segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sistema Reprodutor

SISTEMA REPRODUTOR:

O APARELHO REPRODUTOR MASCULINO:

O aparelho reprodutor masculino compõe-se dos seguintes segmentos:


Testículos


Espidídimos

Canais deferentes

Vesículas Seminais


Canais ejaculadores

Próstata

Glândulas de Cowper


Uretra

Pênis


Os testículos, em número par, situam-se na bolsa escrotal. São glândulas mistas, pois produzem, como secreção externa, o esperma, e como secreção interna, os hormônios masculinos. A sua localização no interior da bolsa escrotal se justifica pelo fato de que as células germinativas primordiais, das quais se originam os espermatozóides, são termolábeis e fatalmente morreriam à temperatura elevada do meio intra-abdominal, se lá se mantivessem os testículos, condicionando a esterelidade do indivíduo.
A estrutura de cada testículo é ocupada por um vasto número de delgadíssimos canais tortuosos – os túbulos seminíferos - , em cujas paredes se encontram as células da linhagem germinativa que originam os espermatozóides. Após a sua formação, os gametas masculinos migram para os epidídimos, onde se acumulam. Cada epidídimo recobre um testículo, como um gorro, e dele sai um longo canal – o canal deferente - , que deverá dar eliminação aos espermatozóides, durante o ato sexual.
Cada canal deferente sai da bolsa escrotal passando ao interior do abdome através de um conduto, chamado conduto inguinal (na dobra da virilha), delimitado por músculos esqueléticos. Já no interior do abdome, cada canal deferente dá uma volta, circundando a bexiga, recebe, como afluente, um minúsculo duto proveniente da vesícula seminal correspondente ao seu lado, adicionando aos espermatozóides o líquido seminal nele vertido. A seguir, o canal deferente passa a se chamar canal ejaculador. Os dois canais ejaculadores atravessam o interior da próstata, glândula ímpar, exclusiva dos homens, localizada abaixo da bexiga urinária. Nesse ponto, os canais ejaculadores absorvem o líquido prostático, que, tal como o líquido seminal, é claro e bem fluido, contribuindo para diminuir a viscosidade do sêmen e facilitando a ejaculação.
Nessa condição, o esperma ou sêmen (mistura de espermatozóides, líquido seminal e líquido prostático) é lançado na uretra, cujo peristaltismo, exacerbado pelos estímulos sexuais, sob o controle do sistema nervoso autônomo, se encarrega de expulsá-lo com ímpeto para o exterior.


As glândulas de Cowper, em número de duas, se localizam junto à uretra proximal, logo abaixo da próstata, e sua secreção se destina, por eliminação anterior à ejaculação, a contribuir para uma certa lubrificação das áreas de contato dos órgãos sexuais, durante o coito.
O pênis, órgão copulador, encerra no seu interior dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso. Eles têm uma conformação alongada, no maior sentido do órgão, e se mostram como uma estrutura esponjosa, com lacunas que se enchem de sangue, sob estímulo nervoso do sistema parassimpático, tornando o pênis rijo, ereto e apto para o ato sexual. A uretra corre por dentro do corpo esponjoso.




O APARELHO REPRODUTOR FEMININO:

O aparelho reprodutor feminino compõe-se dos seguintes segmentos:


OVÁRIOS


TUBAS UTERINAS

ÚTERO


VAGINA

VULVA


MAMAS


Os ovários são as gônadas femininas. Produzem óvulos, que são eliminados como secreção externa, e hormônios sexuais femininos, que representam sua secreção interna. Consequentemente são glândulas mistas. Situam-se no interior da bacia ou pelve, precisamente nas fossas ilíacas, direita e esquerda, respectivamente.
As tubas uterinas são condutos que ligam os ovários ao útero. Nas suas extremidades próximas aos ovários, elas apresentam franjas móveis que sugam o óvulo, logo que ele é liberado do folículo de Graaf, no fenômeno da ovulação. Por movimentos peristálticos e, ao mesmo tempo, do seu epitélio ciliado, as tubas orientam os óvulos, deslocando-os no sentido dos ovários para o útero. Medem uns 10 cm de comprimento e estão situadas entre as folhas do ligamento largo, unidas ao útero pelo ligamento tubo-ovárico. Constam de uma parte mediana chamada ampola e de uma extremidade denominada infundíbulo em forma de funil, dotado de uns prolongamentos que recebem o nome de fímbrias.
O útero tem a forma de uma pera, um pouco menor do que ela, na mulher não grávida, mas com grande capacidade de distensão durante a gravidez. Está situado na região pélvica, entre o reto e a bexiga urinária, atapetado pelo peritônio, e fixo pelos ligamentos largos, redondos e útero-lombares. Consta de uma parte superior ou corpo, de forma triangular, em cujos ângulos superiores desembocam as tubas uterinas, e de uma parte inferior ou colo, cujo orifício externo comunica-se com a vagina. É constituído por três camadas: serosa ou externa, muscular ou média – atinge um grande desenvolvimento durante a gravidez e é de musculatura lisa – e interna ou endométrio, atapeta toda a superfície interna e sofre


alterações cíclicas mensais que conduzem à menstruação. Está irrigado pela artéria uterina. O sangue venoso é recolhido pela veia uterina, que termina na veia hipogástrica.
A vagina, órgão copulador da mulher, é um conduto de paredes franjadas, cuja mucosa possui glândulas secretoras de muco. A sua extremidade superior está unida ao colo uterino, à volta do qual se forma um fundo de saco. A sua extremidade inferior abre-se na vulva mediante um orifício.
A vulva é formada pelos pequenos e grandes lábios. Na junção anterior desses lábios, fica o clitóris, que é o órgão erotizante das mulheres. Ele tem uma estrutura bem semelhante à do pênis, porém em pequena dimensão. Nas mulheres que ainda não tiveram relações sexuais, a entrada da vagina é parcialmente obstruída por uma membrana delicada e pouco vascularizada – o hímem.
As mamas começam a desenvolver-se na adolescência sob o efeito dos hormônios sexuais.
Mostram-se como duas saliências cônicas localizadas na parede torácica anterior e lateral. Há grande variação no seu tamanho de uma mulher para outra ou até na mesma mulher, dependendo da sua idade e da influência de vários hormônios. Entretanto, a mama normalmente estende-se da porção anterior da segunda costela até a sexta ou sétima costela, e da borda lateral do esterno até a axila. Cada mama está formada por 15 a 20 grupo de glândulas produtoras de leite, rodeadas de tecido adiposo que lhe confere sua forma característica. De cada grupo de glândulas, dirige-se ao mamilo um ducto lácteo. Em volta do mamilo há uma área escura, a aréola, a qual contém pequenas glândulas sebáceas (lubrificantes). Durante a gravidez a produção de certos hormônios faz com que as mamas aumentem e finalmente produzam leite.

GAMETOGÊNESE:

Dá-se o nome de gametogênese ao mecanismo de formação dos gametas, o que se processa no interior das glândulas sexuais ou gônadas. A gametogênese compreende a Espermatogênese e a Ovogênese, a primeira delas corresponde ao mecanismo de produção dos espermatozóides, e a segunda, à formação dos óvulos. A espermatogênese se passa nos testículos, a ovogênese nos ovários. Esses dois fenômenos, embora correspondentes nos seus objetivos, transcorrem-se em etapas da vida completamente diferentes, quando se comparam o homem e a mulher. Tanto na espermatogênese quanto na ovogênese se abrangem 03 fases fundamentais sucessivas: fase de multiplicação, fase de crescimento e fase de maturação.

Espermatogênese:
Durante a formação embrionária dos testículos, algumas células indiferenciadas permanecem nesse estado integrando a estrutura da parede dos túbulos seminíferos. São elas as células germinativas primordiais. Após o nascimento do indivíduo e até cerca dos seus sete anos de idade, essas células se mantém inativas na camada mais próxima à luz (canal interior) dos túbulos seminíferos. A partir dessa idade, tais células desencadeiam um ciclo de reprodução, através de mitoses, que deverá perdurar por toda a vida do indivíduo. Cada célula germinativa primordial se constitui numa espermatogônia de 1ª. ordem e se dividem em duas espermatogônias de 2ª. ordem. Cada uma dessas, por seu turno, originará duas espermatogônias de 3ª. ordem. E assim sucessivamente. Todas as espermatogônias são células diplóides (têm os cromossomos aos pares, ou seja, possuem 2n cromossomos). Esse ciclo de divisões mitóticas extremamente numeroso representa a FASE DE MULTIPLICAÇÃO.
A partir da puberdade, sob estímulos hormonais, tem início a segunda fase da espermatogênese, que é a FASE DE CRESCIMENTO. A essa altura, o número de espermaogônias já é muito grande e são todas de uma ordem muito avançada, que numericamente não podemos precisar e por isso vamos chamar de X ordem. Muitas das espermatogônias da X ordem não mais se dividem. Elas saem daquele ciclo de reproduções e passam a crescer. Em verdade, é um período curto de crescimento. Mas, com isso, elas se transformam em espermatócitos de 1ª. ordem ou espermatócitos primários. Note-se que todos eles conservam-se, ainda, diplóides. Todavia, muitas spermatogônias de X ordem continuarão se reproduzindo, e, graças a isso, a fase de multiplicação, na espermatogênese, não cessa nunca durante toda a vida do indivíduo.
Na FASE DE MATURAÇÃO, cada epermatócito de 1ª. ordem, que é diplóide, vai passar por uma meiose. Como a meiose compreende duas divisões celulares sucessivas, cada cito primário acabará por originar 04 células, todas haplóides, embora genericamente diferentes entre si. Na primeira divisão meiótica cada espermatócito primário origina dois espermatócitos secundários que já são células haplóides. Na segunda divisão meiótica cada espermatócito secundário origina mais duas células haplóides, que são as espermátides.
Finalmente, cada espermátide, que é mais ou menos esférica ou ovóide, sofre profundas alterações na sua forma, passa a revelar uma cabeça fusiforme, uma região intermediária curta e cilíndrica e desenvolve um longo flagelo a partir de um de seus centríolos. Esse período de acentuadas transformações celulares das espermátides para a formação dos espermatozóides recebe o nome de espermiogênese.
Na formação do espermatozóide, o núcleo passa a ocupar a maior parte da sua cabeça. À frente dele se situa o acrossomo, vesícula ampla, oriunda do Complexo de Golgi da espermátide e que segrega e acumula a hialuronidase, enzima de relevante importância no fenômeno da fecundação. Na região intermediária do espermatozóide, vamos encontrar a maior porção do que restou do citoplasma da espermátide. Ali, também, se localizam as mitocôndrias, onde se processa a liberação de energia para a grande motilidade da célula, e os centríolos, um dos quais responde pela origem do flagelo. O flagelo do espermatozóide é uma longa cauda que auxilia na movimentação da célula. Apresenta um eixo fundamental, delimitado por um cilindro e mais dois microtúbulos centrais.

Ovogênese:
Também chamada oogênese ou ovulogênese, é a variante da gametogênese que compreende a formação de óvulo, o que se processa nos ovários. Tal como a espermatogênese, também compreende 03 fases: multiplicação, crescimento e maturação. Contudo, essas fases na ovogênese, têm início e duração totalmente diferentes daquilo que vimos na espermatogênese.

FASE DE MULTIPLICAÇÃO – Conhecida também como fase germinativa, tem início durante a formação intra-uterina da menina. Por volta da 15ª. semana da vida fetal ( 03 meses e meio), no ovário da criança que se forma, praticamente as ovogônias já realizaram toda a fase de multiplicação e se preparam para encerrá-la. Logo em seguida, tem início a fase de crescimento.

FASE DE CRESCIMENTO – Nesse período, as ovogônias de última ordem (que interromperam coletivamente a fase de multiplicação) sofrem um aumento de volume acentuado e se transformam em ovócitos primários, ou de 1ª. ordem, ou ovócitos I. Essas células ainda se conervam diplóide. A fase de crescimento se prolonga até o 7º. mês do
desenvolvimento fetal. Logo ela dura uns 04 meses, tempo suficiente para justificar a dimensão do óvulo cerca de mil vezes maior do que a do espermatozóide.

FASE DE MATURAÇÃO – Tem início a partir do 7º. mês de gestação (na espécie humana). Nesta etapa, cada ovócito primário realiza uma meiose. Todos os ovócitos primários começam a um só tempo a primeira divisão meiótica, que é a divisão reducional. E realizam coletivamente 04 das 05 subfases dessa divisão. Então a ovogêne-se paralisa-se até a adolescência.

Quando se instala a puberdade, e dali por diante, sob estímulo hormonal, começa a ter prosseguimento o fenômeno meiótico. Sucede, entretanto, que o ovócito primário, ao se dividir, dá duas células haplóides de portes diferentes: uma maior que é o ovócito secundário, e uma menor que é o 1º. glóbulo polar ou 1º. polócito. Este último não é viável. Dividindo-se ou não degenera e decompõe-se. Sobra, então, o ovócito secundário que ao realizar a segunda divisão meiótica, também forma duas células diferentes: uma pequena - o 2º. glóbulo polar ou 2º. polócito, e uma grande que é o ovócito secundário.
Quando a mulher ovula, o que ela elimina é ainda o ovócito secundário, e só após a entrada do espermatozóide nessa célula é que ela se transformará em óvulo, desprendendo o 2º. polócito.
O óvulo é uma célula aproximadamente esférica que contém a maioria dos orgânulos normais das células comuns. Apenas, neles, essas estruturas foram batizadas com nomes especiais, tais como:
membrana vitelina – membrana plasmática do óvulo.
plasma germinativo – citoplasma ovular.
vesícula germinativa – assim se denomina o núcleo do óvulo.
mancha germinativa – nucléolo ovular.

Além dessas estruturas o óvulo humano ainda possui a zona pelúcida – camada de glicoproteínas que reveste externamente a membrana vitelina e a coroa radiata – coroa de minúsculas células foliculares que ficam envolvendo o óvulo. As células foliculares (células da estrutura do folículo de Graaf, em cujo meio o ovócito faz sua fase de maturação) emitem prolongamentos que penetram no ovócito, nele introduzindo material nutritivo. Depois, quando o folículo se rompe, no fenômeno da ovulação, o ovócito eliminado se faz acompanhar daquela coroa de pequeninas células.

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