilidade a leveduras é característica marcante dos pacientes portadores de dermatite atópica.

Enterotoxinas produzidas por S. aureus estimulam ativação de células T e macrófagos. As alterações cutâneas da DA são provenientes da expressão de citocinas próinflamatórias e ativação de resposta inflamatória.[4]

Embora a dermatite atópica não seja uma alergia, sua incidência é maior em pessoas alérgicas ou provenientes de famílias com história de febre do feno ou asma. Provavelmente devido à disfunção do sistema imunológico pré-existente causando um fenômeno de sensibilização cutânea.

Há, também, evidências de que alergias alimentares podem desencadear episódios de dermatite atópica.

Dermatite atópica surge mais comumente na infância e varia de gravidade até a idade adulta, quando costuma apresentar maior estabilidade.

Há indicações de que os estados emocionais alterados, como tristeza, ansiedade ou angústia, pioram a doença.

Tratamento

O tratamento pode ser através de medicamentos tópicos ou administrados por via oral ou parenteral.

Usa-se o tratamento tópico para criar proteção contra a desidratação da pele. Cremes e pomadas emolientes podem ser usados com frequência, sendo as últimas mais indicadas nos casos mais graves.Além do importante fator hidratante, pode-se aplicar medicamentos por via tópica, o que geralmente se faz nos casos mais leves, principalmente com uso de corticosteróides.[9]

* O uso de sabonetes e detergentes deve ser evitado ao máximo pelo paciente, uma vez que saponáceos, mesmo neutros, removem a camada lipídica da pele,contribuindo para maior desidratação das áreas acometidas pela dermatite.

O controle do prurido se faz com antihistamínicos.

Há algumas poucas evidências de que o controle ambiental possa melhorar o quadro de dermatite atópica. Entre estes, a umidificação do ambiente é o que demonstra ser mais eficaz.

Em casos de intensidade moderada a grave, serão utilizados medicamentos administrados por via oral, notadamente corticosteróides, e mais recentemente, imunomoduladores, como "Tacrolimus" e "Pimecrolimus" têm sido prescritos.

Em casos muito graves, o uso de imunossupressores, como ciclosporina, azatioprina ou metotrexate pode ser exigido.

O seguimento psicoterápico e técnicas auxiliares de controle da ansiedade podem ajudar.

Em caso de suspeita de uma doença auto-imune é interessante procurar um Reumatologista para indicar o melhor tratamento para o problema.

Tendinite


Tendinite é a inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso de repetições de um mesmo movimento (LER - Lesão por Esforço Repetitivo). Não é adquirida necessariamente no trabalho, mas com a difusão da informática, tornou-se uma importante doença ocupacional.

Em consequência, esta condição afecta pessoas que dispendem muito tempo realizando uma mesma tarefa, quer em trabalho quer em lazer. Os grupos mais afectados são operários de linhas de montagem, que têm uma única tarefa ao longo de uma carreira de trabalho, e pessoas que utilizam demais o mouse de um computador.

A tendinite provoca dores muito fortes e pode resultar em incapacidade física. Os sintomas de aviso incluem sensação de dormência nos dedos, mãos frias e dificuldade de realizar tarefas simples como apertar um botão.

Uma vez que a tendinite é uma condição de difícil tratamento, uma prevenção eficaz é a melhor solução. As medidas preventivas mais aconselhadas incluem a realização de pausas frequentes no trabalho e a diversificação de movimentos realizados.