quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Seleção natural / seleção artificial
Seleção Natural x Seleção Artificial
Nós iremos distinguir 3 tipos de seleção natural de acordo com seu efeito sobre uma característica como a tamanho do corpo. O primeiro é aquele em que os menores indivíduos têm maior preparo/capacidade. A seleção natural é então direcional: ela favorece os menores indivíduos e irá, se a característica for hereditária, produzir um decréscimo na média de tamanho. A seleção direcional pode, é claro, também produzir um aumento evolucionário no tamanho se os indivíduos maiores tiverem maior preparo/capacidade.
Por exemplo, o salmão rosa tem tido seu tamanho diminuído recentemente, devido à pesca com técnicas que capturam os maiores exemplares e permitem a fuga dos menores. Ora, isso irá levar, em algum tempo, a uma diminuição na média de tamanho entre os membros dessa população, pois os indivíduos menores passarão a ter uma maior chance de sobreviver e um maior preparo/capacidade.
Um segundo tipo de seleção natural é a estabilizadora. Os membros de uma população com um tamanho médio têm maior preparo/capacidade que os extremos (pequenos e grandes). A seleção natural irá, por essa razão, atuar contra a mudança no tamanho e manterá a população constante ao longo do tempo. Um exemplo bem conhecido é do tamanho médio dos bebês humanos. Até pouco tempo atrás a probabilidade de sobrevivência dos recém-nascidos, levando em consideração o tamanho, era maior para aqueles que nasciam dentro de uma média e menor para aqueles que nasciam ou abaixo ou acima dessa média. Hoje, isso tem mudado devido aos cuidados com os bebês prematuros (pequenos) e também devido aos partos cesarianos para aqueles bebês muito grandes.
O terceiro tipo favorece mais os extremos que os intermediários e é chamada de disruptiva. Na natureza, o dimorfismo sexual é provavelmente o exemplo mais comum. O experimento feito com moscas-das-frutas de Thoday e Gibson será utilizado como ilustração: Eles pegaram uma população de moscas e consideraram a característica hereditária “número de cerdas”. Colocaram as moscas com alto ou baixo número de cerdas para reproduzir e impediram que as moscas com um número intermediário reproduzissem. Após um tempo (12 gerações) observaram uma grande divergência: a maior parte da população era formada por indivíduos com grande número de cerdas ou com pequeno número de cerdas. A seleção disruptiva é de particular interesse teórico pois ela pode aumentar a diversidade genética numa população e promover a especiação.
Um última possibilidade teórica seria a ausência de relação entre o fitness e a característica em questão. Nesse caso, a seleção natural não atuaria na população
Seleção artificial é o processo conduzido pelo ser humano de cruzamentos seletivos com o objetivo de selecionar características desejáveis em animais, plantas e outros seres vivos. Estas características podem ser, por exemplo, um aumento da produção de carne, leite, lã, seda ou frutas. Para esse fim foram, e são, produzidas diversas raças domésticas, como cães, gatos, pombos, bovinos, peixes e plantas ornamentais. É uma seleção em que a luta pela vida, ou seleção natural, foi substituída pela escolha humana dos indivíduos que melhor atendem aos seus objetivos.
O processo de seleção artificial ajudou na criação de um modelo que pudesse explicar a variação natural dos seres vivos, a seleção natural.
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