quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Canibalismo


Canibalismo é um tipo de relação ecológica em que certas espécies de animais se alimentam de indivíduos da mesma espécie. Segundo alguns investigadores, essa prática terá resultado da evolução das espécies, com o objetivo de eliminar os indivíduos menos aptos, por exemplo, provenientes de uma ninhada em que alguns filhotes saem dos ovos defeituosos ou imaturos (ver seleção natural)[1].

Exemplos frequentes são o consumo dos machos de alguns insetos e aracnídeos pelas fêmeas, depois da cópula. Alguns estudiosos acreditam que esta prática aumenta as probabilidades da fêmea ter uma prole forte, por ter ingerido as proteínas do macho, apesar destas espécies se alimentarem habitualmente de outros animais. Além disso, são citados vários casos de espécies em que o macho desenvolveu estratégias para escapar ao suposto canibalismo da fêmea.

O termo terá origem no idioma arawan, por via do espanhol Caribales ou Canibales, falada por uma tribo indígena da América do Sul conhecida por manter essa prática.[carece de fontes?] Um caso noticiado pelos mídia no Brasil foi refutado por um "pajé" arawan, que afirmou não conhecer a tradição de canibalismo na sua tribo, ou em tribos do grupo arawan; no entanto, afirmou ter ouvido de seu pai que existiram "povos antigos" que comiam os corpos dos inimigos mortos em batalha. Um antropólogo que estudou as tradições destes povos reiterou não existir o canibalismo nas suas tradições[2].

No caso do canibalismo entre seres humanos, a prática é denominada antropofagia. No entanto, alguns casos recentes que podem considerar-se criminosos (ou relacionados a transtorno mental grave), são noticiados amplamente, tanto nos mídia, como na internet, como casos de canibalismo[3]. Para além dos casos macabros, ligados a antigos rituais religiosos, ou a casos recentes, existe ainda um caso amplamente noticiado sobre os sobreviventes de um desastre de avião que supostamente terão cometido canibalismo por uma questão de sobrevivência.

Predatismo


O predatismo ou predação é uma relação ecológica interespecífica desarmônica na cadeia alimentar em que os animais de uma espécie, alocados em um nível trófico superior (predadores / caçadores), capturam e matam animais de um nível trófico inferior (presa), para deles se alimentarem.

Este tipo de relação ocorre principalmente em seres carnívoros (leão, lobo, tigre, homem), contudo também entre os herbívoros. Neste caso, com denominação de herbivorismo, sendo os vegetais o alimento, bem representado pelo ataque de formigas, gafanhotos ou lagartas destruindo velozmente uma cultura.

Contudo, evolutivamente surgiram adaptações desenvolvidas pelas presas, selecionadas em defesa à predação, por exemplo, o mimetismo, a camuflagem e o aposematismo (cores de advertência).

Comensalismo


O comensalismo é um tipo de relação ecológica entre duas espécies que vivem juntas, o termo comensal significa algo como convidado à mesa, assim o termo comensalismo foi utilizado para designar relações alimentares em que uma espécie comensal se beneficia dos restos da outra espécie anfitriã no entanto sem prejudicar este seu anfitrião. Atualmente o conceito se estendeu para qualquer relação, alimentar ou não, na qual uma espécie se beneficia sem prejudicar a outra, sendo assim consideradas uma relação harmônica[1].

exemplos de comensalismo

Um exemplo é a relação da rêmora (ou peixe piolho) com o tubarão. O pequeno peixe se fixa no tubarão através das suas ventosas obtendo um bom meio de transporte e, possivelmente, se alimentando dos restos alimentares do tubarão. É uma relação positiva para um indivíduo e neutra para outro. Outro exemplo é a Entamoeba coli (não confundir com Escherichia coli), uma amiba comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos restos da digestão do seu hospedeiro, sem prejudicar o homem.

Inquilinismo


Inquilinismo é um tipo de relação ecológica entre organismos de diferentes espécies. O inquilinismo é definido como uma associação interespecifica harmônica, na qual apenas uma espécie é beneficiada sem, entretanto, existir prejuízo para a outra espécie associada. O inquilino obtém abrigo (proteção) ou ainda suporte no corpo da espécie hospedeira. Inquilinismo também pode ser definido como um caso específico do comensalismo.

Um exemplo clássico é o caso da interação existente entre orquídeas ou bromélias e as árvores em cujo tronco se instalam (não há postura de parasitismo). Estas plantas são classificadas como epífitas (epi = em cima), esse tipo de inquilinismo é denominado epifitismo.

Um outro exemplo de inquilinismo é a interação existente entre o peixe-agulha (gênero Fierasfer) e as holotúrias ou pepinos-do-mar (Equinodermos). Esse pequeno peixe, quando perseguido por algum inimigo natural, procura uma holotúria e penetra em seu ânus, abrigando-se no tubo digestivo desse equinodermo.

Sociedade e Colônia

Sociedade

União permanente entre indivíduos em que há divisão de trabalho. Ex.: insetos sociais (abelhas, formigas e cupins)

O que mais chama a atenção em uma colméia é a sua organização. Todo o trabalho é feito por abelhas que não se reproduzem, as operárias. Elas se encarregam de colher o néctar das flores, de limpar e defender a colméia e de alimentar as rainhas e as larvas (as futuras abelhas) com mel, que é produzido a partir do néctar.

A rainha é a única fêmea fértil da colméia coloca os ovos que irão originar outras operárias e também os zangões (os machos), cuja única função é fecundar a rainha.

Portanto, uma sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos de forma a permanente e cooperando entre si.

Entre os mamíferos também encontramos vários exemplos de sociedades, como os dos castores, a dos gorilas, a dos babuínos e a da própria espécie humana. A divisão de trabalho não é tão rigorosa quanto as abelhas, mas também há varias formas de cooperação. É comum, por exemplo, um animal soltar um grito de alarme quando vê um predador se aproximar do grupo; ou mesmo um animal dividir alimento com outros.

Colônia

Associação anatômica formando uma unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-cérebro, caravela.

Colônia é um grupo de organismos da mesma espécie que formam uma entidade diferente dos organismos individuais. Por vezes, alguns destes indivíduos especializam-se em determinadas funções necessárias à colônia. Um recife de coral, por exemplo, é construído por milhões de pequenos animais (pólipos) que secretam à sua volta um esqueleto rígido. A garrafa-azul (Physalia) é formada por centenas de pólipos seguros a um flutuador, especializados nas diferentes funções, como a alimentação e a defesa; cada um deles não sobrevive isolado da colônia.

As bactérias e outros organismos unicelulares também se agrupam muitas vezes dentro de um invólucro mucoso.

As abelhas e formigas, por outro lado, diferenciam-se em rainha, zangão com funções reprodutivas e as obreiras (ou operárias) com outras funções, mas cada indivíduo pode sobreviver separadamente. Por isso, estas espécies são chamadas eusociais, ou seja, formam uma sociedade e não uma colônia.

Mutualismo


Mutualismo é a interação entre duas espécies que se beneficiam reciprocamente, o que pode acontecer em várias modalidades:

  • Mutualismo obrigatório ou simbiose - em que as duas espécies não podem viver separadas. O exemplo clássico são os líquens, em que temos os fungos fazendo o papel de absorção e das algas fazendo o papel de fotossíntese. As próprias espécies constituintes da associação perdem a sua identidade. O caso das micorrizas que vivem nas raízes das leguminosas é outro exemplo típico.
  • Mutualismo facultativo ou protocooperação - em que as duas espécies são beneficiadas e podem viver independentemente ou trocar de parceiro, como é o caso das aves que catam parasitas na pele do gado. Outro exemplos são os ruminantes e as bactérias em seu estômago: as bactérias recebem abrigo e alimento e fornecem ao animal ácidos orgânicos que lhe permitem aproveitar melhor o alimento retirado do capim; além disso as bactérias oferecem ao animal várias vitaminas que ele pode absorver. Outro caso típico é do caranguejo paguro com actínias sobra a sua concha.

Tríplice bacteriana


VACINA TRÍPLICE BACTERIANA

Vacina combinada contra a difteria, a coqueluche e o tétano

A vacina tríplice (DPT) é constituída de antígenos protetores contra a difteria, a coqueluche e o tétano. Os antígenos incluem suspensão de 32.000.000 de Bordetella pertussis (4UI), 30UI (unidades internacionais) de toxóide diftérico e 10 a 20 UI de toxóide tetânico. Os toxóides possuem elevado poder imunogênico, principalmente quando associados aos adjuvantes minerais, entre eles o hidróxido de alumínio. O desempenho imunogênico da vacina anti-pertussis não é tão eficiente quando o dos toxóides, porém sua eficácia é bem estabelecida, diminuindo a freqüência e a gravidade da coqueluche em proporções consideráveis.

A aplicação da vacina deve ser feita pela via intramuscular, nas dosagens de 0,5 a 1,0ml, de acordo com a procedência do produto. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região glútea ou no músculo vasto lateral da coxa. Em crianças acima de dois anos, pode ser usada a região deltóide.

A vacinação básica consiste na aplicação de três doses, a partir dos dois meses de idade, com intervalos de dois meses entre as doses. O primeiro reforço deve ser aplicado 12 meses após a última dose da vacinação básica e o segundo reforço após 18 meses do primeiro reforço.

A vacina deve ser conservada em geladeira (entre +2 e +8°C) e deve-se tomar cuidado especial na aplicação. Assim sendo, aspirar a vacina para a seringa com uma agulha e expelir o ar. Trocar agulha, tomando cuidado para o conteúdo não penetrar na mesma, pois o adjuvante hidróxido de alumínio, se depositado na derme , pode causar reação local intensa. Salienta-se que o congelamento da vacina (zero grau) inativa os seus componentes. Os frascos multi-doses devem ser mantidos em geladeira, em temperatura adequada, tomando-se os cuidados de evitar-se possíveis contaminações.

As reações vacinais podem ocorrer, sendo as principais o eritema local, exulceração, nódulo e abscesso. Sintomas gerais, como febre de intensidade variável, sonolência, irritabilidade, mal estar e vômito, podem ocorrer.

Doses eventuais de reforço devem ser feitas nas seguintes situações:

1-Difteria – quando houver contato com doente de difteria a criança (com menos de 7 anos de idade) pode receber uma dose de reforço da vacina tríplice (DPT) ou dupla infantil (DT). Se tiver mais de 7 anos de idade, o reforço deve ser feito com a vacina dupla do tipo adulto (dT).

2-Ferimentos – Sempre que houver ferimento suspeito, seguir as normas estabelecidas para a profilaxia do tétano após ferimentos. De acordo com a idade indicar-se-á a vacina tríplice (DPT), dupla infantil (dT) ou vacina isolada contra o tétano (TT).

As complicações, principalmente devido à fração pertussis, tais como estado de choque, temperatura elevada (acima de 40ºC), convulsões (com ou sem febre), encefalopatia (com ou sem convulsões) e alterações neurológicas focais, podem ocorrer. Tais complicações contra-indicam a continuação da vacina tríplice e deve-se substituí-la pela vacina dupla infantil.