segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Pré-natal
INTRODUÇÃO
Além da sua finalidade psicológica, educacional e social, preocupa-se com a identificação da gestação de alto risco, na qual os organismos da mãe e do feto estão sujeitos a inúmeros agravos.
O pré-natal é de grande importância para que a gestação tenha o sucesso esperado sem perdas para o feto ou gestante. E foi pensando nisso que os alunos da Terceira fase do Curso Técnico de Enfermagem, foram orientados a fazer uma pesquisa que é de campo, pois temos um bairro de referência para apontar o saúde Obstétrica de Joinville, mas também é científico pois a literatura nos ajuda a tirar conclusões e projetar melhorias.
Temos com o início a pesquisa de campo com apresentação do Posto de Saúde do Bairro Nova Brasília e mostramos tudo o que observamos nessa área. Posteriormente apresentamos a parte científica. E finalmente concluímos a pesquisa com os pontos positivos e nossas sugestões de melhora. Todo o trabalho foi orientado pelo professor de Obstetrícia do Curso ( Enfª Juraci Maria Tischer).
PESQUISA DE CAMPO
1.1. O Posto
O Posto de Saúde do Bairro Nova Brasília, localizado na Rua Cerro Azul é considerado um PSF (Programa de Saúde da Família) que trabalha em parceria com a Pastoral da Família da Igreja Imaculado Coração de Maria.
Possui três equipes multidiscinares, formadas por médico, enfermeira e auxiliares de enfermagem. O posto conta hoje com o trabalho de dois médicos: Dr. Paulo e Dr. André e três enfermeiras.
A área atendida pelo posto é composta pela comunidade de Nova Brasília e Américo Vespúcio, qualquer cliente que não seja destas comunidades é encaminhado para seu posto de origem, a fim de fazer um trabalho mais organizado.
As consultas de pré-natal eletiva são realizadas nas tarde de Segunda-feira, e devem ser marcadas antecipadamente.
O Posto de Saúde do Bairro Nova Brasília é coordenado pelo PAM do Bucarein.
1.2. A visita
Fomos recepcionadas pela Enfª Marilú, que nos mostrou a área física do posto e respondeu o questionário proposto pela professora orientadora do trabalho, o qual veremos a seguir:
O pré-natal é realizado por qual (quais) profissional(s): Médico e Enfermeira
Como é organizado o pré-natal:
a- inicio no primeiro trimestre: 50% + 1
b- tem ficha de pré-natal( ver anexo 1): sim
c- tem cartão gestante: a ficha de pré-natal é usada com essa finalidade também
d- mapa de registro de ocorrências: faz parte do cartão gestante e também é anotado no prontuário que acompanha a gestante durante o pré-natal, esse prontuário fica no posto
e- área física: a área utilizada para o pré-natal é um consultório médico e enfermaria com mesa ginecológica.
f- Instrumental: Doppler, espéculo, fita métrica, disco de pinar...
g- Apoio laboratorial: Laboratório Municipal
h- Avaliação periódica das ações realizadas:
i- Reserva de medicamentos básicos: sulfato ferroso, plasil, paracetamol...
Qual o número de cliente / mês?
Em maio existem 32 gestantes fazendo o pré-natal no posto e delas 2 foram encaminhadas como gestantes de alto risco.
Como ocorre a participação das gestantes?
Consulta mensais até o sexto mês, e semanal após. E encontros semanais do Grupo pequeno Príncipe, com discussões de diversos temas voltados para a gestante ou o bebê.
Como é o sistema de referência e contra referência?
Se há suspeita de alto risco a gestante é encaminhada, através de uma ficha de encaminhamento ( anexo 2), à Maternidade Darcy Vargas, para que seja avaliada, se confirmado o alto risco o pré-natal continua na maternidade, do contrário é prosseguido pelo posto. A ficha de encaminhamento deve retornar ao posto para controle das gestantes independente do resultado, caso a gestante não retornar com notícia é feita uma busca da gestante.
Quais as medidas adotadas na assistência pré-natal da gestação de baixo risco?
Calendários de consulta, primeira consulta que é realizada pela enfermeira, Imunizações (tétano).
Ocorre preparo psicológico para o parto?
Quando a gestante apresenta problemas psicológicos ou se nota a extrema necessidade de acompanhamento a gestante é encaminha ao PAM do Bucarein onde recebe apoio psicológico. E na maioria dos casos não se vê a necessidade de acompanhamento psicológico específico e então desde a primeira consulta a gestante é orientada sobre o parto e nas reuniões do Grupo Pequeno Príncipe há palestra e esclarecimento sobre o parto também.
Como e por quem é realizado o aconselhamento e recomendações que a gestante deve atender durante a evolução da gestação, em função de suas queixas e possíveis incertezas e dietas sugeridas?
No grupo Pequeno Príncipe (ver anexo 7) são realizadas palestras nos diversos temas relacionados com a gravidez, o parto e o bebê, essas palestras são realizadas por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos. Fora isso os aconselhamento e recomendações são realizadas pelo médico e enfermeira do posto.
Entrevista com gestante, ver anexo 6
O pré-natal no Posto da Comunidade de Nova Brasília é realizado da seguinte forma, a primeira consulta é feito com a enfermeira que solicita os exames laboratoriais e inicia o trabalho de orientação para a gestação e o parto. Conversa sobre os sintomas próprios da gravidez e ensina a minimizalos. Faz uma anamnese da saúde da gestante. Esclarece as dúvidas que por ventura a gestante refere. Na segunda consulta o médico já tendo em mãos os exames orienta aos cuidados, e toma providências caso algum resultado não seja muito favorável. As seis primeiras consultas do pré-natal são mensais e intercaladas, uma com a enfermeira e outra com o médico, as consulta subseqüentes são semanais e realizadas somente pelo médico. Quando uma gestante inicia o pré-natal e por algum motivo deixa de comparecer a consulta é feita uma visita domiciliar para obter dados sobre a gestante e prosseguir ou encerrar (em caso de aborto) o “tratamento”.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
1.1 OBJETIVOS DO PRÉ-NATAL
• Orientar os hábitos de vida: higiene pré-natal
• Assistir psicologicamente a gestante
• Prepará-la para a maternidade: instruí-la sobre o parto, dando-lhe noções de puericultura
• Evitar o uso de medicações e de medidas que se tornem ominosas para o concepto (anomalias congênitas)
• Tratar os pequenos distúrbios da gravidez
• Fazer a profilaxia, diagnóstico e tratamento das doenças próprias da gestação ou nela intercorrêntes.
1.2 CUIDADOS PRÉ-NATAIS
A mulher deve procurar imediatamente, apenas que suspeite a gravidez, a assistência pré-natal. Mais precoce a ida ao obstetra, melhores os resultados alcançados.
1ª Consulta:
Devem ser avaliados:
• Data da última menstruação (DUM),
• peso e pressão arterial.
• Toque vaginal,
• palpação abdominal (medida do fundo-de-útero),
• ausculta do pulso fetal,
• movimentos fetais.
Os exames complementares que deveram ser solicitados: Urina(volume, densidade, elementos anormais e sedimento), Hemograma (série branca e vermelha), determinação de hemoglobinemia, Grupo sangüíneo e fator Rh, Reações sorológicas para lues, rubéola, listeriose e histoplamose, Citologia cervicovaginal, Ultra-sonografia.
Novos procedimentos podem ser introduzidos com o objetivo de rastear maior número de doenças na gravidez:
- Pacientes do grupo O deverão ter seus maridos investigados(incompatibilidade ABO)
- Mulheres com mais de 40 anos ou com suspeita de cardiopatia serão submetidas à eletrocardiografia
- A glicemia pós prandial, obrigatória, com 28 –30 semanas, surpreende melhor o diabete gestacional.
- Mulheres com mais de 35 – 37 anos serão submetidas, a biópsia do vilo corial (8 semanas) ou à amniosentese, com 15 semanas de gravidez, para investigação genética do concepto. A embriofetoscopia, a cordocentese e a fetoscopia tem indicações peculiares e a elas se recorrerá quando necessário. Métodos invasivos demandam tirocínio especializado.
Outra análises serão solicitadas de acordo com as necessidades clínicas em decorrência dos resultados das anteriormente efetuadas.
Uma palavra sobre os exames radiológicos. Nunca serão utilizados como rotina e somente executados quando indispensáveis, pesadas vantagens e perigos. As radioscopias e a radioterapia estão proscritas, a menos se pretenda interromper a gravidez. Sempre que a dose de radiação fetal exceder a 1 rad, o abortamento terapêutico poderá ser cogitado.
Consultas Subseqüentes
Após o exame inicial, a gestante retornará decorrida uma semana, com as análises solicitadas, quando lhe será prescrita eventual medicação, com instruções sobre dieta a ser seguida.
Por via de regra, a paciente voltará a cada 4 semanas até o 7º mês, depois cada 2 semanas, e no 9º, semanalmente.
Toda vez que vier a consulta será submetida a:
• Anamnese ligeira acerca dos sintomas molestos
• Registro do peso e da pressão arterial
• Indagação sobre a percepção dos movimentos fetais
• Exame abdominal para determinar o fundo-de-útero e os BCF, a partir do 2º trimestre. De 30 semanas em diante, estabelecer apresentação fetal.
• No 3º trimestre fazer novo exame de urina e dosagem de hemoglobina
• Repetir o toque vaginal perto do termo (38 – 39 semanas) para avaliar clinicamente a bacia, a insinuação da cabeça fetal e as características do colo uterino.
Higiene pré-natal
Asseio corporal. A gestação não contra-indica o banho diário e outras medidas de higiene. O banho recomendado é o de aspersão; o de imersão, quente, prolongado, predispõe aos desmaios e vertigens. As irrigações vaginais estão proibidas. A região gênito-anal merece maior atenção por motivo do natural aumento da umidade. Nas mamas e nos mamilos podem ser utilizados cremes emolientes para retirar secreções aí depositadas. O tratamento dos mamilos planos ou umbilicados é questionável. É a higiene dos dentes e das gengivas obrigatória. A extração dentária pode ser realizada, evitando-se, por precaução, os anestésicos com adrenalina.
Vestuário. As roupas devem ser amplas, confortáveis e compatíveis com o clima. O uso do porta-seios (sutiem) é obrigatório, quando há grande desenvolvimento mamário. Os sapatos de salto alto devem ser evitados pelo equilíbrio alterado que apresenta a deambulação da grávida.
Trabalho. A atividade doméstica ou profissional não exagerada é permitida. No último mês aconselha-se a interrupção das lides fora de casa.
Esportes. São benéficas as caminhadas a pé, especialmente à noite, após a última refeição. Os exercícios que exigem grande atividade física não devem ser permitidos. A ginástica moderada é benéfica.
Viagens. Por convenção das companhias aéreas, a gestante está proibida de viajar após o 8º mês. Habitualmente prolongadas, também as viagens de navio devem ser evitadas, restrição estende-se às de ônibus e de automóvel. Pelo geral, a gestante não deveria viajar nas primeiras 12 semanas, onde é maior perigo de abortamento, e nos dois últimos meses, pela possibilidade de antecipar-se o parto.
Atividade sexual. Nas gestações normais depende do casal. Na ameaça de abortamento e de parto pretermo está proibida. No último trimestre o crescimento do ventre dificulta.
Fumo e álcool. O tabagismo, se é o consumo de cigarros superior a 10 por dia, é causa de hipodesenvolvimento fetal, elevando, por conseguinte, a mortalidade perinatal. A grávida há de ser encoraja da não fumar. O alcoolismo crônico é determinante de malformações congênitas, em cerca de 30% dos casos. A síndrome fetal alcóolica pode ser reconhecida no neonato ou tardar a se manifestar (1 as 2 anos). O etilismo leve ou moderado é também ominoso e prudente a abstenção do álcool durante todo o ciclo gestativo e nas nutrizes, vez que passa ao leite materno e pode condicionar intoxicação ao lactente.
Vacinação. Regra geral, as vacinações devem ser evitadas na mulher grávida. Permitidas, quando indispensáveis, as que utilizam o viro inativado (tifo, cólera, gripe, pólio – Salk -, raiva); aquelas que empregam o viro vivo, atenuado, serão desaconselhadas (parotidite, pólio - Sabin oral -, rubéola, sarampo, varíola, febre amarela).
Não há contra indicação para a imunização passiva (difteria, tétano, globulina humana hiperimune). A vacina mais recente para a hepatite – DNA recombinante – não utiliza como matéria-prima o plasma humano, e, por isso, não transmite qualquer viro. Nesse terreno é grande a responsabilidade do obstetra, vez que a ele incumbe identificar, entre as gestantes que acompanha, as portadoras do viro B, para adotar as medidas profiláticas indispensáveis à proteção do concepto e do recém-nascido.
1.3. NUTRIÇÃO MATERNA
Com raras exceções, são necessárias, na gravidez, quantidades aumentadas de todos os componentes essenciais a nutrição humana (ver em anexo, tabela 01)
Vitaminas. É muito raro em nossos dias, pelo menos nas classes mais elevadas, o déficit declarado de vitaminas.
Conquanto não se observe qualquer vantagem do uso rotineiro da suplementação vitamínica, também não se tem registrado efeitos danosos, exceto para as vitaminas D e K tomadas em dosagem excessiva. A hipervitaminose D pode determinar hipercalcemia importante no concepto, com anomalias craniofaciais, estenoses valvulares aórtica e pulmonar na gravidez. O excesso de vitamina K condiciona hiperbilirrubinemia fetal. A suplementação de vitamínica não compensa as deficiências alimentares.
Ferro e ácido fólico. A gravidez impõe solicitações acentuadas no sistema hematológico materno, tendo o ferro expressão maior na síntese de hemoglobina. A quantidade desse elemento, que o feto de termo necessita, é na ordem do 300mg, mais o indispensável para o acréscimo da eritropoese materna e a prevenção de anemia conseqüente às perdas hemorrágicas do pós parto. Tendo-se ainda em conta as eliminações excretórias normais e a demanda placentária, calcula-se que as necessidades de ferro, durante a gravidez, sejam de 1 a 1,3g (ver anexo 02)
É a quantidade de ferro ingerida com os alimentos relativamente pequena, apenas substituindo o que se perde nas fezes e pela epiderme. Além do ferro materno, armazenado na medula óssea, ser insuficiente, proporção significante de grávidas não tem qualquer reserva, em decorrências das perdas menstruais e de gestações anteriores. Assim a anemia é comum na gravidez e a depleção das reservas de ferro universal. É recomendável que toda mulher grávida receba ferro ( o sal ferroso é melhor absorvido) em doses de 30 a 60 mg/dia, durante o 2º e o 3º trimestres, suplementação que deve ser continuada após o parto, para recompor as reservas maternas, até o termino da lactação ou por 2 a 3 meses nas não lactantes.
A anemia megaloblástica por falta de ácido fólico, embora não tão comum quanto a precedente, não é rara, estando indicada a suplementação desse elemento, quando menos por motivos profiláticos.
Cálcio. O desenvolvimento do esqueleto fetal durante a gravidez requer maior quantidade de cálcio, cerca de 50%, o que se acentua durante a lactação. Se a ingestão de cálcio for inadequada, as exigências fetais determinam a desmineralização do esqueleto materno.
O cálcio alimentar (1litro de leite por dia) é a melhor maneira de suprir essa demanda.
A suplementação de cálcio à gestante (2g diários) parece assegurar níveis tencionais mais baixos, assim sistólicos como diastólicos, em especial no último trimestre, contribuindo para a profilaxia das toxemias gravídicas.
Calorias. O crescimento do concepto requer energia e calorias adicionais são necessárias durante a gravidez, a créscimo de aproximadamente 10% sobre a quantidade pré-gravídica.
A dieta. Há de se hiperprotéica, hipoglicídica e hipolipídica. Eis os alimentos mais importantes. O leite, 1 litro por dia, provê as necessidades de cálcio e vitamina D; todos os seus derivados são igualmente indicados. A carne de qualquer espécie: boi, vitela, galinha e também o peixe. Legumes cozidos, verduras cruas e frutas frescas. Os alimentos devem ser preparados preferencialmente, com condimentos reduzidos. Conquanto a tendência de alguns seja liberar o uso de sal, é prudente evitar seu consumo excessivo na segunda metade da gestação, o que, de resto, consubstância preceito universal, a ser obedecido mesmo fora do ciclo gestativo.
Ganho poderal fisiológico na gestação. O aumento de peso total durante a gravidez, em mulher sem restrição alimentar, é de 12 a 12kg. A tabela (ver em anexo tabela 03) sinala o ganho cumulativo, por trimestre nos diversos compartimentos. O padrão característico: acréscimo mínimo no primeiro trimestre, cerca de 1kg (quase todo da mãe), depois aumento de 0,3 a 0,4 kg/semana, no segundo trimestre, dos quais 60% no compartimento materno, e no terceiro trimestre elevação idêntica conquanto 60% no compartimento fetal.
Restrição alimentar. A restrição alimentar excessiva pode estar associada a efeitos ominosos nos ajustamentos fisiológicos maternos e no desenvolvimento fetal. A pratica, comum em Obstetrícia, de limitar a ingestão calórica e o ganho de peso, abaixo das cifras apresentadas, pode ser responsável por recém-nascidos de baixo-peso, e, conseguintemente, pelo aumento da mortalidade perinatal, pensam alguns. Deve ser combatido o uso indiscriminado de dieta hipocalórica, hipossódica, moderadores de apetite e diuréticos, sem que isso surgira estímulo à obesidade materna, causa de sérios inconvenientes metabólicos e de algumas distócias.
Ganho poderal excessivo durante a gestação. O aumento de peso excessivo durante a gravidez tem sido associado a maior incidência de complicações obstétricas, principalmente toxemia gravídica, e por isso severamente combatido. Todavia, parece importante distinguir entre ganho ponderal excessivo, por acúmulo de gordura, daquele conseqüente à retenção hídrica. É atualmente questionável seja o aumento de peso exagerado, por acúmulo de gordura, fator de toxemia. Entretanto, está provada a vinculação entre o ganho excessivo na gravidez e a obesidade subsequente. Essa é enfermidade séria, relativamente comum, e seus efeitos deletérios, a longo prazo, para a saúde, são inegáveis.
O acompanhamento da grávida obesa enseja considerações maiores. O tratamento do distúrbio poderá ser postergado para depois do parto, mas não se consentirá seja agravado com a liberação da dieta.
Assis, mesmo que a paciente, por exemplo, no 2º trimestre, já tenha atingido os 10 a 12 kg, pode-se permitir ganho modesto de 0,3kg/semana até o termo. Lembre-se que a restrição calórica acentuada, mesmo com ingestão adequada de proteínas, determina catabolismo protéico para produção de energia, prejudicando o crescimento tecidual e as necessidades fetais. Quando a ingestão materna de alimentos está reduzida a menos de 1.500 kcal, as reservas de gorduras estão mobilizadas, podendo ocorrer cetose e cetonúria, com repercussões danosas ao desenvolvimento intelectual do nascituro.
Em grupo de grávidas, com obesidade acentuada (mas de 50% de seu peso ideal), está aumentada a incidência de complicações hipertensivas, pré-eclampsia leve, diabete gestacional, infecção de parede pós-cesárea e da episiotomia, macrossomia (concepto acima de 4,0 kg).
1.4. OS PEQUENOS DISTÚRBIOS DA GRAVIDEZ E O SEU TRATAMENTO
Durante a gestação acontecem pequenos distúrbios decorrentes de modificações fisiológicas do organismo materno. Grande parte deles não necessita de tratamento, apenas esclarecimento à paciente, habitualmente incapaz de lhes compreender a ausência de gravidade.
Náuseas. Em torno da metade das paciente queixa-se de náuseas, ocasionalmente vômitos, mais assíduas pela manhã, nas primeiras 12 semanas de gestação. Apenas 5% desses casos envolvem forma grave (hiperêmese gravídica); os restantes curam-se até espontaneamente, iniciado o 2º trimestre. Vários fatores etiológicos estão em jogo: hormonais, atonia gástrica, refluxo gastresofagiano, psicogênicos etc. São aconselháveis algumas medidas terapêuticas.
1. Dieta. A alimentação deve ser freqüente mas em pequena quantidade (6 vezes ao dia), porque a náusea é comum estando o estômago vazio. Preferir alimentos secos (pão, torradas, bolachas) e ricos em carboidratos, mais bem tolerados. Eliminar as frituras e quaisquer alimentos para os quais a paciente tenha aversão. Encorajar a ingestão de água e de outros líquidos para evitar a desidratação e a acidose, elementos que predispõem à náusea.
2. Medicamentos. Está liberada, para o uso na gravidez, a associação diciclomina, piridoxina, antieméticos de boa efetividade.
Sialorréia ou ptialismo. A salivação excessiva, no início da gravidez, pode ser molesta, especialmente quando associada a náusea. O malogro terapêutico é regra, conquanto possam ser tentados colinérgicos, sedativos ou tranqüilizantes.
Pirose. Queixa comum nas últimas semanas de gestação e conseqüente ao refluxo estomacal para o esôfago (atonia gástrica) e à pressão do útero grávido sobre o estômago, determinando certo grau de hérnia de hiato. O tratamento é feito com antiácidos (não utilizar bicarbonato de sódio), refeições ligeiras, freqüentes, e dormir com a cabeceira da cama levantada.
Constipação. Distúrbio trivial da gravidez, decorre da diminuição da motilidade intestinal pela ação dos hormônios esteróides e pressão com deslocamento dos intestinos, pelo útero cheio. Terapêutica:
1. Dieta. Alimentos que formam resíduo (legumes e vegetais folhosos, substâncias ricas em fibras, frutas cítricas, ameixa, mamão) e ingestão liberal de água.
2. Medicamentos. De preferência utilizar fármacos com a propriedade de absorver fluido da luz intestinal, aumentando o volume das fezes, amolecendo a sua consistência e incrementando a motilidade intestinal. Nos casos mais rebeldes, prescrever laxativos moderados, óleos minerais, ou o supositório de glicerina.
Hemorróidas. Tendem a se agravar na prenhez e no pós-parto, à conta da constipação e pelos esforços expulsivos da parturição. A maioria contra-indica o tratamento esclerosante e cirúrgico na gestação, parecendo úteis supositórios e pomadas adequadas.
Edema. Na avaliação do edema na gravidez é importante diferenciar os de tipo generalizado do gravitacional. O edema gravitacional está limitado aos tornozelos e decorre do aumento de pressão nos capilares dos membros inferiores. Quando cessa a pressão na veia cava inferior pelo útero grávido, ao tomar a paciente, por exemplo, o decúbito lateral, o edema cede, como habitualmente ocorre à noite. Não tem qualquer conotação com o acúmulo de sódio e de água e está destituído de importância clínica.
Edema generalizado, que se anuncia pelo subitâneo aumento de peso, engrossamento de dedos, face vultosa, e deposição de água na metade superior do corpo, é visto em 25 a 30% das gestantes. Apenas 8% das primíparas, e talvez cifra menor de multíparas, tem esse tipo de edema acompanhado de hipertensão e proteinúria, configurando estado patológico específico de gravidez, a toxemia gravídica.
É por causa dessa associação, embora nada prove a relação de causas e efeitos, que a prática obstétrica generaliza o uso indiscriminado de diuréticos e impõe a dieta hipossódica.
Parece que o edema do tipo generalizado, na ausência de hipertensão e proteinúria, representa simples exagero do processo fisiológico de retenção de sódio, agravado pela queda de pressão oncótica plasmática, decorrente da relativa hipoalbuminemia gravídica.
O problema clínico, todavia, não é singelo: conquanto a maioria das grávidas com edema generalizado não apresente toxemia hipertensiva, ele representa o sinal mais precoce da afecção.
Em que pese a medicação diurética seja efetiva na eliminação do edema, o seu uso deve ser prudente. Algum grau de retenção sódica é usual na gravidez e a principal indicação para seu tratamento seria o alívio sintomático. As complicações da utilização de tiazidas não são pequenas: hiponatremia, hipocalemia, trombocitopenia, discreto efeito diabetogênico, pancreatite aguda hemorrágica, distúrbios hidreletrolíticos no concepto.
Varicosidades. Constituem complicação mais correntia nas multíparas e decorrem da fraqueza congênita da paredes musculares das veias, aumento da pressão venosa nos membros inferiores, inatividade e mau tono muscular. Embora possam ser assintomática, as varicosidades dos membros inferiores determinam, comumente, dor, edema, ulceração, e graves complicações como tromboflebite e flebotrombose. As varizes vulvovaginais, por vez, sangram profusamente no parto, obrigando à utilização da operação cesariana. O tratamento esclerosante o e cirúrgico estão contra indicados na gravidez. Eis as medidas paliativas:
1. evitar o ortostastismo prolongado e sempre que a paciente se sentar ou deitar, deve-se suspender as pernas acima do nível do corpo.
2. Meias elásticas, preferência para as de algodão, mais frescas que de fios sintéticos. Dever ser colocadas com as pernas elevadas, após o esvaziamento das veias por alguns minutos. São utilizadas durante o período de deambulação, conquanto possam ser retiradas por 30 minutos, diversas vezes ao dia durante o descanso.
Cãimbras. Incidem, principalmente nos últimos meses da gestação, nos músculos da panturrilha, esteja a paciente dormindo ou apenas deitada. O fator desencadeante é o estiramento subitâneo da musculatura das pernas. Aventa-se, para a etiologia, níveis reduzidos de cálcio e elevados de fósfaro. A fadiga das extremidades é outra causa importante. Constituem medidas pertinentes eliminar o excesso de fósforo, reduzindo a sua absorção com o hidróxido de alumínio, administrado por via oral e ingestão
de sais de cálcio, isentos de fósforo, carbonato e lactogliconato de cálcio 2/dia.
Sintomas urinários. A freqüência e a urgência são habituais no início e no final da gestação. A pressão exercida pelo útero gestante, em anteflexão exagerada, sobre a bexiga, no 1º trimestre, ou o contato da apresentação fetal, nas duas últimas semanas de gravidez, são os fatores arrolados. Se a sintomatologia é molesta, pode estar indicado a medicação sintomática.
Tonteiras e vertigens. A instabilidade vasimotora, de regra associada a hipotensão ortostática, determina insuficiência sangüínea cerebral transitória em virtude do acúmulo de sangue nas pernas, nos territórios esplâncnicos e pélvico. Outro fator sinalado é a tendência hipoglicemizante no intervalo das refeições. Não esquecer que a síndrome de hipotensão supina ocorre no último trimestre de gestação, tem mecanismo diverso.
Fadiga. Está a grávida predisposta a fadiga no último trimestre, em conseqüência das alterações da postura e do aumento do peso. A anemia deve ser afastada. Períodos freqüentes de repouso são recomendados.
Síndrome dolorosa. Pode ser abdominal baixa, ou lombossacra. A primeira é descrita como sensação de peso no baixo ventre , na prega inguinal, em virtude da pressão do útero grávido nas estrutura pelvinas de sustentação e na parede abdominal, tensão dos ligamentos redondos, relaxamento das articulações da bacia, contrações uterinas, além de gazes, distensão e cólicas intestinais. O segundo tipo é muito comum no último trimestre. Tem origem na embibeção das articulações sacro-ilíacas, ma fadiga, espasmo muscular decorrente de alterações posturais, ventre pêndulo. Repouso no leito, cintas e analgésicos atenuam fenômenos dolorosos.
Leucorréia. É comum o aumento do conteúdo vaginal durante a gestação (produção acrescida de muco cervical, maior descamação de epitélio e transudação elevada do incremento da vascularização). É o corrimento branco, leitoso e não produz irritação, em condições normais. Em face das modificações da acidez vaginal ocorridas na gravidez, é muito freqüente a inflamação por monília. O tratamento faz-se com nistadina local, por 3 semanas. Quase sempre há recorrência, obrigando a renovar a medicação ou utiliza-la, mais espaçadamente, por toda a gestação. A monilíase vaginal determina o “sapinho” do recém-nascido. Há possibilidade ainda de tricomoníase e colpite por Memophilus vagunalis. Na tricomoníase está contra-indicado o uso do metronidazol, por via oral, conquanto outros fármacos, ou o próprio metronidazol, possam ser utilizados, localmente, ultrapassando o 1º trimestre. Na vaginite bacteriana utilizar a ampicilina por via oral ou as sulfas e o metronidazol locais.
1.5. EFEITOS NO CONCEPTO DE MEDICAMENTOS ADMINISTRADOS À MÃE
Recomenda-se a prudência evitar qualquer medicação durante a gravidez, especialmente no 1º trimestre, a menos que haja indicação imperiosa para a sua administração. Excetuam-se, evidentemente, o ácido fólico e o ferro, a partir do 2º trimestre.
1.6. ASPECTOS EMOCIONAIS DA GRAVIDEZ E PREPARAÇÃO PARA O PARTO
É inegável deva o obstetra e a equipe de enfermagem, durante a assistência pré-natal, inteirar-se dos conflitos emocionais da grávida, pelo geral exacerbados durante a gestação. Ouvir, explicar, aconselhar, apoiar, eis que exige da equipe no relacionamento com sua paciente.
O planejamento e a aceitação da gravidez pela mulher, demais de sua ajustada estrutura psíquica, são elementos a nortear o curso tranqüilo da gestação. As paciente imaturas não se adaptam ao novo estado, exibindo episódios agudos de ansiedade e de depressão, assim como sintomas psicossomáticos (náuseas, vômitos, hiperêmese...), que se constituem nos fatores mais importantes a indicar o abortamento terapêutico, para preservar a saúde mental, naqueles países em que interrupção da gravidez tem amparo legal.
No final da gravidez predominam as ansiedades relacionadas à possibilidade de deformidade do concepto, às dores de parto e à própria morte da gestante.
A preparação psicofísica para o parto é método de educação psíquica que visa manter a gestante em equilíbrio emocional, atenuando as dores da parturição e disciplinando-lhe o comportamento quando deflagrado o trabalho “parto sem dor”, persistem ainda entusiasmadas desse método. Embora os resultados dependam essencialmente da estrutura psíquica da paciente, parece não haver inconvenientes na preparação psíquica da paciente, aprece não haver convenientes na preparação psicofísica ao parto. Há-de salientar-se, todavia, numa época em que as mulheres sofrem do que já se rotulou “partofobia”, quão difícil será convencê-las a parir pelas vias naturais sem o auxílio de fármacos analgésicos ou anestésicos.
1.7. EXAMES COMPLEMENTARES FEITOS DURANTE O PRÉ NATAL
Cardio Doppler Fluxometria - estuda a velocidade do fluxo sanguíneo nas vasos durante todo o ciclo cardíaco. Em obstetrícia se presta avaliar a vitalidade da gestação inicial a artéria uterina e, pela observação do fluxo nos vasos da economia do concepto, a saúde fetal. Seus resultados são mostrados em formar se razões, quais sejam: índice de pulsatilidade, índice de resistência, relação sístole-diástole.
Doppler Fetal – como regra, qualquer vaso da economia fetal é possível de ser examinado pelo doppler. De valor assegurado para avaliação da insuficiência placentária e das alterações hemodinâmicas do concepto impostas pela hipóxia, a centralização do fluxo fetal, encontramos o estudo fluxométrico da artérias umbilicais e cerebral média.
Ultra-sonografia - apresenta um dos maiores avanços assistidos pela obstetrícia na últimas décadas. Método não invasivo, isento de contra indicações para a mãe e para o feto, é hoje parte fundamental do arsenal propedêutico da gestação e do exame de indicação rotineira, na assistência à gravidez de baixo risco e obrigatória na de alto risco. Entre suas principais indicações podem ser incluídos a determinação da idade gestacional, o acompanhamento do crescimento fetal, feto e seus anexos, a estimativa do volume de líquido amniótico invasivos intra-uterinos.
Perfil Biofísico – método que se presta para avaliar a vitalidade do concepto e agrupa marcadores de hipóxia fetal, ultra-sonografia e cardiotógraficos, a saber: cardiotocografia basal ou estimulada, volume de líquido amniótico, movimentos respiratórios do feto, tono fetal.
Cardiotocografia - se presta a avaliar a vitalidade do concepto (oxigenação) e consiste no registro gráfico simultâneo da freqüência cardíaca fetal, dos seus movimentos e das contrações uterinas. É chamada estimulada quando, através de um agente externo, o examinador “agride” o feto. É basal quando o exame transcorre sem interferência do examinador.
Exame Especular – através dele verificam-se as características das paredes vaginais e do colo uterino, bem como a presença de mácula rubra ou pólipos cervicais que, muitas vezes, são causa de sangramentos na gestação. Deve-se observar as características da secreção vaginal. A presença de líquido amarelo bolhoso, e fétido é sugestiva da tricomoníase, enquanto que secreção pastosa branca, espessa e em placa é sugestiva da candidíase. Ambas deve ser tratadas adequadamente. Moderada quantidade de secreção mucóide e esbranquiçada é normal. A citologia para exame oncótico deve ser colhida no pré-natal quando a gestante não tenha feito recentemente. Qualquer lesão cervical, vaginal ou vulvar suspeitas devem surgerir colposcopia e biópsia se indicadas.
Toque – avalia a posição do colo uterino, suas características, sugerindo o estado gravídico, no início da gestação, e através do toque combinado, avaliar-se a proximidade ou não do trabalho de parto, vem como confirmar a apresentação e a integridade das membranas ovulares.
Alfa Fetoproteína Cérica Materna – são analisados com 16 a 18 semanas para identificar certos defeitos congênitos e anormalidades cromossômiais durante a gestação.
Os níveis elevados de Afp associam à defeitos do tubo neural, imunizador por Rh, gestação múltipla, diabetes mellitus materno e disfunção fetoplacentária.
Os níveis diminuídos estão associados à síndrome de dowm. O acompanhamento para níveis anormais, altos ou reduzidos, inclui o exame de ultra-sonografia e amniosentese.
Vitaminas
INTRODUÇÃO
VITAMINA (do latin “Vita”, vida + elemento composto amina, porque Casimir Funk, ao criar o termo, em 1911, descobrindo a primeira vitamina - vitamina B1- identificou-a como uma amina imprescindível para a vida). Desde as experiências fundamentais de Lavoisier, no século XVIII, até os estudos de Funk, um período de hipóteses, de investigações experimentais e observações clínicas imperou, por etapas, até chegar-se ao ano de 1920, encerrando-se, assim o que poderia denominar o primeiro ciclo das investigações vitaminológicas. No período de 1920 a 1940 estudos, de maneira incrementada, possibilitou a identificação da causa de diversas doenças, hoje reconhecidas como carências e a descoberta de novos fatores vitamínicos tais como a distinção entre as vitaminas A e D, a natureza nutricional e a vitaminótica da pelagra, a função nutritiva da riboflavina, as diversas funções da tiamina, a descoberta do ácido ascórbico, da biotina, da vitamina K, do ácido fólico, o isolamento da vitamina E, da vitamina B12 e a constatação que, sob a denominação genérica de vitamina B, estavam grupados diversos fatores vitamínicos de estrutura e funções diferentes que compunham o chamado "complexo B”. Nesse período foram tentadas com sucesso as primeiras sínteses vitamínicas e sobre maneira enriquecido o patrimônio vitaminológico com o estabelecimento de sua importância na nutrição, suas fontes alimentares, suas funções fisiológicas e seu emprego em diversas afecções em que elas se mostram, em muitos casos, eficazes.
Segundo os Anais do III Congresso Internacional de Vitaminologia, realizado em 1953 em Milão, na Itália, "as vitaminas são substâncias orgânicas especiais, que procedem freqüentemente como coenzimas, ativando numerosas enzimas importantes para o metabolismo dos seres vivos. São reproduzidas nas estruturas celulares das plantas e por alguns organismos unicelulares. Os metazoários não as produzem e as obtêm através da alimentação. São indispensáveis ao bom funcionamento orgânico. Agem em quantidades mínimas e se distinguem das demais substâncias orgânicas porque não constituem uma fonte de energia nem desempenham função estrutural". A deficiência de alguma ou algumas vitaminas no organismo desencadeia distúrbios que são conhecidos como avitaminoses ou doenças de carência, como por exemplo, o escorbuto, o beribéri, o raquitismo etc., algumas são encontradas na natureza sob uma forma inativa, precursora da vitamina propriamente dita, denominada provitamina.
As vitaminas são classificadas pela sua ação biológica e em termos de suas características físico-químicas em:
Hidrossolúveis: tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, ácido pantotênico, ácido fólico, cobalamina, biotina, ácido ascórbico, inositol, paba, vitaminas P, F, B15.
Lipossolúveis: vitamina A, D, E e K.
1 VITAMINA A
Sinonímia: aneroftol ou retinol
1.1 FUNÇÃO
A vitamina A exerce numerosas funções importantes no organismo, como ação protetora na pele e mucosas e papel essencial na função da retina da capacidade funcional dos órgãos de reprodução. Confere elementos de defesa contra as infecções, preside ao crescimento alimentar dos tecidos dando-lhes resistência às enfermidades, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial. Contribui para o desenvolvimento normal dos dentes e a conservação do esmalte e bom estado dos cabelos. Protege a área respiratória, é essencial na gravidez e lactação, importante para assimilação das gorduras, para a glândula tireóide, fígado e supra-renais, protege a vitamina C contra oxidações, favorecendo a sua assimilação pelo organismo. Trabalha em conjunto com as vitaminas B, D e E, cálcio, fósforo e zinco. Ajuda no funcionamento adequado do sistema imunológico. Ajuda eliminar as manchas senis. Colabora no tratamento de muitos problemas visuais, é antixeroftálmica, ajuda no desenvolvimento ósseo, anticancerígeno.
1.2 CLASSIFICAÇÃO
Termoestável (resiste ao calor até 100ºC), lipossolúvel (solúvel nas gorduras), hidroinssolúvel (não solúvel na água).
1.3 METABOLISMO
A absorção da vitamina A diz respeito à vitamina preformada, do ácido retinóico e do beta caroteno ou outros carotenóides. Após administração, a absorção é realizada similarmente a das gorduras, e na presença de anormalidades da absorção das gorduras, a absorção do retinol sofre redução. A absorção é quase integral é quase integral em condições de normalidade do aparelho gastrintestinal, sendo a absorção do retinol e de seu ésteres mais completa em jejum, se forem administrados sob forma de soluções aquosas. O retinol é formado pela hidrólise dos ésteres do retinil no intestino, sofre rápida absorção, sendo que no caso de sua ingestão em alto teor, certa quantidade é eliminada pelas fezes.
Os ésteres de retinil sofrem hidrólise no lúmen intestinal por enzimas pancreáticas dentro da borda de escova da célula intestinal antes da absorção, seguindo por reesterificação, principalmente para o palmitato. Quantidades apreciáveis de retinol também são absorvidas diretamente na circulação.
O armazenamento da vitamina A é feito em forma de ésteres de retinil, e após divisão hidrolítica dos ésteres o fígado libera continuamente retinol livre na circulação sangüínea deste modo mantendo uma constante concentração de sua forma ativa na circulação. O transporte do retinol no sangue é realizado em grande parte por um veículo, o RBP 9 (retinol ligado a uma proteína, alfaglobulina).
Metabolicamente o retinol sofre conjugação com ácido glicurônico, entrando assim na circulação êntero-hepática, sofrendo oxidação em retinol e ácido retinóico.
A administração de pequenas quantidades de vitamina, aumenta o armazenamento do retinol nos tecidos. A concentração sangüínea não é um guia recomendável para um estudo individual da vitamina A, mas valores baixos de retinol sangüíneo significam que o armazenamento hepático da vitamina pode ser esgotado. A concentração do RBP no plasma é decisiva para a regulação do retinol no plasma e seu transporte para os tecidos.
A excreção de produtos identificados até o momento inclui o ácido retinóico livre e glucoronatado, ambos como ácido oxorretinóico. O retinol não é fixado na urina e sob forma inalterada é excretado somente em casos de nefrite crônica. Quando altas doses de vitamina A são administradas é que certa proporção sofre excreção sob forma inalterada nas fezes.
1.4 DEFICIÊNCIA
Hemeralopia (cegueira noturna), distúrbios oftálmicos (xeroftalmia, querotomalácia, dificuldade de adaptação visual, fotofobia), distúrbios na visão crepuscular, pele seca e escamosa, distúrbios cutâneos (ictiose, doença de Darier, frinoderma), cabelos duros, sem brilho e ásperos, enfraquecimento dos dentes e inflamação das gengivas, falta de resistência às infecções das vias respiratórias e aos cálculos renais, perturbações no crescimento do individuo. Perda de peso.
1.5 EXCESSO
Quantidades grandes de vitamina A são tóxicas. Os sintomas da intoxicação por vitamina A incluem dor e fragilidade óssea, dermatite escamativa, hepatoesplenomegalia, diarréia e função hepática anormal. Hidrocefalia e vômitos em crianças, unhas frágeis, perda de cabelo, gengivite, anorexia, irritabilidade, fadiga, oscite e hipertensão.
1.6 FONTES
Manteiga, leite, gema de ovo, fígado, espinafre, chicória, tomate, mamão, batata, cará, abóbora, cenoura, salsa, pimentão vermelho, tangerina, manga, goiaba vermelha, brócolos, alface, pêssego, nabo, caqui, couve-manteiga, dente-de-leão, nirá, mostarda, vagem, milho, abobrinha, alcachofra, alho, repolho, pepino, ervilha seca e fresca, fava, cebola, cebolinha, aspargo, amendoim, beterraba, broto de bambu, batata-doce branca, roxa e amarela, lentilha, melão, melancia, maçã, morango, banana, caranguejo, ova de peixe, carne de frango. óleo de fígado de peixe, rim, óleo de dendê, couve.
2 VITAMINA B1
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: tiamina, aneurismas
2.1 FUNÇÃO
Tem efeito antineurítico e sua ação é antiberibérica. É indispensável a saúde do sistema nervoso, dos músculos e do coração. E como fator de crescimento normal, da regularidade do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. (transforma carboidratos em energia), e da manutenção do apetite. Favorece a absorção de oxigênio pelo cérebro. Faz respiração tecidual. Melhora a atitude e o raciocínio. Útil na digestão.
2.2 CLASSIFICAÇÃO
Termolábil e hidrossolúvel.
2.3 METABOLISMO
A tiamina é absorvida principalmente na parte superior do duodeno e um aumento significativo da concentração tiamínica é observado na secção distal do intestino somente após ingestão de grandes doses. Depois de absorvida, a tiamina, através da mucosa intestinal, é transportada para o fígado, por meio da circulação portal e, dessa forma, parte da vitamina aí encontra retorna ao lúmen intestinal com a bile, em um ponto bem distante do local de absorção máxima. Na sua quase totalidade , a tiamina é introduzida com os alimentos, em partes sob sua forma livre (especialmente os alimentos de origem animal), e mais freqüente, sob forma de pirofosfato.
A tiamina absorvida pelo intestino delgado sofre fosforilação na mucosa intestinal, sendo absorvida sob essa forma. Quando da administração oral de doses elevadas, alguma tiamina pode ser secretada pela mucosa intestinal dentro do lúmen, aparecendo nas fezes sob forma de tiamina não absorvida.
Já nos alcoólatras parece existir uma deficiência de absorção de tiamina que provavelmente em grande parte é responsável pela incidência de déficit tiamínico observado nesses indivíduos.
A tiamina é encontrada nas células como monofosfato ou pirofosfato e distribuída em todos os tecidos e as mais altas concentrações encontram-se no fígado, cérebro, rim e coração.
2.4 DEFICIÊNCIA
Produz béri-béri, (insuficiência cardíaca e manifestações nervosas). Em geral o béri-béri ocorre em indivíduos com dieta rica em glicídeos e baixa em tiamina. Também causa Síndrome de Wernicke – Korsakoff, perda de peso, nervosismo, fraqueza muscular; distúrbios cardiovasculares e gastrointestinais, confusão mental, depressão, letargia, instabilidade emocional, irritabilidade.
2.5 EXCESSO
As vitaminas hidrossolúveis não são tóxicas e as quantidades armazenadas no corpo são normalmente pequenas. Quando ingeridas em excesso em relação a necessidade corporal, elas são facilmente excretadas na urina e, assim devem ser continuamente supridas na dieta.
2.6 FONTES
Carne de porco, cereais integrais e legumes são fontes mais ricas de tiamina. Nozes, lentilha, soja, gema de ovo, fígado, coração, presunto, levedo de cerveja. As camadas externas dos grãos são particularmente ricas em tiamina. Assim, a farinha de trigo integral é uma boa fonte da vitamina, enquanto o pão branco, preparando a partir do grão moído é pobre em tiamina. Leite, verduras, rabanete, batata-doce, espinafre, maçã, damasco, ameixa, banana. Cozimento álcool, cafeína e antiácidos destroem a vitamina B1.
3 VITAMINA B2
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: riboflavina, lactoflavina, ovoflavina
3.1 FUNÇÃO
Tem a função de coenzima de sistemas que intervêm nas oxidações celulares. Exerce ação promotora do crescimento. Atua na regeneração sangüínea, no fígado, no trabalho cardíaco e no aparelho ocular. Conserva os tecidos. Proteção de corticosteróides, gliconeogenese e atividade reguladora das enzimas tiroídeas. Ajuda cicatrizar feridas na boca, lábios e língua. Metaboliza carboidratos, as gorduras e as proteínas. Ajuda o organismo a aproveitar oxigênio e é importante na formação de anticorpos.
3.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel.
3.3 METABOLISMO
A Riboflavina e FMN são rapidamente absorvidas no trato gastrintestinal através de mecanismo de transporte específico que envolve a fosforilação da riboflavina em FMN, realizando-se a conversão intestinal em outros locais pela Flavoquinase, sendo que a reação sensível ao hormônio tireoidiano e inibida pela dorpromazina e pelos depressores tricíclicos.
A riboflavina é distribuída por todos os tecidos e armazenada em pequenas quantidades e fixada sob forma de flavoproteínas. No globo ocular são encontrados altos teores na lente e na córnea.
Quando a riboflavina é ingerida em teores iguais às necessidades diárias, a excreção urinária atinge cerca de 9% da quantidade ingerida, processando-se a eliminação sob forma de riboflavina livre e parte como FMN. Alguns metabólicos são também excretados não sendo mais biologicamente ativos.
Ela acha-se presente nas fezes, representando provavelmente vitamina sintetizada para microorganismos intestinais desde que a soma total pelas fezes exceda a quantidade ingerida. Este processo não evidencia que a riboflavina sintetizada pelas bactérias no cólon possa ser absorvida.
3.4 DEFICIÊNCIA
Causa dermatite seborréica, perda de apetite, pelagra, queilose (fissuras nos cantos da boca), glossite (língua com aspecto liso e avermelhado), fotofobia, ardência nos olhos, diminuição da visão, retardo no crescimento, catarata, perturbações digestivas. Estomatite angular, lacrijamento, queimação e coceira nos olhos. Síndrome urogenital, distúrbios cutâneos e mucosos.
3.5 EXCESSO
Não são tóxicas e as quantidades armazenadas no corpo são normalmente pequenas. Quando ingeridas em excesso em relação à necessidade corporal, elas são facilmente excretadas na urina e, assim devem ser continuamente supridas na dieta.
3.6 FONTES
Leite, ovos, fígado, coração, músculo de boi e aves, e vegetais de folhas verdes, rim, levedura de cerveja, espinafre, beringela, mandioca, cará, feijões, ervilhas, soja, lentilha, amendoim, grão-de-bico, cereais (trigo, arroz). Pêssego, pêra, ameixa, damasco, amêndoa.
É facilmente destruída pelo componente ultravioleta da luz solar.
4 VITAMINA B3
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: PP, Niacina, ácido nicotínico, nicotinamida
4.1 FUNÇÃO
Participa nos mecanismos de oxidação celular, intervém no aproveitamento normal dos prótides pelo organismo, influência o metabolismo do enxofre, tem sido usado como agente farmacológico para diminuir o colesterol do plasma. Possibilita o metabolismo das gorduras e carboidratos. Componente de coenzimas relacionadas às enzimas respiratórias e vasodilatadoras. Reduz triglicerídeos, antipelagra. Ajuda a prevenir e aliviar a dor de cabeça provocada por enxaqueca. Estimula a circulação e reduz a pressão sangüínea alta. Importante nas funções cerebrais e revitalização da pele, também na manutenção do sistema nervoso e do aparelho digestivo.
4.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrosolúvel.
4.3 METABOLISMO
É completamente absorvido em todos os segmentos do trato intestinal e após administração terapêutica de doses maciças de nicotinamida apenas traços de nicotinamida inalterada são encontrados na urina e somente após a administração de doses extremamente altas é que a nicotinamida inalterada é o principal produto de excreção. Quanto ao armazenamento, pouco se conhece sua extensão no organismo, acreditando-se que ela faça principalmente no fígado.
4.4 DEFICIÊNCIA
Causa aparecimento da pelagra, perturbações digestivas, nervosas e mentais. Fraqueza muscular, anorexia, estomatite angular, língua vermelha, lesões dermatológicas.
4.5 EXCESSO
Causa formigamento e enrubecimnto da pele, sensação de latejamento na cabeça.
4.6 FONTES
Abóbora moranga, fígado, rim, coração, carnes, ovo, peixes, amendoim cru ou com a película, pimentão doce, cereais integrais, trigo (germe), trigo integral, levedo de cerveja em pó, feijão preto cru, castanha do Pará.
5 VITAMINA B5
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: Pantotenato, ácido pantotênico.
5.1 FUNÇÃO
Auxilia o metabolismo em geral. O Pantenol, forma alcoólica ativa do ácido pantotênico do grupo da coenzima A, e uma substância que apresenta papel dos mais importantes na regulação dos processos de suprimento de energia. Ele acha-se fixado em cada célula viva e, por conseguinte, promovendo o desenvolvimento, função e reprodução dos tecidos endoteliais e epiteliais. Combate as infecções produzindo anticorpos. Evita a fadiga, reduz os efeitos adversos e tóxicos de muitos antibióticos. A glândula supra renal e o sistema nervoso dependem dele. Auxilia na construção da célula e manutenção normal do crescimento. Útil no controle do stress físico e mental.
A coenzima A apresenta também importância no metabolismo pela liberação de energia dos glicídios, lipídios e proteínas e também na síntese de aminoácidos, ácidos graxos, esteróis e hormônios esteróides, assim como elemento essencial para a formação da porfirina, porção pigmentar da molécula da hemoglobina.
5.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel
5.3 METABOLISMO
O ácido pantogênico administrado pela via oral é completamente absorvido no intestino delgado, e em pequena extensão aparentemente também no estômago, sendo inicialmente convertido em forma livre por subdivisão enzimática. O próprio processo de absorção á aparentemente baseado na difusão passiva, sendo o mesmo processo para a absorção do pantenol que é oxidado em óxido pantogênico no organismo.
Considerando a entrada e a excreção iguais, pode-se assinalar que o ácido pantotênico não é degradado no organismo, atingindo a excreção urinária cerca de 60 a 70% da quantidade administrada oralmente, sendo o restante excretado pelas fezes.
O ácido pantogênico é sintetizado no intestino grosso pela flora intestinal.desde que o ácido pantotênico acha-se fixado em todas as células, as necessidades são fornecidas pelas quantidades normais de todos os alimentos.
5.4 DEFICIÊNCIA
Manifesta-se por degeneração muscular, deficiência adrenocortical e hemorragia, dermatite, queratite, parada do crescimento e morte nos animais. No homem, a sua deficiência não tem sido reconhecida com uma dieta comum, presumivelmente por causa da grande ocorrência da vitamina nos alimentos comuns. No homem, apenas a denominada síndrome “ardor nos pés”, caracterizada por formigamento nos pés e parestesias, hiperestesias, e distúrbios circulatórios nas pernas, supõe-se estar ligados à deficiência de ácido pantotênico. Causa fadiga, fraqueza muscular, perturbações nervosas, anorexia, diminuição da pressão sangüínea. Distúrbios cutâneos.
5.5 EXCESSO
Quando ingeridas em excesso, são facilmente excretadas pela urina e, assim devem ser continuamente supridas na dieta.
5.6 FONTES
Fígado, rim, coração, leveduras, ovos, leite, língua de boi, trigo, centeio, farinha de soja, brócolos, batata, cogumelos.
6 VITAMINA B6
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: Piridoxina, Ardemina.
6.1 FUNÇÃO
A vitamina B6 é constituída de três derivados da piridina relacionados: piridoxina, piridoxamina e piridoxal. Permite a assimilação das proteínas e das gorduras. Imunidade celular, liberação de glicogênio hepático e muscular, diurético. Intervém nos processos de crescimento dos tecidos. Antiacrodínica. Reduz os espasmos musculares noturnos, cãibras nas pernas e dormência nas mãos. Ajuda na formação de anticorpos. Promove o equilíbrio do potássio e sódio no organismo.
6.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel, estável aos álcalis e aos ácidos.
6.3 METABOLISMO
As três formas de piridoxina são rapidamente absorvidas pelo intestino, sendo o piridoxol oxidado ou aminado em piridoxamina no organismo, essa transformação é procedida por fosforilação realizada pela enzima piridoxal-alfa-fosfoquinase em piridoxal-5-fosfato (PALP) e aparentemente também em fosfato de piridoxamina, em que o fosfato é esterificado com o álcool em posição 5, do núcleo piridina. O fostato de piridoxamina parece ser, juntamente com o piridoxal, uma forma de armazenamento da piridoxina, pelo fato de ela poder sofrer conversão em PALP por desaminação, através de processo ainda não elucidado, pois na formação do PALP, o piridoxol-5-fosfato é também formado como um produto intermediário, podendo a fosforilação preceder a oxidação na forma de aldeído.
Assinala-se que a absorção do piridoxol normalmente ingerido é muito rápida no intestino, sendo a excreção urinária também rápida. O principal produto de excreção é o ácido-4-piridóxido, que é formado pela ação da aldeído-oxidase hepática em piridoxal livre.
A administração do piridoxol e piridoxamina também resulta em um aumento na excreção do piridoxal no homem, o que indica que ambas substâncias podem ser inicialmente transformadas por via direta ou indireta em piridoxal, que vai ser oxidado em 4-ácido-piridóxido. A concentração sangüínea é de cerca de 6mcg/dl. A medida da excreção urinária do ácido xanturênico depois da carga com L-triptofano tem sido de há muito critério mais antigo e o método simples para o reconhecimento da deficiência piroxínica.
Um método adequado para investigação em série é o da determinação da atividade de glutamato-oxolacetase-transaminase eritrocítica (EGOT) pela técnica da ativação in vitro com PALP, porque em distúrbios do metabolismo da piridoxina a atividade EGOT cai a um estágio relativamente cedo.
6.4 DEFICIÊNCIA
Pode causar diarréia, alterações da pele, depressão, dormência e também pelagra, anormalidades no sistema nervoso central, retardo mental, convulsões, anemia hipocrônica. Dermatite, inflamação da pele e das mucosas. Distúrbios cutâneos e neurológicos.
6.5 EXCESSO
Insônia.
6.6 FONTES
Levedo de cerveja, os cereais integrais, legumes, vegetais verdes, leite, carne de boi, de porco e frango, fígado, batata, banana, gema de ovo, pães integrais, abacate.
7 VITAMINA H
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: vitamina B7, biotina.
7.1 FUNÇÃO
É uma vitamina sintetizada por bactérias. Ela serve como transportador de dióxido de carbono ativado. A deficiência espontânea de erotina ocorre raramente, se ocorrer em seres humanos à necessidade diária é pequena, e os micróbios intestinais sintetizam quantidades suficientes, que podem ser absorvidas sem fontes nutricionais adicionais. A clara de ovo contém uma proteína chamada de avidina, que se liga a biotina muito fortemente (muito ativamente). O cozimento da clara de ovo desnatura a avidina e abole a atividade de ligação à biotina. A biotina tem a capacidade de neutralizar o efeito tóxico da clara de ovo cru, combinando-se neutralizando o efeito da assim chamada avidina, que é uma secreção da mucosa do oviduto da ave. Funciona no metabolismo das proteínas e dos carboidratos. Ajuda no tratamento preventivo da calvície. Acalma as dores musculares. Alivia a eczema e a dermatite. Mantém a pele e sistema circulatório saudáveis. Quebra gorduras e proteínas. Papel importante no crescimento de cabelos. Ajuda no trabalho das outras vitaminas B, antidermático.
7.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúveis.
7.3 METABOLISMO
A biotina ingerida na alimentação é absorvida pelo intestino delgado, sendo logo em seguida encontrada no sangue e nos tecidos. A pele é especialmente rica em biotina. A biotina é eliminada em parte da urina, e em parte pelas fezes. É impossível diferenciar nas fezes a biotina ingerida e a biotina sintetizada pela flora intestinal, sendo que as quantidades excretadas pelas fezes diariamente poderiam representar o dobro ou até o quíntuplo das quantidades ingeridas.
7.4 DEFICIÊNCIA
Depressão, sonolência, dores musculares, anorexia, descamação da pele, distúrbios cutâneos (dermatite esfoliativa). Conjuntivite, lassidão. A síndrome da deficiência expontânea no homem tem sido observada em indivíduos que consumiram claras de ovo cruas durante longo tempo.
7.5 EXCESSO
A biotina é tolerada pelo homem sem efeitos colaterais, mesmo em doses altas.
7.6 FONTES
Fígado e rim de boi, gema de ovo, batata, banana, amendoim.
8 VITAMINA B9
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: folato, ácido fólico
8.1 FUNÇÃO
Metabolismo de compostos de um carbono, sendo essencial para a biossíntese de purinas e da primidina tímica, vital na formação de glóbulos vermelhos (formação e manutenção de eritrócito e leucócito) e conversão de proteínas em energia.
Necessário para o crescimento e divisão celular, recuperação de doenças funcionamento perfeito do trato intestinal. Transmissão de traços hereditários. Aumentam a lactação, pode retratar o embranquecimento dos cabelos se ingerindo junto com a B5 e o PABA. Oferece proteção contra os parasitais intestinais e intoxicação alimentar.
8.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúveis
8.3 METABOLISMO
O ácido fólico é absorvido em sua forma livre como ácido pteroiglutâmico pela parte proximal do intestino delgado, principalmente sob forma da suspensão e pequena parte é absorvida pelo jejuno distal e no íleo distal, pois ali a absorção depende de energia, parecendo que o folato também seja absorvido por difusão, como no caso de grandes doses. A absorção é considerada como o processo ativo. O ácido fólico limitado por causa de resíduos do glutamato terem sido inicialmente clivados pela conjugasse do ácido que se encontra na luz do intestino ou célula epiteliais. A absorção do ácido fólico é limitado, é controlada por um mecanismo desconjugante que, no entanto, pode ser afetado pela ação de inibidores das conjugases existentes nos alimentos, como por exemplo as leveduras.
O folato que vai se ligar à proteína sofre transporte no sangue até as células da medula óssea e reticulócitos, acreditando-se que o metilfolato seja a principal forma do ácido fólico nos tecidos ósseos. A absorção do ácido fólico pode ser alterada diretamente por várias substância como a fenildantoína, primidina barbituratos, cicloserina, glicina, hemocisteína e metionina.
O ácido fólico administrado pela boca aparece no sangue portal inalterado e é convertido em 5-metiletrafolato, principalmente no fígado. Logo que é absorvido e principalmente durante a absorção, o ácido fólico sofre conversão em vários derivados metabolicamente ativos e adutores é o ácido tetrahidrofólico que sob forma de coenzima atua como aceptor e transferidor de uma unidade de carbono.
O armazenamento do ácido fólico processa-se principalemente no fígado, num teor de cerca de 50%. A excreção é feita através da bile e da urina sob forma de folato.
Quando o ácido fólico encontra-se em déficit no organismo é excretado pela urina um produto intermediário, o ácido forminiglutâmico, que pode ser utilizado como teste para determinar o metabolismo do ácido fólico, através de seus níveis de excreção.
8.4 DEFICIÊNCIA
Diminuição do crescimento, anemia megaboblástica e outros distúrbios sangüíneos, distúrbios no trato gastrointestinal, alteração na medula óssea, lesões nas mucosas.
8.5 EXCESSO
Interfere na ação farmacológica de drogas anticonvulsivas.
8.6 FONTES
Espinafre, vegetais e folhas verdes, fígado, carne, levedo de cerveja, leguminosas, cenoura, gema de ovo, banana, melão.
9 VITAMINA B12
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: cianocobalamina, cobalamina ou “vitamina vermelha”
9.1 FUNÇÃO
Fortalecer o sangue e a medula óssea, ajuda a digestão. Metabolismo celular e crescimento. É o mais poderoso elemento antianêmico até hoje conhecido, e a única substância até hoje encontrada, que age favoravelmente sobre as degenerações nervosas decorrentes da anemia perniciosa. Desempenha papel importante como fator de crescimento. Produz melhoria nas condições gerais (apetite, vigor físico etc), colabora na formação dos glóbulos vermelhos e na síntese do ácido nucléico. Antianêmica, antineurítica, proteger o sistema nervoso de nefralgias, alivia a irritabilidade. Melhora a capacidade de concentração e memória. Ajuda na formação do sangue.
Funções bioquímicas: metilmalonil-CoA mutase, 5-metil-THF: homocisteína metil transferase.
9.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúveis
9.3 METABOLISMO
A cianocobalamina é absorvida pelo intestino por meio de 2 mecanismos diferentes, sendo o mais importante, também denominado de absorção ativa, da presença nas secreções gástricas de uma molécula maior ainda que o “fator intrínseco de presença nas secreções gástricas de uma molécula maior ainda que o “fator intrínseco de Castle”, uma mucoproteína e, por essa ligação, forma-se um complexo que experimenta passagem pelo intestino delgado até chegar ao íleo, onde o fator intrínseco se combina com as células epiteliais do íleo, sendo que o cálcio também é necessário para essa transformação. O segundo mecanismo , também chamado passivo, independente do fator intrínseco, é realizado paralelamente por difusão, porém em quantidade muito pequena, sob forma livre. A vitamina B12 presente no organismo e não circulante na corrente sangüínea é armazenada somente no fígado, outros órgão armazenam pequenas quantidade (rins, coração, cérebro). A medula óssea apresenta a mais baixa concentração de vitamina B12 e as hemáceas não a contém. Sua excreção é pequena, sendo feita apenas com a bile.
9.4 DEFICIÊNCIA
Irritabilidade, distúrbios gástricos, depressão nervosa, glossites, distúrbios sangüíneos, dores musculares, anemia megaloblástica e perniciosa.
9.5 EXCESSO
Interfere na ação farmacológica de drogas anticonvulsivas.
9.6 FONTES
Levedo de cerveja, cereais integrais, ovo, leite, fígado, rins, carne, não é encontrada nas plantas, ostra, mariscos, coração, queijo, peixe, lagosta, camarão.
10 INOSITOL
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: mioinositol
10.1 FUNÇÃO
Ajuda na quebra de gorduras e nutre células cerebrais, metaboliza gorduras e colesterol. É importante em alimentar suas pilhas do cérebro, e joga um papel chave na ajuda de metabolizar o colesterol e as gorduras. O colesterol pode ser reduzido com inositol. Junto com a colina da substância, trabalha para impedir a aterosclerose, ou endurecimento das artérias. Parece também ter efeitos benéficos em coração e fígado. Tem função protetora sobre células do fígado e dos rins. Impede o eczema lascando-se na condição da pele e joga um papel vital no crescimento do cabelo. Pode aliviar a insônia e ansiedade. Auxilia na transmissão de impulsos nervosos, melhora a comunicação cerebral, memória e inteligência.
10.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel.
10.3 DEFICIÊNCIA
Eczema.
10.4 FONTES
Fígado, cérebros e coração de carne, grãos inteiros, fermento dos fabricantes de cerveja, vegetais, especialmente feijões lima e repolho secados, amendoins, uva.
11 COLINA
(Faz parte do complexo B)
11.1 FUNÇÃO
Ajuda a baixar o colesterol, é um agente lipotrópico, que previne no acúmulo de gordura, tem função protetora das células do fígado e dos rins. Auxilia na transmissão de impulsos nervosos. Melhora a comunicação cerebral, memória e inteligência.
11.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel.
12 PABA
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: ácido paraminobenzóico
12.1 FUNÇÃO
Estimula o crescimento dos cabelos, contribui para retardar o aparecimento de rugas. Auxilia na restauração da cor natural do cabelo. Ajuda a manter a pele saudável e macia. Importante na quebra de proteínas. Protege o corpo contra raios solares, e um dos fatores que ajudam na formação do ácido fólico.
12.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel.
12.3 FONTES
Carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras, usado nas loções protetoras contra o sol.
13 VITAMINA B15
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: ácido pangânico, N-N dimetil glicina
13.1 FUNÇÃO
Prolonga a vida das células. Rápida recuperação da fadiga. Estimula as respostas imunológicas. Neutraliza o desejo de beber, previne ressacas e protege o fígado da cirrose hepática. Intervém como biocatalisador nos processos de transmetilação, como antianóxico na anoxia histiotóxica.
13.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel
13.3 DEFICIÊNCIA
Não tem sido descritos quadros carenciais.
13.4 EXCESSO
Não tem sido descritos quadros de hiperdosificação.
13.5 FONTES
Sementes de damasco.
14 VITAMINA P
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: bioflavonóides, citrina, rutina.
14.1 FUNÇÃO
Atuam de forma sinergística com a vitamina C para proteger e preservar os vasos capilares, evitando o aparecimento de microvarizes. Antifragilidade capilar. São escassos os dados de que os bioflavonóides apresentem função fisiológica ou que possam ser classificados como vitaminas.
14.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel.
14.3 METABOLISMO
Após administração de rutina na dieta dos homens, o ácido homovanílico, o ácido 3,4-diidrofenilacético e o ácido 3-hidroxifenilacético têm sido encontrados na urina.
14.4 DEFICIÊNCIA
Distúrbios capilares.
14.5 FONTES
Vegetais folhosos, frutas, uvas.
15 VITAMINA F
(Faz parte do complexo B)
Sinonímia: ácido linoléico, linolênico.
15.1 FUNÇÃO
Usados no tratamento do eczema.
15.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel.
15.3 DEFICIÊNCIA
Distúrbios cutâneos.
15.4 FONTES
Óleos vegetais, sementes (linho, girassol, soja).
16 VITAMINA C
Sinonímia: Ascorbato, Ácido ascórbico
16.1 FUNÇÃO
Antiescorbútica, previne o escorbuto, facilita a circulação sangüínea, favorece a boa dentição, forma tecido osteóide, auxilia na defesa contra infecções, aumenta a resistência a infecções, protege o sistema vascular, principalmente os capilares, colabora com o ferro na formação da hemoglobina, ajuda na absorção do ferro, auxilia a função glandular, sobretudo na supra-renal, contribui para o desenvolvimento dos ossos, tem papel significativo no tecido conjuntivo, favorece a cicatrização das feridas, queimaduras e gengivas que sangram, proteção e manutenção do colágeno (integridade celular). Antioxidante e anticâncer, fortalece o sistema imunológico.
16.2 CLASSIFICAÇÃO
Hidrossolúvel e termolábil.
16.3 METABOLISMO
O ácido ascórbico administrado oralmente em altas doses é absorvido na parte superior do intestino delgado, passando para a corrente circulatória e distribuindo-se pelos tecidos em quantidades variáveis, em certas condições, como na diarréia, sua absorção pode ser limitada assim como na esteatorréia, úlcera péptica ou na resserção gátrica.
No sangue, o ácido ascórbico acha-se em maior proporção nos leucócitos, e em muitos casos a sua concentração média pode atingir cerca de 50% de seu valor normal.
No que respeita a sua absorção, o ácido ascórbico é absorvido em quantidades apreciáveis somente no intestino delgado e que o nível de absorção na parte distal é de apenas a metade da secção proximal. Aventa-se que a possível causa dessa diferença resida em uma menor densidade dos elementos de absorção na secção distal assim com uma redução do lúmen intestinal, o que proporcionaria uma redução da área da superfície de absorção devida a uma redução do líquido contido na porção distal do intestino delgado.
As mais altas concentrações encontram-se no córtex supra renal e na hipófise e em menor teor nos músculos e tecido adiposo.
Os principais metabólitos de ácido ascórbico excretados na urina, além do ácido ascórbico inalterado, são o ácido diidroascórbico, o ácido oxálico é o ácido 2,3-dicetogulônico, sendo que seus teores na urina acham-se relacionados com as espécies animais e também com o teor de ácido ascórbico administrado.
16.4 DEFICIÊNCIA
Escorbuto, problemas nas gengivas e na pele, muitos dos sintomas da deficiência podem ser explicados por uma deficiência da hidroxilação do colágeno, resultando em tecido conjuntivo defeituoso, fragilidade capilar, hemorragia.
16.5 EXCESSO
Nenhuma toxicidade aguda foi observada entretanto, sabe-se que a forma oxidada do ácido ascórbico, o ácido desidroascórbico, é tóxico. Assim doses elevadas de vitamina C poderiam favorecer o acúmulo de ácido desidroascóbico, especialmente em indivíduos que podem Ter uma deficiência no sistema enzimático que reoxida o ácido desidroascórbico. Formação de cálculos de urato, cistina e oxalato (+9g/dia).
Obs.: fumantes, pessoas sob stress, consumidores de álcool e idosos precisam de doses maiores.
16.6 FONTES
Couve-flor, fruta-do-conde, limão, laranja, mamão, pimentão, salsa, tangerina, manga, couve, manteiga, caju, tomate, batata, hortaliças de folhas verdes, abacaxi, goiaba, cenoura, nabo, acerola.
17 VITAMINA D
Sinonímia: calciferol, “vitamina do sol”.
17.1 FUNÇÃO
Anti-raquítica, ajuda a calcificação dos ossos da criança, prevenindo o raquitismo, facilitar a fixação do cálcio no organismo evitando dores nas costas e nos quadris. Captação crescente de cálcio pelos rins e estimular a reabsorção óssea quando necessário. Suas concentrações no plasma são essenciais para a coagulação sangüínea, atividade muscular, transporte dos impulsos nervosos ao músculo e a permeabilidade das membranas celulares. Trabalha em conjunto com a vitamina A para fortalecer dentes e ossos. Sistema nervoso e coração dependem dela.
17.2 CLASSIFICAÇÃO
Lipossolúvel.
17.3 METABOLISMO
A absorção do calciferol é realizada em duas etapas: absorção rápida pela mucosa intestinal sendo seguida pelo transporte lento para a linfa onde a vitamina é encontrada sob forma livre e apenas uma menor proporção se apresenta esterificada com ácidos graxos saturados. A rota primária da excreção da vitamina D é a bile e apenas uma quantidade da dose administrada é eliminada pela urina. No homem, a armazenagem de vitamina D ocorre no fígado, nos músculos e no tecido adiposo.
17.4 DEFICIÊNCIA
Sinais da calcificação, raquitismo, problemas nas gengivas e na pele, fraqueza óssea (osteoporose, osteomalácia) e muscular, cáries dentárias, desnutrição dentária grave, pouca resistência e falta de vigor, emagrecimento, insuficiência renal e crônica.
17.5 EXCESSO
A vitamina D é mais tóxica de todas as vitaminas. Assim como todas as vitaminas lipossolúveis, a vitamina D pode ser armazenada no corpo, sendo lentamente metabolizda. Doses elevadas (100.000 UI por semana ou meses) podem causar perda de apetite, náusea, sede. Um aumento na absorção de cálcio e reabsorção óssea resultam em hipercalcemia, a qual pode levar à deposição de cálcio em muitos órgãos, particularmente as artéria e rins. Calcificação óssea excessiva, cálculos renais, calcificação metastática de partes moles (rins e pulmões), hipercalcemia, cefaléia, fraqueza, vômitos, constipação, poliúria, polidipsia.
17.6 FONTES
Óleos de fígado de peixe (bacalhau, atum, cação), fígado de vitela, vaca e porco, gema de ovo, manteiga, leite, salmão, atum, raios de sol, ergocalciferol (vitamina D2), encontrado nos vegetais e colecalciferol (vitamina D3), encontrada em tecidos animais, são fontes de atividade de vitamina D pré-formada.
18 VITAMINA E
Sinonímia: tocoferol, “ vitamina da fertilidade”
18.1 FUNÇÃO
Antiesterilidade, garantir o bom funcionamento dos órgãos genitais do homem e da mulher, auxilia a fertilidade, garantir melhor aproveitamento dos alimentos. Antioxidante, favorece o metabolismo muscular, previne danos à membrana celular, ao inibir a peroxidação lipídica e sua deficiência afeta os processos de recuperação. A vitamina E evita a peroxidação de ácidos graxos poliinsaturados que ocorrem em membranas por todo o corpo. Regenera tecidos. Sua ação antioxidante ajuda a combater os radicais livres. Ajuda na circulação e aumenta os glóbulos vermelhos. Importante para a pele, órgãos reprodutores e músculos. Previne doenças cardiovasculares.
18.2 CLASSIFICAÇÃO
Lipossolúvel.
18.3 METABOLISMO
O tocoferol administrado oralmente é absorvido pelo trato intestinal por um mecanismo provavelmente semelhante ao das outras vitaminas lipossolúveis no teor de 50% a 85%, sendo a bile essencial à sua absorção. É transportado no plasma como tocoferol livre unido à beta e lipoproteínas, sendo rapidamente distribuído nos tecidos. Armazena-se no tecido adiposo, sendo mobilizado com a gordura administrado em teores elevados é lentamente excretado pela bile e o restante é eliminado pela urina como glicorunídeos do ácido tocoferônico, sendo que outros metabólicos são também eliminados pelas fezes o alfa-tocoferol é considerado como forma de vitamina E genuína, mas o acetato e o succinado são usados face a grande estabilidade à oxidação, ambos os ésteres sofrem hidrólise no tubo gastrintestinal para liberar a forma ativa, quando dada pela via oral. Após administração de grandes doses de tocoferol, a urina humana elimina diversos metabólitos.
18.4 SINAIS DE DEFICIÊNCIA
A deficiência de vitamina E resulta na degeneração das colunas posteriores da medula e de células nervosas das raízes dos gânglios dorsais (degeneração neural seletiva). A vitamina E é a menos tóxica das vitaminas lipossolúveis. Perturbações nos órgão genitais do homem e da mulher (atrofia testicular), reabsorção fetal, anormalidade embrionária. Mau aproveitamento dos alimentos no organismo. Atrasos de crescimento, anemia, lentidão mental, destruição das células vermelhas do sangue, músculos lassos, fragilidade muscular, deposição ceróide no músculo liso, distrofia muscular, creatinúria, hemólise, sintomas de envelhecimento, desordens da probrombina do sangue. Encefalomalácia e necrose hepática. Interrupção da espermatogênese, abortamento.
Anticoncepcionais, óleos minerais, álcool, poluição do ar e água clorada podem causar deficiência de vitamina E no organismo.
18.5 EXCESSO
Está em estudo se superdoses de vitamina E podem prevenir doenças do coração, câncer, mal de Parkinson, cataratas e se ajudam na recuperação pós-infarto. Efeito coagulante e prolongamento do tempo de coagulação sangüínea.
18.6 FONTES
Verduras de folhas (alface), espinafre, agrião, óleos vegetais (de algodão, milho, azeite de dendê), ovos, germe de trigo, semente de girassol, algodão e soja, óleo de semente de açafrão, óleo de soja, azeite de oliva, banana, couve, manteiga, nozes, carnes, amendoim, óleo de coco, gergelim e linhaça. Óleo de fígado e peja possuem quantidade insignificante de vitamina E. Azeite de oliva, banana, couve, manteiga, nozes, carnes, amendoim. Óleo de coco, amendoim, gergelim e linhaça.
19 VITAMINA K
Sinonímia: “vitamina da coagulação sangüínea”
19.1 FUNÇÃO
O principal papel da vitamina K é na modificação pós translacional de vários fatores de coagulação do sangue, onde serve como coenzima na carboxilação de certos resíduos de ácido glutâmico presentes nestas proteínas. A vitamina K existe várias formas, por exemplo em plantas como filoiquinona (ou vitamina K1) e na flora bacteriana intestinal como menaquinona (ou vitamina K2). Para terapia existe um derivado sintético da vitamina K1 a menadiona. Em animais, como no homem, não exerce atividade farmacológica, quando sadios, porém, quando estes apresentam sua deficiência, a filoquinona exerce funções importantes como na biossíntese da protombina no fígado. A protombina é indispensável na coagulação do sangue. Controla hemorragias e sangramentos internos. É anti-hemorrágico.
19.2 CLASSIFICAÇÃO
Lipossolúveis.
19.3 METABOLISMO
A absorção da vitamina K é feita no intestino de modo idêntico ao das gorduras, necessitando da presença da bile, sendo que a absorção varia muito, dependendo de seu grau de solubilidade. É transportada do intestino para o sistema linfático e após algumas horas quantidades apreciáveis de vitamina K aparecem no fígado, rim, pele, músculos, coração, apresentando seu máximo de concentração no sangue cerca de duas horas após a administração oral, e isso é seguido por uma rápida queda do índice inicial. A vitamina K não se estoca no organismo, armazenado-se no fígado em pequena proporção, ocorrendo síntese bacteriana no intestino do homem, fornecendo desta forma fonte dessa vitamina.
Pouco se conhece do destino metabólico da vitamina K, tendo sido detectado o “Simon metabólico” da fitomenadiona na urina, assim como no fígado e nos rins. A considerável quantidade de vitamina K que a parece nas fezes é primariamente de origem bacteriana, isso pode ser grandemente reduzido pela administração de drogas que exerçam efeito bacteriostático no intestino. Estudos recentes mostram que a vitamina K travessa a barreira placentária.
19.4 DEFICIÊNCIA
Uma verdadeira deficiência de vitamina K é incomum, pois quantidades adequadas geralmente são produzidas pelas bactérias intestinais ou obtidas na dieta. Se a população no intestino está diminuída, por exemplo por antibióticos, a quantidade de vitamina formada endogenamente está reduzida e pode levar a hipoprotrombinemia no indivíduo levemente desnutrido. Esta condição pode exigir suplementação com vitamina K para corrigir a tendência ao sangramento. Há aumento no tempo de coagulação no sangue. Os recém nascidos têm intestinos estéreis e inicialmente não podem sintetizar vitamina K, o qual é recomendado que todos os neonatos recebam uma dose única intramuscular de vitamina K como profilaxia contra as doenças hemorrágicas.
19.5 EXCESSO
A administração prolongada de grandes doses de vitamina K pode produzir anemia hemolítica e icteríciano latente, hernicterus em crianças devido a efeitos tóxicos sobre a membrana das hemáceas.
19.6 FONTES
Também é produzido pela flora intestinal equilibrada. São encontrados em vegetais de folhas verdes, cabeça da cenoura, arroz integral, ervilha, couve-flor, aveia, tomate, ovo, óleos não-refinados, morango, algas, alfafa e iogurte. Fígado, leite e nabo.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A Química do Amor
Geralmente não nos importamos muito com a forma como nos apaixonamos. O que nos interessa mesmo é o fato de estamos apaixonados e como fazer esse sentimento maravilhoso durar o maior tempo possível. Neste texto entretanto, o tema é o que acontece com o nosso corpo quando estamos apaixonados, do ponto de vista biológico. Estar apaixonado é um dos sentimentos mais gratificantes que existem, principalmente quando essa paixão é retribuída. Mas será que você nunca quis saber por que nos sentimos como nos sentimos quando estamos apaixonados por alguém?
Os sintomas da paixão todo mundo conhece. O coração bate mais forte e muitas vezes mais rápido também, você tende a suar com facilidade, sente uma energia aparentemente interminável, não consegue dormir direito, perde o apetite e fica vermelho apenas ao encontrar o objeto da sua paixão. Além claro do inconfundível friozinho na barriga.
A ciência afirma que o friozinho na barriga é causado por reações químicas acontecendo dentro do nosso corpo, sem o nosso controle. A dopamina junto com a neuroepinefrina e a pheniletilamina são produzidas pelo cérebro e dependendo da intensidade e da freqüência o sentimento é mais forte ou mais fraco. São elas que fazem você só ter olhos para a sua paixão, não conseguir pensar em outra coisa e em alguns casos até interferir na sua concentração durante tarefas corriqueiras do dia a dia. Nos estágios iniciais da paixão a quantia de serotonina presente no seu corpo é semelhante aos níveis de pessoas obsessivas e/ou compulsivas. Mesmo que esse fato não seja lá muito romântico, ele explica algumas coisas não acha? Quando o relacionamento está mais avançado é a oxitocina que facilita a identificação com o outro e a criação de laços estreitos. É o mesmo hormônio que fortalece a relação entre mãe e filho! Romântico, não acha? A mesma oxitocina anula parte dos efeitos da neuroepinefrina e pheniletilamina, fazendo com que a paixão esfrie. Mas a relação romântica torna-se mais estável, principalmente com a ajuda das endorfinas, causando relaxamento e bem estar.
Por mais fascinante que a química do amor possa ser, nada se compara ao sentimento propriamente dito. Aproveite-o sem restrições, principalmente agora que você sabe o que está acontecendo com o seu corpo durante uma grande paixão!
Dengue
O dengue é uma doença transmitida pelo mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença é acometida de febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 5 a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias, com grande número de casos.
Existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Algumas manifestações do dengue são hemorrágicas, isto é, o paciente apresenta hemorragia severa e choque. Nestes casos, após um período de febre, o estado do paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. Instala-se então uma síndrome de choque do dengue podendo levar o paciente ao óbito. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença.
Veja abaixo as principais medidas preventivas para o controle do mosquito Aedes aegypti bem como para outros mosquitos, que o Pragas On-line preparou para você.
Aedes spp.
As espécies de Aedes mais importantes são listadas a seguir:
Aedes aegypti
Esta espécie é nativa da África e foi descrita originalmente no Egito. É uma das espécies responsáveis pela transmissão do dengue e febre amarela febre amarela (arboviroses). O Aedes aegypti tem a cor escura e manchas brancas pelo corpo.
Utiliza recipientes artificiais com água parada para depositar seus ovos que são fixados acima do nível da água. Estes resistem a longos períodos de dessecação, o que permite que seja transportado facilmente de um local para o outro. Os locais onde normalmente são encontradas suas larvas são: pneus, pratos de vasos, latas, garrafas, caixa d’água e cisternas mal fechadas, latas, vidros, vasos de cemitério, piscinas, lagos e aquários abandonados, entre outros.
As fêmeas picam preferencialmente ao amanhecer e próximo ao crepúsculo, mas podem picar em qualquer hora do dia. Elas podem picar qualquer animal, mas o homem é o mais atacado. Esta espécie abandona o hospedeiro ao menor movimento, passando, desta forma, por vários hospedeiros disseminando-se assim a doença.
Aedes albopictus
Esta espécie foi descrita na Índia tendo sido introduzida no nosso país através do comércio. Foi descoberta no Brasil em 1986 nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Atualmente encontra-se distribuída em vários outros Estados. Diferentemente do A. aegypti, esta espécie não está tão relacionada com a atividade humana, distribuindo-se com facilidade no meio rural. A postura é realizada em criadouros naturais, tais como ocos de árvore cheios d’água, internódios de bambu, cascas de fruta, etc. Os ovos são depositados em poucas quantidades, mas em diversos locais, o que facilita uma rápida dispersão. Também possui hábito diurno, assim como o A. aegypti.
A. albopictus é vetor do dengue na Ásia, mas no Brasil ainda não existem provas de que possa estar veiculando a doença, já que não foram descobertos adultos nem larvas desta espécie em zonas de epidemia da doença.
DENGUE
O dengue é uma doença transmitida pelo mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. A doença é acometida de febre aguda que se caracteriza por um início repentino, permanecendo por 5 a 7 dias. O doente apresenta dor de cabeça intensa, dores nas articulações e musculares, seguidas de erupções cutâneas 3 a 4 dias depois. Surge sob a forma de grandes epidemias, com grande número de casos.
Existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Algumas manifestações do dengue são hemorrágicas, isto é, o paciente apresenta hemorragia severa e choque. Nestes casos, após um período de febre, o estado do paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. Instala-se então uma síndrome de choque do dengue podendo levar o paciente ao óbito. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença.
FEBRE AMARELA
O mosquito do dengue Aedes aegypti também é responsável pela transmissão de um vírus chamado flavivirus que causa a febre amarela. No Brasil, a doença é endêmica nos Estados de Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e no território do Amapá.
Os sintomas da febre amarela são mal estar e febre alta. Estando com estes sintomas, o paciente deve procurar imediatamente um médico pois a doença evolui rapidamente para náuseas, vômitos, hemorragias na boca, nariz e no aparelho digestivo, além da pele ficar com um tom amarelado (icterícia). A doença provoca lesões graves nos rins e fígado e pode levar a morte.
Quem viaja para regiões onde a doença é endêmica deve tomar vacina dez dias antes do embarque. A validade da vacina contra a febre amarela é de dez anos e ela pode ser encontrada gratuitamente nos postos de saúde.
MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O CONTROLE DE MOSQUITOS
Evitar água parada.
Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d'água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
Não acumular latas, pneus e garrafas.
Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.
Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.
Não cultivar plantas aquáticas.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Anorexia
Anorexia
A anorexia é um problema com que algumas pessoas (sobretudo as jovens adolescentes) se deparam e do qual por vezes é difícil (ou muito difícil) sair.
Ele é considerado um problema "psicológico" em que a pessoa não consegue comer ou tem "aversão" á comida.
A verdade é que a pessoa não consegue comer mesmo que queira.
Isto não quer dizer que a pessoa não tenha fome, mas ela muitas vezes apenas consegue comer uma quantidade mínima que não é suficiente para manter o peso e assim acaba por ir perdendo peso ao longo do tempo, entrando em situações de carências alimentares que muitas vezes chegam a colocar a sua vida em perigo.
O problema dá origem a perturbações dos hábitos alimentares que podem colocar em risco a vida da pessoa e podem comprometer seriamente a sua saúde.
Alguns riscos são a desmineralização do corpo com o possível surgimento de problemas de saúde mais ou menos graves, desequilíbrios hormonais, osteoporose, etc. podendo em casos extremos conduzir á morte.
Alguns meses com este problema podem comprometer toda a saúde da pessoa para o resto da sua vida e isso porque ainda existe muita pouca informação acerca do que fazer para corrigir convenientemente o problema.
Felizmente que hoje já se conhecem as razões de tal problema e como corrigir esta situação. (Mas apenas fora da medicina convencional e das medicinas complementares).
As causas muitas vezes residem (advêm) em factores psicológicos que provocam ansiedade e obsessão que por vezes acabam por ser transmitidas/dirigidas para a perda de peso.
Uma vez iniciado esse processo, há que o corrigir e para isso temos de:
1) O detectar
2) Assumi-lo
3) Corrigi-lo
Detectar o problema costuma ser mais fácil para as pessoas que rodeiam e convivem com a pessoa uma vez que se apercebem de que ela:
* Come pouco;
* Que ela está a perder peso e cor;
* Que ela anda mais cansada;
* Que tem perda de menstruação, etc.
Outras situações que muitas vezes acompanham a anorexia são:
* Depressão ou sintomas depressivos;
* Tristezas;
* Isolamento (não apetece sair ou não apetece estar com amigos ou família);
* Alterações comportamentais;
* Alterações emocionais;
* Reacção excessiva perante situações normais;
* Alteração do sono;
* Falta de vontade em viver ou não ter grandes interesses;
* Desejos por doces;
* Indecisões ou falta de vontade de fazer coisas;
* Etc.
Uma vez que este é um problema que vem de dentro, a própria pessoa normalmente não se apercebe da sua existência a não ser quando a situação já está evoluída ou avançada.
é frequente a pessoa negar o problema uma vez que ela não se apercebe dele e muito menos entende o que sente ou o que se passa com ela.
A pessoa por norma não consegue entender o que sente nem o porquê o sente.
Os sentimentos são variados e sem "qualquer lógica" levando-a a fazer o que faz mas sem encontrar qualquer lógica ou explicação para tal.
Desta forma há que levar a pessoa a perceber que algo não está bem com ela e que ela precisa de estar bem para poder ser feliz e fazer algo de bom com a vida dela.
Quando a pessoa toma consciência de que tem um problema, isso representa um grande passo na sua recuperação, permitindo dessa forma que se possa iniciar o trabalho de correcção.
Normalmente as soluções existentes (a nível médico) passam por consultas de nutricionistas e acompanhamento psicológico e ou psiquiátrico.
Se bem que estas sejam as terapêuticas normais, os resultados levam demasiado tempo, tempo esse que é precioso pois cada dia que passa é vital para a saúde e bem estar da pessoa.
Hoje existem outras abordagens que se mostram muito mais rápidas e eficazes permitindo á pessoa libertar-se deste problema em pouco tempo desde que também trabalhe para isso.
Para que se inicie uma recuperação mais rápida e eficaz há que perceber as causas e os porquês por detrás de tal problema. Só após isto se pode iniciar as melhores acções para colocar termo a tal situação.
O problema base é que muitas das vezes (quase sempre) o problema tem um funcionamento automático e funciona abaixo do limiar de consciência da pessoa. Dessa forma ela não consegue exercer um controle sobre ele e todo o apoio que consegue a nível psicológico não é suficiente para que consiga recuperar a consciência e o controle do problema em pouco tempo.
Este é um problema que vem do inconsciente ou de algo muito fundo e para o qual poucas são as pessoas que o sabem resolver.
é também esta razão que leva a pessoa a comportamentos e atitudes "esquisitas" e que levam a pessoa e os profissionais a não perceberem o que se passa nem porque se passa.
Para além desta situação, costumam existir disfunções metabólicas que precisam de ser corrigidas pelo nutricionista ou pelo endocrinologista.
O problema aqui é que a pessoa tendo dificuldade em comer, tem dificuldade em seguir e obter resultados do nutricionista.
Quanto ao endocrinologista, o problema que por vezes se coloca é que as análises muitas vezes estão "normais" e a correcção hormonal por vezes não existe ou não é a melhor.
O corpo tem demasiadas hormonas e torna-se difícil conhecer e compreender todo o intrincado mecanismo do seu funcionamento e dessa forma corrigir o que não está bem.
Como se não bastasse, não se corrigem os porquês da existência das disfunções hormonais ou endócrinas ou seja o problema apenas consegue ser compensado o que já é bom mas não o ideal.
Por vezes pensa-se nas ditas medicinas complementares, mas também aqui existem problemas pois os seus resultados são muito variados o que há partida pode não ser o ideal. No entanto existem bons profissionais que por vezes podem dar uma ajuda. Estou a lembrar-me dos naturopatas que podem complementar o trabalho do nutricionista ou trabalhar em colaboração com ele para que os resultados sejam mais rápidos. De igual forma um oligoterapeuta pode ajudar a reequilibrar as reacções celulares e enzimáticas do corpo e ajudar a normalizar o funcionamento quer do corpo e das células quer do sistema endócrino.
Uma vez que a pessoa normalmente está exausta e demasiado débil há que avançar devagar e saber como recuperar a pessoa a todos os níveis.
Muitas das medicinas complementares que normalmente dão bons resultados noutras situações, não costumam resultar nestes casos.
No entanto existem duas terapias em Portugal que podem fazer alguma coisa por estes casos ajudando a acelerar todo este processo; a Terapia Sacro Craniana e a Libertação Mio Fascial.
Estas terapias melhoram todo o funcionamento do sistema sacro craniano e do corpo, ajudando á renovação e circulação do liquido céfalo raquidiano, ajudando na produção de endorfinas, melhorando o funcionamento endócrino e ajudando no funcionamento de todo o sistema nervoso bem como no funcionamento de todo o corpo.
Elas têm sido vistas como das melhores terapias no melhoramento de inúmeros problemas de saúde, melhoramento do corpo e de melhoramento de todo o sistema sacro craniano que é um sistema fisiológico extremamente vital e importante pois cria todo o ambiente no qual o sistema nervoso vive, funciona e se desenvolve.
Quando se conhecem estas terapias e se tem uma boa compreensão e habilidade a lidar com elas, os resultados costumam ser bastante positivos.
Estas terapias são um bom complemento uma vez que melhoram significativamente o funcionamento de todo o sistema nervoso.
No entanto elas não são uma verdadeira solução mas apenas um bom complemento ao verdadeiro tratamento que precisa de ser feito.
Pode existir a necessidade de usar a oligoterapia para equilibrar os minerais e todas as reacções enzimáticas e dessa forma levar o corpo a ter uma melhor funcionamento.
A oligoterapia tem sido ignorada pela medicina apesar de estar bem documentada a sua importância para o bom funcionamento de todo o corpo e sistema nervoso.
Quando se sabe determinar o que se passa com o corpo e o que fazer para o corrigir, conseguem-se muito bons resultados em muito poucas sessões fazendo com que a pessoa recupere a um ritmo muito maior do que aquele que alguma vez se julgou possível.
No entanto estas terapias também são apenas um complemento e não uma verdadeira solução.
Os diversos profissionais fazem muito (e por vezes falam muito) mas quanto a resultados concretos e rápidos, eles tardam a aparecer o que mostra que algo está a falhar naquilo que se sabe e naquilo que se faz.
A solução está em localizar as causas da anorexia e resolvê-las e isso pode ser feito em pouco tempo, quando a pessoa o deseja e quando encontra quem sabe lidar com o assunto.
O objectivo é o problema base ou seja há que eliminar a razão da existência do problema e dessa forma eliminar o seu funcionamento automático para que a pessoa possa viver a sua vida.
E isso pode ser uma coisa fácil e rápida quando se encontra quem o saiba fazer.
Infelizmente as abordagens acima são apenas uma pequena mas grande ajuda pois conseguem resultados onde muitas vezes a medicina não os consegue.
Estas abordagens no entanto não libertam nem trabalham as causas por detrás da anorexia mas podem ser de uma grande ajuda.
No entanto já há muito que existem soluções para trabalhar as causas e são essas soluções que devem ser empregues quando se querem resultados e resultados rápidos e duradouros.
Assinar:
Postagens (Atom)