segunda-feira, 28 de março de 2011

Atividades da Membrana Plasmática




ATIVIDADES DA MEMBRANA PLASMÁTICA:

O conjunto de substâncias que formam a matéria viva e ativa da célula recebe o nome de protoplasma. O protoplasma compõe-se de soluções coloidais, soluções químicas e suspensões. As soluções coloidais, por sua própria natureza, não atravessam as membranas semipermeáveis. Por isso, como a membrana plasmática é uma membrana semipermeável, não há condição para o extravasamento dos colóides citoplasmáticos para fora da célula. Sob esse aspecto, a membrana já começa a selecionar o que deve entrar ou sair da célula. Por outro lado, entretanto, a água e as soluções químicas podem atravessar a membrana facilmente, pelo fenômeno da DIFUSÃO SIMPLES. A difusão compreende a osmose e a diálise.

A osmose é a passagem de moléculas de água através de uma membrana semipermeável sempre no sentido do meio hipotônico, isto é, menos concentrado (onde, proporcionalmente, a quantidade de moléculas de água é maior por unidade de volume) para o meio hipertônico, ou seja, mais concentrado (no qual a quantidade de moléculas de água é menor por unidade de volume).

A diálise é a difusão de partículas do soluto das soluções químicas através da membrana plasmática. Essa passagem se faz sempre no sentido da solução mais concentrada para a solução menos concentrada.

Repare que, apesar de um aparente contraste no sentido em que se processam os fluxos na osmose e na diálise, eles obedecem igualmente às mesmas leis físicas da difusão (as partículas passam do setor onde é maior a sua energia cinética para o setor onde ela é menor).

Em função dessa atividade, dizemos que a membrana plasmática é dotada de Permeabilidade Seletiva, pois seleciona o trânsito de substâncias através da sua estrutura.

Além dos mecanismos de difusão, a membrana plasmática, na sua função de permeabilidade seletiva, faz uso de outros recursos, tais como a difusão facilitada, o transporte ativo e o transporte em bloco.

Na difusão facilitada participam moléculas especiais, de natureza protéica, integrantes da estrutura da membrana, que se ocupam de recolher pequenas moléculas e íons do meio extracelular e, através de movimentos em giros, com uma roda d’água, descarregá-los no meio intracelular (ou vice-versa). O importante, todavia, é que esse mecanismo acelera o transporte de substâncias através da membrana sem consumo de energia pela célula. A osmose, a diálise e a difusão facilitada constituem formas alternativas de transporte passivo, pois em nenhuma delas ocorre dispêndio de energia pela célula.

No transporte ativo já se observa o consumo de energia pela célula. Ele consiste na passagem de moléculas de um lado para o outro da membrana plasmática sempre contra um gradiente de concentração, isto é, contra as leis da difusão. A absorção de sais pelas raízes se processa habitualmente por transporte ativo. Isto quer dizer que, embora haja uma concentração maior dos sais intracelularmente do que no meio ambiente, ainda assim os sais continuam entrando nas células. Da mesma forma, a passagem da glicose para o interior das células, no nosso organismo, frequentemente se faz por transporte ativo. Para que esse fenômeno ocorra, participam moléculas protéicas especiais que agem como “transportadores”, aos quais, para fixarem a molécula ou íon a ser transportado, exigem uma reação de fosforilação, que implica dispêndio de energia pela célula.

No transporte em bloco, a bem dizer, não é uma atribuição exclusiva da membrana plasmática, mas ela está envolvida nesse fenômeno. Ele compreende o englobamento de partículas ou blocos de substâncias que, por seu volume acentuadamente grande, não poderiam atravessar a membrana plasmática sem rompê-la. Em tal condição, a célula promove modificações da sua superfície, mobilizando inclusive a membrana plasmática, no sentido de “englobar” o material a ser recolhido.

Mas esse fenômeno pode ocorrer, também, em sentido contrário, isto é, visando à eliminação de um bloco de material. Portanto, o transporte em bloco compreende a endocitose e a exocitose.

A endocitose de partículas sólidas recebe o nome especial de fagocitose. Amebas, leucócitos e macrófagos (estes últimos, células do tecido conjuntivo) realizam fagocitose, emitindo pseudópodos (expansões citoplasmáticas envoltas por membrana) que “abraçam” o material a ser englobado.

A 0endocitose realizada com o fim de englobar pequenas porções de substâncias líquidas recebe o nome de pinocitose. As células da mucosa intestinal praticam rotineiramente a pinocitose para a absorção de substâncias nutrientes resultantes da digestão alimentar.

A exocitose é um movimento contrário ao da endocitose e, portanto, destinado à expulsão de substância da célula. Ela se faz através do aparecimento de uma vesícula intracitoplasmática contendo material indesejável, que se desloca até a superfície da célula, tocando a membrana plasmática. Nesse ponto, a membrana se desfaz e a vesícula espulsa o seu conteúdo. As vesículas de eliminação são denominadas vesículas de clasmatose ou clasmocitose.

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