quarta-feira, 20 de abril de 2011

Tecidos do corpo


A ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DOS SERES A NÍVEL SUPRACELULAR – OS TECIDOS

Tecidos são grupamentos de células diferenciadas, harmonizadas, e, às vezes, intimamente integradas com substâncias intercelulares atuando na realização de uma determinada função.

Na maioria dos tecidos, podemos distinguir dois componentes fundamentais: as células e a substância intercelular ou intersticial. A substância intersticial compreende um sistema líquido, semi-sólido ou mesmo sólido formado pela associação de diversos compostos e que se dispõe no espaço existente entre as células, no tecido.

Os tecidos animais são catalogados em 03 grupos:

Tecidos sem substância intercelular (tecidos epiteliais);

Tecidos com abundante substância intercelular (tecidos conjuntivos: conectivo, adiposo, cartilagionoso, ósseo, sanguíneo e tecido hemopoético);

Tecidos com células transformadas em fibras (tecidos musculares: liso, estriado esquelético, estriado cardíaco e tecido nervoso).

TECIDOS EPITELIAIS:

Os tecidos epiteliais ou epitélios são tecidos formados por células cúbicas, achatadas, cilíndricas ou prismáticas, sempre bem justapostas, sem guardar espaços livres entre elas, mostrando ausência ou quase ausência de substância intersticial.

Distinguem-se 02 tipos de epitélio: epitélios de revestimento e epitélios glandulares. Aqueles têm a função de proteção, isolando os tecidos mais internos do corpo e evitando o contato dos mesmos com os agentes externos do meio ambiente. Já os epitélios glandulares são formados de células com alta capacidade de secreção das substâncias.

Encontramos epitélios de revestimento principalmente na pele e nas mucosas. Eles não possuem vasos sanguíneos na sua estrutura. Por isso, suas células recebem oxigênio, água e nutrientes por difusão, a partir do tecido conjuntivo que sempre lhe fica logo abaixo. Da mesma forma os produtos de excreção, como o CO2, a uréia e outros, são conduzidos por difusão aos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo.

As principais funções dos epitélios de revestimento são a proteção (epiderme e camada epitelial das mucosas), absorção (como sucede com o epitélio da mucosa intestinal) e as trocas gasosas respiratórias (como ocorre ao nível dos alvéolos pulmonares).

Os epitélios glandulares formam as estruturas das glândulas, como sucede com as glândulas mamárias, salivares, lacrimais, sudoríparas, sebáceas etc.

Por suas funções, as glândulas se dividem em:

- Exócrinas: Também chamadas de glândulas de secreção externa, eliminam o seu conteúdo através de um duto ou canal para o exterior. Compreendem as glândulas sudoríparas, sebáceas, lacrimais, salivares, mamárias e outras.

- Endócrinas: Não possuem canal excretor. Por isso, suas secreções, chamadas hormônios, só conseguem ser eliminadas através do sangue que passam pelos vasos que a atravessam. São, por essa razão, também conhecidas como glândulas de secreção interna. Representam exemplos a hipófise, a tireóide e outras.

- Mistas ou afícrinas: Desempenham ao mesmo tempo uma função endócrina e uma

função exócrina. É o caso do pâncreas, que produz a insulina (um hormônio), pela sua

função endócrina, e o suco pancreático, pela sua função exócrina.

TECIDOS CONJUNTIVOS

O termo conjuntivo designa aquele que faz conjunção, isto é, liga uma coisa a outra, que junta duas coisas entre si. De fato, a função essencial de todos os tecidos conjuntivos é “preencher espaços vazios e juntar estruturas antes separadas por esses espaços”.

Existem diversas variedades de tecidos conjuntivos, mas em todos os tipos há uma característica comum: a presença de abundante substância intersticial ou intercelular.

Os tecidos conjuntivos compreendem: tecido conectivo, tecido adiposo, tecido cartilaginoso, tecido ósseo e tecido sanguíneo e hemopoético.

· TECIDO CONECTIVO: É o principal tecido conjuntivo e protótipo de todo o grupo. Também conhecido com tecido conjuntivo propriamente dito ou pela sigla TCPD, apresenta diversos tipos de célula e grande quantidade de substância intercelular. As suas células mais comum são:

a) Fibroblastos – células grandes, de contornos irregulares, com ramificações que lhe dão

aspecto estrelado.

b) Macrófagos – são grandes e se movimentam por meio de pseudópodos, fazendo a fagocitose de micróbrios e células degeneradas do organismo. Pelo seu aspecto lembram muito os leucócitos do sangue. Quando sem atividade, mostram-se ovóides e, nessa circunstância, são conhecidos como histiócitos.

c) Plasmócitos – produzem anticorpos e atuam decisivamente no mecanismo imunitário do organismo.

d) Mastócitos – são responsáveis pela produção de heparina, um anticoagulante que impede a coagulação espontânea do sangue dentro dos vasos, o que seria de extrema gravidade para o indivíduo.

A substância intersticial do TCPD é rica em glicoproteínas e em fibras colágenas e fibras reticulares (formadas por numerosas fibrilas paralelas de uma proteína de grande resistência e elasticidade chamada colágeno). Mas, além dessas, também se encontram as fibras elásticas, que são finas e não formadas de colágeno, mas sim de outra proteína, a elastina. A quantidade e a disposição desses três tipos de fibra é que define o tecido conjuntivo em tecido conjuntivo frouxo (abaixo da epiderme na pele), tecido conjuntivo denso modelado (tendão de Aquiles, no calcanhar) e tecido

conjuntivo denso não modelado (na cápsula envoltora do fígado). Todos os 03 tipos de fibra são produzidos pelos fibroblastos.

· TECIDO ADIPOSO: É o tecido gorduroso que se localiza abaixo da pele e se mostra muito desenvolvido em algumas partes do corpo, notadamente no abdome. No gado suíno, ele é conhecido com “banha ou toucinho”. É, na realidade, um reservatório de lipídios, que atua protegendo o organismo contra as perdas de calorias (é como um “colchão” ou isolante térmico a envolver o corpo). Além disso, também dispõe dos seu lipídios para as reações metabólicas, oferecendo um constante abastecimento energético para as atividade celulares. Como variedade de tecido conjuntivo, também é dotado daquelas diversidades de células e fibras mencionadas no tecido anterior. Todavia, há uma nítida predominância de células adiposas, que são células grandes, globosas ou ovóides, contendo grande quantidade de gordura no seu interior a ponto de deslocar o citoplasma e o núcleo para a periferia da célula.

· TECIDO CARTILAGINOSO: É uma variedade de tecido conjuntivo destinada à função plástica ou modeladora, pois, face à sua consistência semi-rígida mas um tanto elástica, pode dar forma a certas partes do corpo sem lhes emprestar a rigidez característica dos ossos. O pavilhão da orelha, o septo nasal, os anéis cartilaginosos da traquéia, os discos intervertebrais e os meniscos das articulações são todos eles constituídos de tecido cartilaginoso. A célula cartilaginosa é chamada condrócito. Os condrócitos costumam reunir-se em pequenos grupos de duas, três ou quatro células, formando verdadeiros “ninhos de condrócitos” envoltos por uma fina cápsula resultante da condensação do material amorfo que forma a substância intersticial do tecido. Essa substância intercelular é rica em glicoproteínas e em fibras colágenas. À semelhança do que vimos com relação aos epitélios de revestimento, também o tecido cartilaginoso não é vascularizado, isto é, não possui vasos sanguíneos no seu interior. Por isso, as trocas respiratórias e metabólicas são feitas por difusão a partir dos tecidos vizinhos. Durante o desenvolvimento embrionário e na infância, o tecido cartilaginoso comumente se apresenta como percursor do tecido ósseo, sendo gradativamente substituído por este último. Assim, o tecido cartilaginoso procede em muitos casos como um “molde” que orienta o desenvolvimento ósseo.

· TECIDO ÓSSEO: Este é o tecido conjuntivo com maior rigidez e que se destina essencialmente às funções de sustentação do corpo e proteção do sistema nervoso central. Na sua configuração, o tecido ósseo revela um grande número de células vivas chamadas osteócitos, situadas no interior de pequenas e alongadas lacunas – os osteoplastos. Estes, se comunicam uns com os outros por meio de delgados canais, formando uma vasta rede de canalículos que vão se abrir em condutos bem mais largos denominados canais de Havers. É de se reparar a imensa massa de substância intersticial sólida do tecido ósseo, rica em sais de cálcio e magnésio, notadamente fosfatos e carbonatos, além de considerável quantidade de uma proteína chamada colágeno, que fica separando os osteoplastos. Mas nem por isso os osteócitos contidos

· no interior dos osteoplastos ficam ilhados. Através da vasta rede de canalículos que intercomunicam com os osteoplastos, e estes com os canais de Havers, há o intercâmbio gasoso e metabólico, que supre as necessidades vitais dessas células. No interior dos canais de Havers, correm vasos sanguíneos (capilares) e um filete nervoso, este último, responsável pela sensibilidade do osso. O oxigênio, a água e os nutrientes celulares atravessam as paredes dos capilares e, por difusão, o CO2 e os catabólicos decorrentes da atividade de tais células são descarregados nos capilares e podem, então, ser descartados do tecido. Ao longo de um osso, os canais de Havers, que se dispõem sempre no sentido do maior eixo do mesmo, se intercomunicam por meio dos canais de Volkmann, situados obliquamente ou transversalmente, e em cujo interior também correm capilares. Apesar de sua grande consistência, o osso não é quebradiço graças à presença de considerável quantidade de colágeno na sua substância intercelular.

Queimando-se o osso (calcinação do osso), o colágeno se destói. E aí os sais de cálcio puros conferem ao osso uma consistência tão friável (quebradiça) quanto à de um bastão de giz. Por outro lado, se descalcificarmos um osso, submetendo-o à ação prolongada de ácidos, a sua substância intersticial ficará reduzida apenas ao colágeno. Aí, o osso tomará consistência elástica, tão maleável que quase se poderá envergá-lo a ponto de tocar uma extremidade à outra. A formação do tecido ósseo recebe o nome de osteogênese e se faz à custa de células embrionárias chamadas osteoblastos, que se dividem numerosamente e se intercomunicam por longas expansões dos seus citoplasmas. Mais tarde, surge a substância intersticial rígida que as separa. Com a retração das expansões citoplasmáticas daquelas células, aparecem os canalículos que comunicam os osteoplastos.

· TECIDO SANGUÍNEO E HEMOPOÉTICO: Vamos fazer distinção entre sangue e tecido hemopoético. O primeiro é um tecido inconsistente, no qual as células se dispõem de forma extremamente mutável em meio à grande massa intersticial líquida. Por isso, tem sido muito comum dizer-se que o sangue é um tecido líquido. O tecido hemopoético, ao contrário, é um tecido consistente, como todos os demais, dotado de células de natureza embrionária ainda bem diferenciadas, que tem por fim a formação dos elementos constituintes do sangue.

O sangue compõe-se de uma parte sólida, representada pelas células (eritrócitos, leucócitos e plaquetas (fragmentos de células)), e uma parte líquida denominada plasma.

Os eritrócitos (hemácias) – são as células sanguíneas vermelhas - possuem aspecto discóide, com nítida depressão na região mediana, o que lhes confere a aparência de uma lente bicôncava. É graças à forma bicôncava dos eritrócitos que a hemoglobina contida no seu interior se mantém de maneira homogeneamente distribuída nas proximidades da membrana plasmática, tornando os processos de “retenção” do oxigênio e de “descarte” do dióxido de carbono altamente eficientes. Na espécie humana e no indivíduo normal, cada milímetro cúbico de sangue contém cerca de 4,5 milhões de eritrócitos. Taxas de eritrócitos abaixo de 4.000.000/mm3são indicativas de anemia. A deficiência de ferro no organismo (o ferro entra na constituição da fórmula da hemoglobina) e de fatores estimulantes da hematopoese (formação de hemácias), como o ácido fólico e a vitamina B12, pode representar a causa desencadeante da

manifestação de uma anemia. A principal função dos eritrócitos é o transporte de gases pelo sangue, particularmente oxigênio e dióxido de carbono. O pigmento respiratório encontrado no interior dos eritrócitos é a hemoglobina. A hemoglobina contém, na sua molécula, um radical heme, com quatro grupos pirrólicos ligados a um átomo de ferro. Esse radical se mantém associado à cadeia protéica. O grupo heme tem alta afinidade pelo hoxigênio. Assim, ao nível dos pulmões, nos alvéolos, o oxigênio passa do ar alveolar para o sangue e se combina, numa ligação instável, com o radical heme. Surge, então, a hoxiemoglobina, que é transportada pelo sangue a todos os tecidos do corpo. Todas as células recebem, dessa maneira, a sua cota de oxigênio, já que, ao nível dos tecidos, pela diferença de tensão parcial desse gás, a oxiemoglobina desprende o oxigênio, ficando com seu radical heme novamente livre. O dióxido de carbono (gás carbônico ou CO2) se liga à molécula de hemoglobina formando a carboemoglobina. Essa ligação não se faz pelo radical heme, mas pela própria cadeia protéica da hemoglobina. A ligação é, igualmente, instável. De tal sorte que, ao nível dos alvéolos pulmonares, esse gás se desprende e é liberado para a expulsão pelo organismo.

Os leucócitos – são as células sanguíneas brancas - são bem maiores que as hemácias, porém muito menos numerosos do que elas. No sangue de uma pessoa normal, há cerca de 6.000 a 10.000 deles por milímetro cúbico. Taxas superiores a 10.000/mm3 caracterizam uma leucocitose, quadro clínico típico de infecção, que pode ser geral ou em algum local do organismo. O exagero monstruoso no número de leucócitos (80.000, 100.000/mm3) já fala a favor da leucemia, um estado patológico de degeneração neoplásica (câncer) dos tecidos hemopoéticos. A queda da taxa de leucócitos abaixo de 6.000/mm3 é sugestiva de uma leucopenia. Isso ocorre muitas vezes em consequência de intoxicações graves ou pelo uso indiscriminado de certos medicamentos. O grande papel dos leucócitos no sangue é o de atuarem na defesa do organismo contra o ataque de agentes estranhos, sejam eles micróbios ou simplesmente toxinas. Para exercer seu papel defensivo, os leucócitos constantemente atravessam as finas paredes dos vasos capilares, num fenômeno chamado diapedese. Eles passam pelo intersticio entre uma célula e outra da parede do vaso e vão exercer seu papel no tecido conjuntivo. Como não lhes é dada a condição de retorno direto ao interior dos vasos, eles são recolhidos pelos vasos linfáticos, transportados com a linfa e, juntamente com ela, descarregados de volta a circulação sanguínea, ao nível das veias subclávias. Só assim, eles retornam ao sangue. Há duas classes principais de leucócitos: granulócitos e agranulócitos.

¨ Granulócitos: apresentam grânulos bem evidentes no seu citoplasma. Distinguem-se três tipos de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. São responsáveis pela defesa do organismo, aumentando de número ou liberando substâncias para respostas alérgicas.

¨ Agranulócitos: não apresentam grânulos notáveis em seu citoplasma. Há dois tipos de agranulócitos: monócitos e linfócitos. Os monócitos se desenvolvem em grandes células fagocíticas denominadas macrófagos, que podem ingerir bactérias e outras substâncias estranas ao organismo. Os linfócitos são importantes nas respostas imunológicas do corpo, inclusive a produção de anticorpos.

As plaquetas são fragmentos de células resultantes do desmembramento dos megacarióticos, células de origem embrionária econtradas na medula óssea vermelha. São delimitadas por fina membrana e contém microvesículas repletas de tromboplastima, enzima que, uma vez liberada, inativa a heparina, o anticoagulante fisiológico encontrado normalmente no sangue. Bloqueada a heparina, desencadeia-se o processo de coagulação sanguínea. Isso explica o papel que têm as plaquetas na coagulação do sangue. Na pessoa normal, as plaquetas apresentam um número aproximado de 250.000/mm3 de sangue.

O plasma é uma solução aquosa rica em sais, proteínas, lipídios, carboidratos, íons, vitaminas, anticorpos, hormônios e produtos de excreção , como a uréia, além de gases

respiratórios, como o oxigênio e o dióxido de carbono. No plasma, encontram-se o

fibrogênio, proteína globular, que sob a ação da trombina transforma-se em fibrina, proteína fibrosa, cujos filamentos longos se emaranham formando uma rede. Na rede de fibina encalham os elementos figurados do sangue, determinando o aparecimento do coágulo, que tampona a ruptura do vaso e, por coagulação sanguínea, impede o prosseguimento de uma hemorragia. Quando esse fenômeno ocorre dentro de um vaso íntegro, a coagulação intravascular já não tem o caráter de coibir uma hemorragia, e aí, então, assume gravidade considerável, pois o coágulo se constitui num “trombo”, que pode obstruir a circulação, num fenômeno conhecido como trombose.

OS TIPOS SANGUÍNEOS

SISTEMA ABO – Na espécie humana, existem os seguintes tipos de sangue em relação ao sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O. Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos.

Na maioria dos glóbulos vermelhos existem dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. Assim, o sangue foi classificado de acordo com essas proteínas:

¨ Grupo A - possui aglutinogênio A,

¨ Grupo B – possui aglutinogênio B,

¨ Grupo AB – possui aglutinogênio A e B,

¨ Grupo O - não possui aglutinogênios.

No plasma sanguíneo existem outras duas substâncias chamadas aglutininas:

¨ Uma reage com o aglutinogênio A, recebendo o nome de aglutinina anti-A,

¨ Outra reage com o aglutinogênio B, recebendo o nome de aglutinina anti-B.

As aglutininas não podem ficar junto ao seus aglutinogênios, isto é, o sangue que tem aglutinogênio A não poderá conter aglutinina anti-A, o sangue que tem aglutinogênio B não poderá conter aglutinina anti-B. Do contrário, ocorrerá a aglutinação (ligação ou união) dos glóbulos vermelhos.

No quadro abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e de aglutinina de cada grupo sanguíneo:

GRUPO

AGLUTINOGÊNIO

AGLUTININA

A

A

Anti-B

B

B

Anti-A

AB

A e B

Não possui

O

Não possui

Anti-A e anit-B

Veja a seguir as combinações adequadas para uma transfusão sanguínea:

GRUPO

PODE DOAR

PODE RECEBER

A

Ao grupo A

Ao grupo AB

Do grupo A

Do grupo O

B

Ao grupo B

Ao grupo AB

Do grupo B

Do grupo O

AB

Ao grupo AB

De todos

O

A todos

Do grupo O

SISTEMA RH:

O sistema Rh consiste num grupo de antígenos eritrocitários superficiais, e o anticorpo componente do sistema – anticorpo anti-Rh – não está normalmente presente no plasma. Para que haja produção de anticorpos anti-Rh deve ocorrer a sensibilização pelo antígeno-Rh. Assim como no sistema ABO, a pessoa com antígeno Rh não produzir anticorpos anti-Rh contra seu próprio antígeno. Tal sensibilização pode ocorrer quando a mãe sem antígeno Rh nos seus eritrócitos (designada Rh negativa), está gestando um feto que possui o antígeno (designado Rh positivo) herdado do pai. Neste caso, pode ser possível que alguns antígenos Rh do feto entrem na circulação através de rupturas na placenta e por meio disso sensibilizem a mãe pela estimulação da produção de anticorpos anti-Rh no seu plasma. Se após ter sido sensibilizada a mãe gerar outro feto Rh positivo, os anticorpos maternos podem entrar na circulação do feto, onde irão atacar e romper os eritrócitos fetais. Isto pode resultar na eritroblastose fetal, uma severa doença anêmica do feto. N verdade, apenas cerca de 05% das mães Rh negativas produzem anticorpos anti-Rh enquanto estão gerando um feto Rh positivo, e o primeiro bebê está quase sempre a salvo dessa doença, em gravidez posterior, os riscos são maiores, porque os sistema imunitário tem uma memória. Atualmente é possível, imediatamente após o parto, injetar mães Rh negativas com agentes que previnem ou limitam a sensibilização pelos antígenos Rh. Deste modo, o problema de incompatibilidade Rh entre mãe e feto tem diminuído muito nos últimos anos.

A Hemopoese: Os tecidos hemopoéticos se dividem em dois grupos: tecidos mielóides, encontrados na medula óssea vermelha, em meio ao tecido ósseo esponjoso e nas epífises ósseas; e tecidos linfóides, existentes nos órgãos linfóides.

Os tecidos mielóides formam os eritrócitos, as plaquetas e os leucócitos granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos). Os tecidos linfóides produzem os leucócitos agranulócitos (monócitos e linfócitos). Os demais tipos de leucócitos, têm uma expressão numérica muito reduzida.

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