A RESPIRAÇÃO CELULAR:
RESPIRAÇÃO AERÓBICA: As substâncias orgânicas (carboidratos, lipídios e proteínas) assimiladas pela célula devem ser consumidas por meio de complexas reações de oxidação. Através dessas reações, haverá a liberação de energia nelas contidas. E essa energia será utilizada para o trabalho celular (movimentos ciliares, flagelares e amebóides, contrações do citoplasma que promovem a ciclose, a síntese de ácidos nucléicos e de proteínas etc), bem como, para o trabalho orgânico (contrações musculares, ordens nervosas motoras, atividade intelectual, movimentos viscerais etc). O processo de degradação de tais moléculas ocorre no interior das células em 03 etapas distintas: a glicólise ou piruvato, o ciclo de Krebs e a cadeia respiratória. A glicólise ou piruvato transcorre-se no interior do citoplasma. Já as duas outras etapas seguintes se processam dentro das mitocôndrias, notando-se que o ciclo de Krebs passa-se em meio à matriz mitocondrial, enquanto a cadeia respiratória se desenvolve ao nível das cristas mitocondriais, ou mais precisamente, nos corpúsculos elementares que ficam aderidos às cristas mitocondriais.
RESPIRAÇÃO ANAERÓBICA: Alguns poucos seres, na natureza, conseguem sobreviver em ambiente totalmente desprovido de oxigênio livre. Algumas bactérias, alguns fungos e os vermes intestinais têm essa habilidade. É evidente que, para viver, qualquer desses seres precisa de energia. Para obtê-la, ele terá de promover, a nível celular, a degradação das moléculasorgânicas, quebrando-lhes as cadeias de carbono. Vai daí que, também, tais seres realizam oxidações e liberam íons de H+. Se vivem em ausência de O2, então quem agirá com “aceptor de íons de hidrogênio” para eles, evitando-lhes a acidose metabólica? O aceptor final dos hidrogênios, nesse caso, não é o oxigênio. Em muitos desses seres, ele é um composto inorgânico, como um nitrato, um sulfato ou um carbonato. As bactérias denitrificantes do solo, por exemplo, aproveitam seu íons de H+ e respectivos elétrons combinando-os com nitratos provenientes do meio extra-celular.
FERMENTAÇÃO: A fermentação é uma forma especial de respiração anaeróbica. Tem, apenas, a particularidade de apresentar como aceptores finais dos íons hidrogênio não compostos inorgânicos, mas subprodutos da própria degradação das moléculas orgânicas, ainda, também, de natureza orgânica. Em outras palavras: o próprio ácido pirúvico, decorrente da degradação da glicose, age como aceptor dos H+, retirando-os de circulação. E, assim, conforme a arrumação dos hidrogênios na molécula do ácido pirúvico, ele poderá terminar decompondo-se em etanol (álcool etílico) ou passar a ácido lático.